Há quase três anos (14/03/19) escrevi aqui nesse espaço um artigo sobre os alagamentos e as tragédias decorrentes das grandes quantidades de chuva. E não é que o assunto se repete? Sim, um assunto recorrente.
Nada mudou e quase três anos depois (aliás, como foi nos anos anteriores e anteriores e anteriores e etc…) a história se repete. Muita chuva, sim, é fato que choveu muito, como no ano passado e retrasado e como vem chovendo todos os anos e, todo ano se justifica as enchentes pelo volume de água que caiu. Até quando? Meu Deus, se sabemos que os volumes de chuva nesse período são absurdos, ano a ano, porque não nos preparamos para eles?
Ah, sim, a culpa é do céu. Oh, São Pedro, manera aí vai.
Na Bahia, famílias em sofrimento por prejuízos materiais e perdas de entes queridos, famílias desalojadas e desorientadas pela perda total, do pouco que tem.
Em São Paulo, como em todos anos, mais enchentes, mais alagamentos, mais sofrimentos, famílias desesperadas pela perda de entes queridos.
E em Taubaté, dias atrás, vimos a avenida do povo, uma das principais vias da cidade, debaixo d´água. E os pontos de alagamento não se restringem lá e são conhecidos, sim conhecemos, temos alagamentos perto do túnel da rodoviária nova, temos alagamentos no bairro em frente ao horto, também próximo à rodoviária nova. Alagamentos na Vila São José, na Independência, Vila Costa, Vila São Geraldo…quer mais ou já está bom? E porque isso?
Porque falta interesse político, falta seriedade, falta compromisso com as necessidades da população. Podemos dizer sem medo de errar que falta investimentos em infraestrutura
Meu Deus, como é possível algo se repetir ano a ano? Talvez, precisamos de “piscinões”, tubulações com diâmetros mais adequados, maior rede de tubulações, sei lá…
Mas, não há dinheiro para obras? Mas, para aumentos de salário tem, né?
E, além das obras, precisamos também de fazer a nossa parte. Tem muita gente varrendo lixo para dentro de bueiros, como pode isso? Temos que parar de jogar lixo no chão e fazer nossa parte. Sabe aquela embalagem de bolacha jogada ao chão? Então, vai para os bueiros se juntar com embalagens plásticas, garrafas, latas, papéis, saquinhos plásticos e etc…
Sabe aquela ponta de cigarro descartada no chão? Então, ela sozinha parece inofensiva, mas ao se juntar com outras milhares (ou milhões) e mais todo o restante de lixo, se torna perigosa. Além de não se decompor rapidamente ainda vai ajudar a entupir bueiros, tubulações, saídas dos esgotos para os rios e até mesmo os próprios rios.
O ser humano insiste em jogar lixos e mais lixos nas ruas, bueiros, canais e rios.
Aliás, tempos atrás, vi um texto fantástico (não me lembro o nome do autor) que falava sobre um rio que justificava os alagamentos porque queria (e precisava) passar, mas impediram seu caminho com lixo plástico, móveis velhos, papelão, papel e etc…
Então, veja, temos um pouco de participação nessas enchentes, devemos fazer a nossa parte. Porque é mais fácil jogar o lixo no chão do que procurar uma lixeira? Pelo amor de Deus! Até quando vamos jogar lixo nas ruas? Isso é básico, deveria ser ensinado dentro de casa.
E a gente ouve as mais pífias desculpas…ah, mas é só uma bituca de cigarro. O que uma lata de cerveja vai prejudicar o planeta? O que tem jogar essa embalagem de biscoito na rua?
Ah, não sei onde jogar esse pneu velho, então vai no rio mesmo. Esse balde estragado, o que fazer com ele? É só jogar na valeta. E o sofá? A porta velha? O armário destruído? E por aí vai…
E basta passar o período de chuvas que a história se repete…, políticos “esquecem” os problemas de alagamento e a população volta a jogar lixo nas ruas, em bueiros, valetas, rios, terrenos baldios e etc…
E sabe o que é pior?
Esse artigo ainda vai ser atual no ano que vem. Oh, meu Deus do céu.