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domingo 22 dezembro 2024
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“Crônicas e Contos do Escritor” – A ditadura disfarçada

Sabe aqueles devaneios insanos, sempre presentes na imaginação sem limites dos Escritores?
Então…lá vem minha mente enlouquecida trazer mais um devaneio…
Em meio a chuvas torrenciais, vejo uma nave espacial. Ela paira no ar e, de lá, saem onze figuras que pareciam pinturas grotescas vindas do mundo inferior, de um inferno qualquer ou, quem sabe, parecendo enormes abutres, corvos ou morcegos gigantes.

Eram alienígenas, talvez vindos de Zybellium o planeta imaginário do escritor J. Robson J.
Vinham com roupas pretas, esvoaçantes e assustadoras. São feios, muito feios, carrancudos, expressões duras, parecendo malévolos…

É possível ver, através da sombra negra de seus olhos, o quão ruim são seus pensamentos e ao ver aquelas onze figuras assustadoras, saídos da mente do escritor, imaginei o quanto meu pobre país estava perdido. Não parecia haver salvação para os brasileiros, oh meu Deus.

O escritor imaginou o momento em que eles colocaram seus pés imundos no sagrado solo brasileiro e chegaram se anunciando como anjos da salvação e guardiões da justiça. Diziam estar aqui para defender a lei, a justiça e a constituição brasileira. Pura balela.

E como desconfiava, aquelas onze figuras eram falsas, maldosas, cheias de interesses próprios e com capacidade de influenciar mentes. Parte deles se colocou a serviço de poderosos para conseguir o quer queriam, poder…muito poder. Tinham sede insaciável pelo poder.

Ao contrário do que apregoa o juramento alienígena, se venderam para pessoas nada idôneas, nada bem intencionadas e chegaram ao desejado poder, sem terem recebido um único voto popular. Você votou nos alienígenas imundos? Sei que não. Nem eu e nem qualquer ser humano honesto. Na verdade, fora os mal intencionados, ninguém os quer por aqui e muitos e muitos pedem, ordenam… “sumam daqui alienígenas abutres, corvos ou morcegos”.

Mas, os alienígenas falam bem, falam bonito, fazem média, entendem o idioma terráqueo e, principalmente, o brasileiro. Certamente estudaram muito, talvez fossem muito inteligentes.

Porém, na imaginação fértil do escritor, algumas informações teriam vindo diretamente da nave espacial (muitos já correm dizer que é uma tal de fake News) e afirmavam que, entre os alienígenas, havia um (ou talvez mais) que não era tão dono de inteligência assim. Segundo essas informações, o ser satânico jamais havia passado em concurso para…hummm…sei lá, sei lá. Me entende, né? É melhor não saber, certo? Dizem que a ignorância é uma benção.

Enfim…, e más línguas ainda dizem que, outro deles, defendia bandidos em seu planeta.
Ai, meu Deus. Você pode imaginar? Defensor de bandido querendo poder, muito poder, “se achando” e querendo posar de guardião da paz e da ordem…ai…ai…ai.

Então, na loucura sem fim do escritor, os onze alienígenas assumiram o poder supremo e, aos poucos, foram tomando conta. Ninguém percebia ou fingia não perceber, talvez por omissão, talvez por medo de ofender os alienígenas, sei lá. A mente insana do escritor não encontrou resposta, mas acredita-se que havia muito medo em ofender os danados, diziam que eles eram seres supremos e que não podiam ser ofendidos.

Começava a ditadura, os alienígenas admitiam que falassem deles, porém somente se fosse bem e aí era um problema, ninguém falava bem, afinal era impossível encontrar um motivo para falar bem dos alienígenas asquerosos.

E o poder continuava, eles suspeitavam, mandavam prender e condenavam. Fácil assim.
Na insanidade do escritor, o governo brasileiro, estava subjugado aos onze mal feitores alienígenas, devia a eles obediência cega. Eles exigiam subserviência e se, por acaso, alguém do povo lhes atirasse palavras ofensivas…pronto, condenação…danação eterna.

Eles tomaram conta de tudo. Nada lhes passava despercebido e a última palavra era deles.
Mas, em sua insanidade, o escritor imaginou que, um dia, a nave partiria levando de volta para o inferno de onde vieram os onze alienígenas morcegos…corvos ou abutres…he he he.