Essa pandemia tá deixando todo mundo maluco.
Pra começar, o medo de contrair essa porcaria. Creio que é perigoso para todo mundo, mas para idosos e aqueles que têm comorbidades, é pior ainda.
E essa porcaria mata, faz sofrer o contaminado e sua família também, claro.
Para alguns, nada acontece e dizem até que muitos já pegaram o vírus e nem sequer ficaram sabendo, sei lá se é possível, porém, se a gente olhar as estatísticas (difícil falar em estatísticas quando se fala em vidas humanas), dos que contraem, apenas (Graças a Deus!) 3% dos casos chega a ser fatal.
O problema é, ninguém sabe se, ao pegar, os sintomas serão simples ou não. E mesmo para aqueles com sintomas leves, tem que pensar que podem contaminar alguém que pode ter um sintoma grave podendo, até, ser fatal. Essa porcaria judia e muito (já imaginou tentar respirar e não conseguir?), mata e faz sofrer os familiares.
Reconheço que usar as máscaras é muito ruim, você não respira direito, dá calor, embaça os óculos, cai do nariz, incomoda…e sabe o que é pior? É necessário! Tem que usar!
Admiro os orientais que há muito tempo já usavam máscaras e sabe o mais incrível?
Sempre imaginei que usavam as máscaras somente para se protegerem e não é. Eles usam as máscaras para proteger a si mesmos e aos outros. Igualzinho Brasileiros, afff.
Bom, com esse risco de contrair o vírus, não dá pra ficar saindo, então, vamos comprar no delivery e é uma chatice total, já cansei de passar álcool (aquele de 70%) nas compras do supermercado, do açougue, da padaria, da farmácia, da loja de computadores, da loja de utensílios, oh meu Deus do céu.
E passa álcool gel nas mãos (e não vai esquecer o vão dos dedos), passa álcool gel na maçaneta da porta, do portão, nas chaves, afff.
Putz, estacionei o carro na rua, lá vou eu passar álcool gel na lataria, na porta, na maçaneta (vai que alguém espirrou perto do carro e o encheu de vírus), nas chaves do carro, oh saco.
E já imaginou o que sofre aqueles que têm que usar o transporte público? Só por Deus, porque está cheio de irresponsáveis, retardados e mal educados que insistem em não usar máscara ou deixa-la no pescoço ou pendurada na orelha ou, ainda, com o nariz de fora.
Pelo amor de Deus!
Mas, encontrei alguém responsável e consciente quando tive problemas na minha internet e chamei o técnico e quando ele chegou, estava de máscara e fui surpreendido quando me pediu para passar álcool gel nas mãos e, acredite, na sola do sapato dele. Inacreditável.
Mas, essa pandemia deixa a gente tão maluco que dias atrás, estava doido de vontade de comer um pãozinho francês, daquele feito na hora, quentinho, crocante…hummm, tudo de bom. Adoro aquele pão com presunto, queijo e um ovo frito. Nossa, dá até agua na boca.
Acho que desde que começou essa quarentena que não como um pãozinho Francês.
Ah, quer saber? Resolvi me arriscar e ir até a padaria buscar o danado. Botei máscara, rezei, me benzi e lá fui eu até a padaria. Bom, procurei manter o distanciamento de todos, comprei meu pão, meu queijo e meu presunto e voltei pra casa pensando que o troco podia estar contaminado e coloquei na carteira, ou seja, a contaminei também. Sem contar que teria que esquentar o queijo e o presunto, sei lá, vai que o contaminaram, na dúvida…
Bom, cheguei em casa e todo aquele ritual, higieniza mãos, esquenta queijo e presunto, higieniza as chaves, carteira, sola do chinelo, saquinho plástico onde vieram os pães e também…os pães.
Fiquei alguns segundos olhando meus dois pães lambuzados de álcool, consciente da besteira que fizera, não acreditei no tamanho da distração.
Bom, enfim, vamos comer pão de forma novamente, pelo menos com queijo, presunto e ovo.
“Crônicas e Contos do Escritor” – Álcool gel e pão francês
set 24, 2020RedaçãoCrônicas e Contos do EscritorComentários desativados em “Crônicas e Contos do Escritor” – Álcool gel e pão francêsLike
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