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quinta-feira 28 novembro 2024
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“Crônicas e Contos do Escritor” – A vacina e as promessas vazias

A vacina mais aguardada das últimas décadas (se não for de todos os tempos), traz esperança de acabar com essa pandemia insana e nos trazer a paz novamente.

Basta uma garganta “arranhando”, algumas tosses e já vem a preocupação, Covid?
Enquanto não tomarmos a danada da vacina não teremos tranquilidade. Fica difícil se reunir, conversar, interagir, ir a um restaurante, lanchonete, padaria, bar, loja e etc…

Aguardo com ansiedade a vacina e, desde que aprovada pela ANVISA, tomo qualquer uma, afinal, não quero correr o risco de me contaminar e, por enquanto, para se proteger temos álcool gel, distanciamento social e a máscara, mas eita negócio chato que é usar a máscara. Aliás, a danada é tão chata quanto necessária. É tão indesejada quanto essencial nesse momento anterior à vacina. Não tem jeito, por enquanto, é o que nos protege. Usa-la é uma questão de respeito, de civilidade, de educação, consciência.

A máscara protege a nossa saúde e de outros, mas, infelizmente, tem gente que não pensa assim. Tem pessoas que se acham imunes ao vírus, que se consideram livres da doença e tem alguns (poucos) felizardos que a doença não vai afetar em nada, os chamados assintomáticos, porém, esses “felizardos” esquecem que mesmo não sofrendo os sintomas da doença podem transmitir para aqueles cujo vírus pode ser fatal. Então, enquanto não temos a vacina, não usar a máscara é prova de egoísmo, ato de quem não se preocupa com o próximo.

Aliás, provas de egoísmo é o que não falta e os exemplos vem de governantes que estão mais interessados em lucros políticos do que preocupados com a saúde pública.
Acho muito triste, governantes brigarem entre si pra ver quem leva a melhor nesse embate político disfarçado de preocupação com a COVID.

Tem gente sofrendo, tem gente morrendo, famílias destroçadas, insegurança, medo e o que vemos são interesses políticos e financeiros (como pudemos ver com as notícias de superfaturamento de equipamentos essenciais para o tratamento dos infectados por essa terrível doença) acima de tudo.

Como isso é possível? Que tipo de gente é essa que se aproveita desse momento de dor pra levar vantagem?
O que me conforta é acreditar que nada passa despercebido aos olhos de Deus. Podem até escapar da justiça dos homens, porém, vão pagar, sem dúvida alguma, por cada sofrimento provocado por seus atos errados, sejam eles de ação, omissão ou manipulações sórdidas.

Porém, enquanto a justiça divina não vem, temos que engolir politiqueiros do mais baixo nível prometendo o que não podem cumprir. Acredite, tem político prometendo vacinar, mas como? Nem vacina aprovada pela ANVISA temos.

Promessas vazias com intenções eleitoreiras, única e exclusivamente, afinal, o que importa?
A saúde e tranquilidade pública ou rendimentos políticos?

E assim vamos nós, no País das promessas vazias, no País da memória curta onde certos políticos esquecem com facilidade o que prometeram, esquecem com facilidade quem apoiou ou deixou de apoiar, esquecem que se candidataram para um cargo prometendo seguir até o final, porém, na metade do caminho, o olho cresceu, a ambição superou a moral e ficou fácil trair o povo que o elegeu para se candidatar a outro cargo.

Tudo é um jogo maldito onde o que menos importa é a população.
E vamos torcer para que a ANVISA aprove logo alguma vacina para nos vermos livres dessa pandemia tão pavorosa, porém, até lá, vamos usar máscara, fazer um pouco mais de sacrifício e manter o distanciamento social.
E chega de promessas vazias. Queremos seriedade, responsabilidade e verdades na luta contra essa pandemia.