Na Irlanda, cujo sistema educacional é um dos melhores do mundo à frente, inclusive, de Estados Unidos e UK (será que está à frente do Brasil??? Ha ha ha ha), de acordo com a pesquisa da OECD (Organization for Economic Co-operation and Development – Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico ), por lei, toda criança deve estar matriculada na escola entre os 6 e 16 anos, porém, 92% delas já frequentam a escola desde os 3 anos de idade e a qualidade do ensino é tamanha que a grande maioria dos alunos estão na rede pública.
E a economia Irlandesa é a que mais cresceu na Europa nos últimos seis, sete anos. O País tem o segundo maior salário mínimo da Europa e um grande parque tecnológico e é, inclusive, o local da sede de muitas multinacionais no continente Europeu. É, também, o primeiro no ranking de nações que mais atraem jovens estrangeiros e, talvez em função disso, tem a quarta maior população ativa da Europa composta por cidadãos de outras nacionalidades e é considerado um santuário para jovens profissionais.
E pensar que, muitos anos atrás, muitas pessoas deixavam a Irlanda por causa da baixa qualidade da educação e do desemprego e viajavam pela Europa em busca de melhores escolas ou, ainda, subempregos. Poucos conseguiam terminar a faculdade e os que conseguiam, saíam da Irlanda em busca de melhores oportunidades.
O resultado era que a mão de obra que ficava no País era de baixa qualidade gerando uma péssima fama aos produtos Irlandeses comprometendo diretamente seu avanço em termos de tecnologia e sua economia.
Mas, o que aconteceu? O que fez a Irlanda virar o jogo?
Em um determinado momento, chegou-se ao consenso que a Irlanda só sairia daquela situação se investisse pesado na educação. E foi feito.
Com um sistema educacional de ponta entendeu que os alunos precisavam aprender, com prazer, mas isso era muito diferente do excesso de liberdade. Ao aluno seria oferecido o que havia de melhor, porém, seriam devidamente cobrados. Escolas, colégios e faculdades eram locais para aprender, se desenvolver e crescer profissionalmente. E, nas últimas quatro décadas, os investimentos em educação foram constantes, não importando as ideologias políticas (não parece o Brasil???). E isso fez com que a Irlanda se tornasse um destaque global no setor. A grande diferença, é que lá estão preocupados com o País. As coisas são feitas em prol do País e não em prol de grupos políticos, não em prol desse ou daquele político.
Essa é a diferença.
No Brasil, chafurdamos no meio da lama por que não se preocupam com o País e sim em ganhos próprios ou se eternizar no poder, claro, ninguém quer perder a teta.
Se o Brasil quer virar esse jogo, tem que fazer como a Irlanda, investir pesado na educação.
Mas, diriam alguns, olha o tamanho do Brasil. Não dá. A Irlanda é um pouco maior do que o estado da Paraíba, tem uma população aproximada de seis milhões de pessoas. Uma coisa é fazer em um pequeno País e outra coisa é fazer em um País de dimensões continentais.
Oi? É isso mesmo? Prefiro pensar que se em um País tão pequeno, comparado ao nosso Brasil, foi possível fazer, então, aqui deveria ser mais fácil ainda, há mais, muito mais, recursos.
Para mim o “não dá para fazer” é desculpa para o “não querer fazer”.
Precisamos investir na educação, valorizar e qualificar cada vez mais o professor. Precisamos de escolas decentes, limpas, organizadas e aparelhadas. E tem que haver cobrança. Aluno tem que ser cobrado. Educação é coisa séria, pode mudar o País, virar o nosso jogo.
Mas, seria necessário uma mudança na mentalidade dos políticos e aí a coisa fica difícil. E seria necessário, também, mudança na mentalidade do povo e aí fica mais difícil ainda.
Oh, meu Brasil. Até quando???