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quinta-feira 28 novembro 2024
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“Crônicas e Contos do Escritor” – A vacinação

A vacinação vai caminhando, em passos mais lentos do que gostaríamos, é claro, mas vai avançando e imunizando no meio de tantas dúvidas e as perguntas são muitas:
E aí? Todas as vacinas são iguais? Boas o suficiente? Alguma vacina dá reação?
Vacina que dá reação imuniza mais que outra? Tomei vacina, estou, finalmente, imunizado? Mas, e as variantes? E as novas cepas? O quê? Cepa? Que raio é isso?
Santo Deus, mais uma palavra para se juntar à família das que se tornaram populares como “comorbidades”, “protocolo”, “distanciamento social” e tantas outras.
E as perguntas e dúvidas seguem.
E as sequelas? Todo mundo tem dor no peito? Nos músculos? Todo mundo tem cansaço? Falta de ar? Todo mundo perde paladar? Quem teve Covid pode fazer atividade física?
Oh, meu Deus do céu! Que coisa triste, horrível e esquisita essa Covid.
A verdade é que a única coisa que todo mundo sabe é que ninguém sabe nada sobre a Covid.
E entre tantas esquisitices dessa doença tão terrível, uma coisa muito intrigante é que os sintomas, gravidade e sequelas mudam demais de pessoa para pessoa.
Tive Covid, sofri muito, fiquei duas semanas no oxigênio, quase passei dessa para uma melhor (supostamente melhor, né?), me curei, graças a Deus, estou fazendo atividades físicas para recuperar a respiração e massa muscular perdidas. Fui abençoado. De vez em quando, até bate umas dorzinhas nas pernas e costas, mas aí acho que é da idade mesmo…rsrsrs.
Apesar de já ter sido contaminado e, supostamente, ter uma relativa imunidade, mesmo assim, continuo em casa, longe das aglomerações e usando muuuuuuito álcool gel e a máscara se tornou peça natural e imprescindível do vestuário.
Não quero correr riscos de uma reinfecção, Deus me livre. Só de pensar fico arrepiado.
Não quero saber o fabricante, quero é me vacinar o mais rápido possível e não estou nem aí se vai ter reação ou não, na verdade, o que me assusta (depois da própria doença, é claro) é a danada da agulha, oh, coisa horrorosa, objeto do demônio.
Odeio agulhas e nem olho para elas e imagino que tenham o diâmetro de meu dedo e que vão rasgar pele, nervos, carne e perfurar meu osso como impiedosas britadeiras, ai meu Deus.
Injeções, vacinas e exames de sangue me deixam apavorado. Dois dias antes e as pernas começam a tremer. Bom, mas fazer o quê, né? Tem que tomar. A doença é muito pior.
Olha, e pior que a agulha é o exame da Covid, aquele que enfia, sei lá o que, no nariz e na garganta. Argh! Meu Deus do céu, aquilo é um estupro nasal. Só por Deus. É horrível sentir aquele treco escorregando nariz a dentro. Acho que vai até o pulmão, santo Deus! E o pior vem na segunda narina quando já se sabe o que vai acontecer, afff. Dá vontade de sair correndo. E ainda tem o exame da garganta. Nesse, eu quase vomitei no coitado do enfermeiro que não tem culpa alguma, é um profissional fazendo o seu trabalho importante e necessário, mas, depois do exame, confesso que olhava com ódio para ele…ha ha ha ha.
Mas, falando sério, fico atônito e revoltado ao ouvir dizer que tem pessoas que não vão tomar vacina, tudo bem que a agulha é um desespero só, mas convenhamos.

Porém, não dá pra se surpreender, afinal, até hoje tem idiotas que não usam máscara.
Santa ignorância, estupidez e falta de respeito com o próximo.
Recentemente fiquei sabendo de um conhecido que teve Covid, quase morreu e está muito debilitado com sequelas graves. Que Deus o ajude mas, meses atrás, falei com ele pelo whats e, na ocasião, desdenhou da doença. Disse que não acreditava na Covid e que não seria contaminado e, se fosse, nada sentiria. Não usava máscara e nem álcool gel e como era praticamente certo que aconteceria, foi contaminado. Uma infeliz e triste consequência.
Sempre colhemos o que plantamos.
Não esqueça, mantenha o distanciamento, use máscara, álcool gel e tome a vacina!