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sexta-feira 15 novembro 2024
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“Crônicas e Contos do Escritor” – Ah, o futebol

Ah, essa magia indescritível. Ah, essa paixão inexplicável.
Uma bola de futebol, um dos principais brinquedos de meninos e meninas também, afinal, o futebol feminino cresce cada vez mais, para alegria dos amantes desse apaixonante esporte.
E qual garoto (e muitas meninas também) não sonha em ser um jogador de futebol?
Me lembro, quando criança, que Zico começava a dar seus primeiros passos em sua carreira vitoriosa e, assim como muitos garotos daquela época, sonhava em ser um jogador profissional, sonhava em ser um Zico.
Que pretensão, meu Deus!
Mas, talvez sejam esses sonhos absurdos e românticos, que movimentam o futebol e que fazem garotos e garotas aparecerem e se destacarem para o mundo do futebol.
Qual garoto não gostaria de ser um Zico, um Falcão, um Raí, Romário, Ronaldo fenômeno, Neymar e tantos outros? Já nem falo Pelé, aí seria demais, né?
Qual garota não gostaria de ser uma Formiga, Marta, Andressa, Debinha, Cristiane e tantas outras?
Deuses e Deusas do futebol masculino e feminino.
Muitas vezes ouvi críticos dizerem: “Mas que graça tem ver 22 homens (ou mulheres) correndo atrás de uma bola?”, verdade, que graça tem?
Impossível responder, impossível definir, impossível explicar e só aqueles que amam o futebol, como eu, conseguem entender qual é a graça.
Já fui (nos tempos de jovem, claro) em muitos estádios de futebol, em muitas cidades.
Acompanhei bastante o Tricolor e o “Burro da Central”, meu Taubaté amado, mas de todos os estádios que conheci, o que mais gostei, e gosto, é o do meu Tricolor querido, o colosso do Morumbi, óbvio. Já estive lá com 120 mil pessoas, antes da diminuição de espaço exigida pelas regras da FIFA, emoção indescritível.
Já vi vitórias lindas, épicas. Já vi goleadas, vitórias apertadas, já vi viradas históricas, vi títulos e muita alegria. Mas, já presenciei derrotas doloridas também e uma que não esquecerei jamais é aquela que o Tricolor perdeu, nos penaltis, o tricampeonato da libertadores para o Vélez Sarsfield (Aargh) em 1994. Eu estava lá, em pleno Morumbi lotado, tomado de vermelho, preto e branco.
Chorei muito naquela noite. Sim, um homem adulto, chorando feito criança porque o time perdeu. Ridículo? Sim, ridículo, mas isso é o futebol, tem a capacidade de transformar homens em crianças, simples assim. Como se explica? Não se explica.
Talvez, possamos dizer que é a magia do futebol, afinal, qual o amante do futebol que nunca foi dormir com olhos vermelhos de tanto chorar porque o time perdeu? Qual fanático por futebol que nunca acordou com dor de cabeça, na manhã seguinte à uma derrota?
Qual torcedor que nunca foi dormir sorrindo após uma bela vitória?
Só de pensar na gozação com a torcida adversária, a gente já amplia o sorriso. Ah, o fanatismo.
Gol de falta, de pênalti, golaço, gol “chorado”, gol impedido, gol irregular, não interessa. A torcida quer mais é comemorar, extravasar os sentimentos e gritar “É campeão!”
Ah, e como é bonito o estádio de futebol lotado. Sou da época que ainda se podia levar bandeiras aos estádios e era simplesmente espetacular, emocionante, inebriante.
O colorido das torcidas com suas bandeiras, camisas, chapéus, com as tradicionais tiras de papel higiênico, papel picado, bolas de bexiga coloridas e etc…e seus cantos então? Exaltando qualidade e garra de seus jogadores, empurrando o time ou ironizando o adversário, faz parte.
Ah, pode reclamar, pode xingar, mas, reconheça, um estádio de futebol lotado é uma coisa linda e está fazendo falta a torcida nesses estádios vazios em função da pandemia.
Ah, esse maravilhoso caso de amor com o futebol.