Me desculpe quem não gosta de futebol, mas hoje vou falar um pouquinho sobre copas do mundo…de futebol. E como tem muito assunto, vou inovar e escrever a coluna em duas partes, tudo bem?
Hoje, falamos da copa 74 até 98 e na semana que vem, 2002 até 2018.
Comecei a acompanhar as copas a partir de 1974. Infelizmente não me lembro da maravilha de 1970. Lembranças apenas das cenas que vi depois, pela televisão.
Comecemos por 1974, quando dois jogos me marcaram, os 3×0 contra o Zaire, com aquele gol esquisito do Valdomiro, aliás, frangaço do goleirão do Zaire e o triste passeio da Holanda, 2×0, de Reensenbrick, Neeskens e Cruyff, pra cima do Brasil.
Na Argentina-78, me marcou o empate do Brasil com a Argentina, assalto a mão armada, e o mais que esquisito 6×0 da Argentina pra cima da seleção do Peru. O goleiro peruano Ramon Quiroga que vinha fazendo uma boa copa, estranhamente, levou 6 naquele jogo. Hummmm…
E, na final, Argentina 3×1 Holanda. 1×1 no tempo regulamentar e, na prorrogação, a Argentina fez mais dois. Confesso que torci muito pra Holanda, mas não deu.
Veio a copa da Espanha-82, com Telê Santana e o quadrado mágico de Cerezo, Falcão, Sócrates e Zico. Baita time, aliás, time para trazer a copa, favoritíssimo.
Eu era fanático pelo Tricolor querido, pelo Taubaté e pela Seleção. Adorava futebol, falava de futebol, pensava em futebol e respirava futebol e junto com um dos meus irmãos, pedi para minha mãe fazer uma enorme bandeira nas cores da seleção e, a cada vitória, lá íamos nós comemorar na praça Dom Epaminondas, colorida de verde e amarelo com bandeiras e camisas dos torcedores e a alegria da torcida, contagiante.
Empolgação extrema e grande expectativa pelo título que se aproximava.
Campanha maravilhosa do Brasil, até o desastre de Sarriá. Foi doído aquela derrota de 3×2 pra Itália com Paolo Rossi deitando e rolando. Doeu ver a seleção eliminada.
Decepção gigante e como bom torcedor fanático que era, chorei muito pela perda de um título que já considerava certo. Mais quatro anos de espera até a próxima copa.
E veio Mexico-86, copa marcada por um fato curioso, na partida contra a Espanha, foi executado o Hino à Bandeira em lugar do Hino Nacional. Eita!
Mas, voltando ao futebol, a seleção brasileira, novamente com Telê Santana como técnico, voltou pra casa mais cedo, invicta, eliminada nos pênaltis pela França. Foi a despedida de Zico das copas do mundo. Um dos maiores jogadores que tive a oportunidade de acompanhar e que, infelizmente, não ganhou uma copa.
Em 1990, Lazaroneando pelos campos da Itália e futebolzinho medíocre da Seleção, detestei. O time jogou feio, jogou para trás, parecia não querer ganhar e perdeu nas oitavas quando Maradona passou como quis pelo Alemão (jogador brasileiro…rsrsrs) e tocou para o Cannígia fazer 1×0 e mandar o Brasil pra casa.
Um caso interessante foi a “água batizada” que a comissão técnica Argentina deu pro lateral Branco beber. Caso admitido por Maradona anos depois.
Onde já se viu aceitar água do adversário? Bom pra aprender.
Bom, vamos para USA-94. Primeira copa na terra do tio Sam e tínhamos uma seleção burocrática, retranqueira, que jogava para se defender e que, não gostei nem um pouco.
E, para nossa surpresa, acabou ganhando a copa com o brilho de Romário e Bebeto e pela primeira vez na história a decisão de uma copa veio em cobrança de pênaltis com o Baggio mandando a bola lá para o Olimpo. Grazie Roberto Baggio! Ri muito.
Explosão de alegria, o tetracampeonato chegava finalmente! É teeeeetraaaaa!!!
Na próxima semana, copas de 1998 até 2018.
“Crônicas e Contos do Escritor” – Copas do mundo: parte 1 (1974 – 1994)
abr 08, 2021RedaçãoCrônicas e Contos do EscritorComentários desativados em “Crônicas e Contos do Escritor” – Copas do mundo: parte 1 (1974 – 1994)Like
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