O que é o tempo? Nosso amigo, nosso inimigo?
Parece que em um piscar de olhos o bebê do amigo já é adolescente. Aquela música tão linda, já é considerada antiga e entra nos grupos “saudade”, “retrô”, “das antigas” e por ai vai.
Em um piscar de olhos já terminei o (antigo) ginásio, o colégio, a faculdade então? Nossa, nem vi passar. Veio o emprego, filho nasceu, cresceu, terminou a faculdade e já é um homem (de bem, graças a Deus!).
O carro ficou velho, a camisa rasgou, o telefone antigo sumiu, agora o tal do aparelhinho que é muito útil e divertido mas que, também, enche o saco. Está nas mãos de todo mundo e parece que a gente não vive sem ele.
Ficha telefônica? Quem conhece, quem usou?
Televisão, preto e branco, com botão para trocar de canal, haja saco para levantar e mudar o canal. Deixa no que está mesmo.
Cartas? Ah, as saudosas cartas. Nem sei quantos anos faz que recebi a última e até gostaria de saber qual foi. Engraçado, né? Houve a última, sim houve a última e qual terá sido? Em qual momento e de quem recebi?
Tudo muda muito rápido e o tempo passa por nós e não se preocupa com a gente.
E dias atrás fui surpreendido pelo meu filho que disse nunca ter visto e ouvido um LP tocando ao vivo. Dá para imaginar isso? E agora nem CD a gente usa mais e era tão gostoso comprar LPs e CDs. E as fitas cassetes então?
De repente a gente vê aquela bela atriz, já não tão bela como antes, como assim? O que aconteceu?
Simples, o tempo passou. Passou para mim, para você, para a bela atriz, para aquele cantor “boy” que agora ostenta a barriga pronunciada, os cabelinhos brancos (e isso quando ainda tem cabelos, né?), as rugas e olheiras.
Parece que não, mas os artistas, assim como todos nós, também envelhecem.
E os jogadores de futebol então? Você guarda aquela imagem do cara sarado e, aparentemente, eterno. E aí você se surpreende quando o vê na TV. O tempo passou para ele também.
O tempo adora brincar (e judiar) com a gente.
Os tempos passados nos trazem recordações, o tempo presente é vivido e o futuro é apenas esperado e como estaremos?
Muitas vezes tentamos controlar o tempo e, no entanto, as horas escoam por entre os dedos sem nos darmos conta.
Às vezes até pensamos, o que há com o tempo? Com as horas? Parece até que não nos querem bem mas, não é isso. O tempo, esse danado, simplesmente passa.
Mas, quer ver o danado do tempo demorar para passar?
Quando seu time precisa da vitória para se classificar, está ganhando por 1×0 e o juiz dá cinco minutos de acréscimo. Ah, pelo amor de Deus, que cinco minutos para demorar para passar. Cinco minutos que se transforma em trinta minutos, ou seria eternidade? Parece que o jogo nunca vai acabar.
E ontem tive mais uma prova de como o tempo passa rápido, fui salvar esse texto no computador e percebi que escrevo no Jornal desde abril de 2018, para ser mais exato a primeira coluna saiu no dia 12 de abril de 2018, ou seja, já passou um ano, três meses e mais uns quinze dias. Olha isso! Parece que foi ontem que comecei.
Creio que tiveram grandes colunas, outras nem tanto mas, me surpreendo ao saber que essa é a de número 64. Muito feliz por isso e que venham outras 64 e muito e muito mais ainda…
Obrigado Diário de Taubaté!
