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quinta-feira 14 novembro 2024
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Como você vê o progresso do estudo e da prática do magnetismo no meio espírita?

Eis uma questão que respondo com muita alegria!
O Magnetismo voltando à baila espírita corresponde, sem qualquer exagero, ao renascimento do Espiritismo. Isso mesmo! O Magnetismo ressurgido renova o Espiritismo, muito embora isso signifique uma volta à base.
Mas percebamos…
Houve tempo em que o meio espírita parecia não saber dos clássicos do Magnetismo. Ouvia-se falar sobre Mesmer, sem que se conhecesse uma só que fosse de suas obras. O Barão Du Potet, um dos maiores mestres dessa Ciência abençoada, dele sequer se conhecia qualquer efígie. Apesar do livro Magnetismo Espiritual ter falado de Lafontaine, sempre pairou no ar uma dúvida que levava a maioria a pensar ser ele o mesmo escritor das fábulas universais, o que demonstrava a distância em que o Movimento Espírita estava do Magnetismo aprendido, aplicado e sugerido ao meio espírita como ciência irmã do Espiritismo. Tudo isso sem falar do completo abandono em que se encontrava aquele a quem Allan Kardec chamou de “o sábio”, o inigualável senhor Joseph Deleuze. Atualmente já começam a ser bem conhecidos, lidos, comentados, estudados e aprofundados. Hoje, todos eles têm livros traduzidos para nosso idioma.
Esse fato, por si só, diz do nível das mudanças que começam a frequentar os grupos de estudos e pesquisas que surgem em muitas Casas Espíritas, apesar de um visível e injustificável esforço de algumas das maiores Casas espíritas do Brasil em denegrirem o Magnetismo, afirmando-o fora dos interesses espíritas.
Há 10 anos surgiu um movimento que pretendia apenas reunir os poucos grupos que estavam estudando e praticando, de forma regular e eficiente, o Magnetismo. O Encontro Mundial de Magnetizadores Espíritas – EMME; não apenas está em franco crescimento, como já ensejou seus frutos em vários Estados: Pernambuco, Ceará, São Paulo, Paraná e Goiás já realizam seus Encontros Estaduais, reunindo muitas Casas e Grupos que já trabalham essa alavanca de caridade e curas. Outros Estados já disseram de seus interesses em também promoverem eventos semelhantes. Ou seja: a máquina está se movimentando e produzindo bons frutos. E além de ocorrer no Brasil, já tivemos edição do EMME na Flórida, Estados Unidos, além de que todos aguardam uma edição proximamente na Europa.
O Movimento Espírita nacional já não tem como negar a presença e a necessidade dos estudos e das práticas magnéticas. Primeiro porque tudo tem base nas obras de Allan Kardec; depois porque os benefícios que vêm sendo obtidos são por demais eloquentes, assim como a procura por resultados mais eficientes, por parte dos assistidos, nas Casas que ainda não estão ampliando tais práticas em suas dependências.
Se for considerar o volume de correspondências que recebo pedindo orientação para montar grupos de estudos e trabalhos nessa área, então posso afirmar que o crescimento vem sendo geométrico. São convites para realização de cursos e palestras; são pedidos de orientação para tratar enfermidades que as práticas espíritas, ditas tradicionais, não tem contemplado; são pessoas e grupos interessados em participar de todo e qualquer evento que aborde o Magnetismo; é o número de trabalhos que estão sendo oferecidos para serem apresentados nos EMMEs; enfim, tudo confirma o quanto o Magnetismo vem crescendo no interesse da população espírita e não espírita.
Mesmo considerando que, apesar de todo crescimento, ainda somos muito poucos, os resultados que absolutamente todos os grupos vem obtendo colocam o interesse pelo Magnetismo como um tema que está no topo da lista do que se pretende implementar para que o Espiritismo se faça, de fato, o Consolador prometido.
Espero não estar enganado, mas acredito que a inércia já foi vencida e que agora só nos cabe seguir gerando energias para o “carro” seguir andando, sem jamais voltar a fugir dos “trilhos”.