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sexta-feira 15 novembro 2024
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“Crônicas e Contos do Escritor” – Ah, essa praça

Morar em frente à uma praça tem seu lado bom e ruim, ao mesmo tempo.
Por exemplo, em frente à casa da minha irmã tem uma praça muito linda, muita grama, algumas árvores, poucas, podia ter mais, mas duas dessas árvores são frutíferas. Olha só, atrai muitos pássaros. Há bancos e sombra das árvores.

Frequentemente, conseguimos ver belos pássaros como pica-paus, bem-te-vis, rolinhas e outros. E até alguns tucanos, de vez em quando, dão o ar da graça por lá. Recentemente, tive a oportunidade de ver alguns pequenos gaviões, acho que são os Carcarás, só de olho nas espécies pequenas e em seus ovos.

Às vezes, vemos professores, com seus alunos, dando aulas de alguma atividade física na praça e, inclusive, há aparelhos de ginástica ao ar livre e muitos idosos, e não idosos, praticam seus exercícios ali.

Muitas pessoas vão caminhar no entorno da praça, inclusive eu que, como muitos, adoro caminhar (leve, é claro…ha ha ha ha), na “tranquilidade” (Oi??? Tranquilidade???) da praça.

Além das pessoas da academia ao ar livre, daquelas que fazem suas atividades e o pessoal das caminhadas, tem, também, muitas pessoas que levam seus cães para se exercitarem na praça. Até aí tudo bem, é legal, é divertido, mas o problema é que somente algumas são educadas e recolhem a sujeira de seus PETs, que não tem culpa alguma, mas algumas, sem noção, deixam a sujeira de seus animais para trás. Nesse momento ficamos em dúvida quem é o animal ali. Na verdade, acho que não há dúvida.

Alguns, chegam ao absurdo de sair com saquinho plástico na mão, só para fazer “média”, mas nunca recolhem as fezes dos filhos de quatro patas. É só para fingirem que limpam a sujeira dos cachorrinhos. Santo Deus.

Tempos atrás, uma senhora pisou e escorregou nas fezes de um cachorro, caiu e quebrou a perna. Deixo claro que os animais não tem qualquer culpa nisso e sim seus donos, mal educados, despreparados, abusados, folgados, completamente sem noção.

E, além desses mal-educados, infelizmente, tem aqueles que usam a praça para cheirar/fumar sua erva. Nada contra quem gosta da erva fedida, tem gosto para tudo.

Tem todo o direito de fumar quanto e o que quiserem, isso é problema deles e não meu, porém, assim como eles tem o direito de fumar seu cigarrinho do demônio, eu também tenho o direito a um ar puro sem aquele maldito fedor à minha volta. Deveriam respeitar o meu direito à um ar puro.

Outro problema que encontramos na praça é que, assim como os gaviões ficam de olho nos ovos e filhotes de outros pássaros, tem uma outra espécie, essa provida de pernas, que também ficam de olho, só que nas casas da vizinhança, principalmente naquelas no entorno da praça. São os safados em busca de oportunidades para se apropriar do alheio, como se isso fosse a coisa mais natural do mundo.

Epa!!! Espera aí Robson. Isso não é natural, não??? Roubar é errado? Então, né???
Lembro-me do tempo que as casas não tinham muros, cercas, grades…, então vieram os muros com pedaços de vidro. “Há, agora sim. Acabou a festa dos amigos do alheio”.
Que nada!

Outra evolução e colocaram arame farpado em cima dos muros.
“Olha só, que beleza! Agora quero ver o safado invadir minha casa.”
Então vieram mais as trancas, chegaram os alarmes, as câmeras e tudo o mais.
E adiantou? Nada. A bandidagem, os safados, vagabundos, se modernizam para vencer os obstáculos que surgem. E vão se reciclando. É mole?

Hoje estamos trancados dentro de nossas casas e a bandidagem livre, leve e solta lá fora.
E até nas ruas, nos entornos de praças, temos que tomar cuidado.
Ah, Robson, o que isso? Ele só quer roubar o seu celular para tomar uma cervejinha. Né???