Se eu pudesse incluir uma data em nosso calendário de feriados, criaria o Dia de Duvidar das Nossas Certezas. A ideia seria tirar um “day-off” para reavaliar nossas crenças limitantes – aquelas que insistem em ocupar espaço em nossa mente, mas que na verdade são um grande atraso para a nossa vida.
Você tem vontade de cobrar consulta jurídica, mas deixa de fazê-lo para evitar perder clientes? Acha que seu potencial nunca será reconhecido de verdade no mercado jurídico? Tem vontade de montar seu próprio escritório, mas fica com medo de não ser um bom empreendedor? Recusou dar uma palestra porque tem pavor de falar em público? Sente-se perdido e sem saber como se destacar no meio jurídico?
Muitos destes pensamentos, que rondam a cabeça de boa parte dos advogados, podem estar enraizados em crenças limitantes.
No meu dia a dia como assessora e consultora de comunicação para advogados, é comum ouvir que o advogado está insatisfeito com seus honorários, mas que não aumenta o preço para não perder mercado para a concorrência.
De onde vem esta certeza? Se você se permitir duvidar um pouco disso, verá que esta constatação tem muito mais a ver com uma crença de não merecimento ou com um pensamento de escassez, do que com a verdade dos fatos. Afinal, quando o aumento de preço vem acompanhado de um aumento na percepção de valor do serviço, o cliente geralmente não vai embora.
Lembre-se: quem compra de você por preço, vai embora por preço. O preço é uma medida monetária. Mas quem compra de você por valor, permanece contigo. E a forma como você vai se posicionar e se comunicar com este cliente é essencial para que ele entenda a sua proposta de valor.