Segundo estimativa do Instituto Nacional de Câncer (Inca), depois do câncer de pele do tipo não melanoma, o de mama será o de maior incidência em mulheres no Brasil em 2019, com mais de 59 mil novos casos. Embora frequente, este tipo de tumor tem grande chance de cura se for diagnosticado em fase inicial.
De acordo com Alfredo Barros, mastologista da BP – A Beneficência Portuguesa de São Paulo, os métodos de detecção do câncer de mama estão cada vez mais modernos e se o tumor for diagnosticado precocemente, o índice de cura chega a 95%. “O diagnóstico precoce tem contribuído também para a realização de cirurgias menos agressivas e com redução significativa da mastectomia, a retirada cirúrgica da mama”, explica o especialista.
O médico lista 7 informações práticas sobre o câncer de mama:
A mamografia é o exame de imagem mais utilizado para identificar câncer na mama. A ultrassonografia e a ressonância magnética também são usadas para a detecção da doença.
A Sociedade Brasileira de Mastologia (SBM) recomenda exame de mamografia uma vez por ano para mulheres a partir de 40 anos de idade.
Mulheres que não fazem mamografia só percebem o tumor quando ele atinge 2 ou 3 cm. Se realizarem exames preventivos regularmente, o tumor pode ser detectado antes, apresentando maior chance de cura.
Os sinais de câncer de mama são a presença de nódulo endurecido e não doloroso, vermelhidão na pele da mama, saída espontânea de secreção pelo mamilo, alteração do tamanho da mama e lesão tipo eczema unilateral na aréola.
Nem todo nódulo está relacionado ao câncer: um cisto (nódulo com líquido no interior) pode indicar apenas uma alteração benigna do organismo.
Na gravidez, durante o pré-natal, as gestantes com mais de 30 anos devem fazer ultrassonografia mamária.
Embora seja raro, homens podem desenvolver câncer de mama. O sinal principal é o surgimento de nódulo na região da mama ou na axila.
“A adoção de hábitos saudáveis como dieta balanceada, atividade física e manutenção do peso ideal pode evitar aproximadamente 30% dos casos de câncer de mama. Além disso, é fundamental ter um acompanhamento médico e estar com os exames em dia”, conclui o mastologista.