O caminho para o autoconhecimento pode ser trilhado em várias direções, com a psicologia, a astrologia ou a meditação, por exemplo. As mulheres, no entanto, contam com um método extra, que consiste em uma viagem à antiguidade clássica a fim de desvendar a essência feminina e, de acordo com os padrões de comportamento que apresentam, fortalecerem as qualidades e curarem as fraquezas. Com base em mais de 15 anos de experiência em constelação sistêmica, a psicóloga Regina Silva, fundadora do espaço Gyraser (www.gyraser.com.br), aponta os arquétipos das sete deusas gregas interiores que compõem a identidade feminina em diferentes níveis.
“Geralmente, uma ou duas dessas personas se manifestam de maneira mais intensa em relação às demais. Identificar quais são as deusas predominantes e as submissas interiormente ajuda a alinhar a essência às expectativas externas e a trabalhar suas qualidades e dificuldades em benefício próprio”, afirma Regina.
Atena – Deusa da Sabedoria
Filha de Zeus, nasceu já de armadura e elmo, pronta para lutar e liderar. Foi considerada a deusa da sabedoria, das artes e da guerra – não devido a um caráter violento, mas estratégico e minucioso. Marcadas pela inteligência, aquelas que possuem essa divindade aflorada são extremamente fortes e dispostas a lutar por seus ideais. “Latente em empreendedoras de sucesso e líderes, por exemplo. São mulheres despertas ao feminismo e que têm a carreira como prioridade”, explica a psicóloga. Entre as Atenas de grande destaque, pode-se citar Coco Chanel (1883-1971), que democratizou a moda feminina em sua época e Margaret Thatcher (1925-2013), que foi primeira-ministra do Reino Unido.
Perséfone – Deusa da Terra
As mulheres com essa energia são extremamente espiritualizadas e têm sensibilidade aguçada, como a escritora Zíbia Gasparetto. “Além disso, sempre parecem ser mais jovens do que realmente são, podendo ter 80 anos e, ainda assim, cultivarem um espírito de menina”, comenta Regina. Na mitologia grega, Perséfone era conhecida por seu espírito leve e por sua beleza. Enganada por Hades, acabou se casando com o senhor do submundo e era obrigada a permanecer lá por metade do ano e a outra metade com sua Mãe na terra. Segundo a crença, as estações estão ligadas à sua estadia: quando está com o marido é outono e inverno e quando está com sua mãe (Mãe Terra), primavera e verão.
Ártemis – Deusa da Caça
Também conhecida como Deusa da Lua – em contrapartida ao seu irmão Apólo, Deus do Sol –, Ártemis era notável por ser uma caçadora e estar sempre presente em meio à natureza. “Assim como Atena, se colocava no mesmo patamar do homem. O arquétipo de Ártemis simboliza a força das mulheres guerreiras, empenhadas em lutar por seus ideais, como a militante Olga Benário Prestes (1908-1942) e a escritora Virgínia Woolf (1882-1941). Geralmente são policiais, militantes e defensoras da natureza e dos animais”, aponta a fundadora do espaço Gyraser.
Afrodite – Deusa da Beleza
As características que compõem esse arquétipo são o encanto, a sedução e a beleza. É aquela que atrai os olhares de todos com sua energia, independentemente de sua aparência física. Embora chame a atenção da maioria, é dona de si e escolhe a quem cativará. “Uma das mulheres que roubou a cena com seu charme foi a atriz e cantora Marilyn Monroe (1926-1962). Além do aspecto sensual, o lado Afrodite permite que o indivíduo se relacione muito bem com as outras pessoas, o que é essencial para a vida social e profissional”, reforça.
Héstia – Deusa do Fogo
Diferente do que o nome possa sugerir, a deusa do fogo não diz respeito à energia sexual, mas sim ao quente do conforto, da segurança e acolhimento dos lares e templos. Ela representa a organização, a moradia e a harmonia do lar. Quando os gregos conquistavam um novo território, era tradição levar a chama de Héstia – acesa nos centros políticos das cidades – como forma de conectá-lo à Grécia. A deusa simboliza, então, a mulher que tem sua casa como a coisa mais importante da vida, responsável pelo equilíbrio e pela ordem de seu “santuário”, tal como a Madre Tereza de Calcutá.
Deméter – Deusa da Agricultura
A palavra que melhor define a mulher que manifesta Deméter é “maternal”. A personagem da mitologia era mãe de Perséfone, quem nutria a Terra e fazia com que o inverno chegasse quando sua filha regressava ao submundo. Notável por seu cuidado e carinho, é a pessoa dedicada não só aos próprios filhos, mas a todos ao seu redor. “Desprendida do casamento, o que importa a ela são seus filhos, sejam eles os que cresceram sob seus cuidados, sua equipe de funcionários ou, ainda, os seus alunos em uma sala de aula”, afirma Regina. Um exemplo de Deméter bastante conhecido é a atriz norte-americana Angelina Jolie, que adotou três crianças de diferentes partes do mundo.
Hera – Deusa do Casamento
Esposa de Zeus, é a deusa protetora dos casamentos, por ter experienciado uma série de traições de seu marido. O que mais importa àquelas com sua Hera aguçada é o bem-estar e a manutenção do matrimônio. Geralmente, são pessoas misteriosas e conscientes acerca de sua influência, como a primeira-dama Michelle Obama. Elas têm preferência pelos homens poderosos ou que o virão a ser.
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Os arquétipos das sete deusas gregas são uma ferramenta de análise utilizada por Regina Silva em um de seus workshops no espaço Gyraser. A psicóloga e coach promove cursos e treinamentos voltados ao autoconhecimento e desenvolvimento pessoal por meio da Constelação Sistêmica – técnica que trabalha o inconsciente do indivíduo, levando em consideração suas relações nas diferentes esferas em que está inserido: familiar, social, profissional e amorosa.
Psicóloga Regina Silva aponta personas da antiguidade que integram a personalidade da mulher e se manifestam em diferentes níveis de acordo com características específicas
Comportamento: As 7 deusas gregas interiores que compõem a essência feminina
jan 12, 2019Bruno FonsecaTribuna LivreComentários desativados em Comportamento: As 7 deusas gregas interiores que compõem a essência femininaLike
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