I – Jesus, Maria, José
Nesse momento, com sol, chuva, vento; sete bilhões de pessoas no mundo, segundo estatística de 2021, estão vivendo no planeta Terra. O ar é respirado, água é tomada, trabalhos são feitos, sonhos são construídos e destruídos.
Segundo a ONU, há 193 países no mundo. A maioria da população em 157 deles é cristã, dado frio e matemático, mas que nos mostra que 17,74 por cento da humanidade, circula em torno do pensamento de Jesus Cristo.
Os autores do Evangelho segundo a ordem bíblica são: Mateus, Marcos, Lucas e João.
Mateus usa um processo literário muito usado pelos modernistas: Foi assim: Maria comprometida com José, achou-se grávida antes de coabitar com o noivo. Veio um anjo de Deus, durante o sonho de José, e o avisou que a gravidez de Maria vinha vem do “Espírito Santo”.
Marcos apresenta-nos Maria e os irmãos de Jesus, no momento em que o homem de Nazaré, falava a uma multidão.
Lucas apresenta o anjo Gabriel anunciando à Virgem Maria, que ela dará à luz ao filho do Senhor e receberá o nome de Jesus.
João, na profundidade de seus signos, diz que o filho de Maria não é fruto do sangue; não é resultado do desejo despertado pela carne; não se origina da vontade do homem, mas do calor e do poder de Deus. O verbo, as ações, os fatos, as profecias se fizeram carne, por um determinado tempo.
Os Evangelhos, grafias que são filhas do tempo e da fé, colocam Maria, mãe do princípio do mundo, da Via Láctea, transformando palavras simples, pronunciadas pelo criador como verdades que rodeiam a realidade do universo.
II – Presença de Maria no mundo
O Vaticano, antigamente era um espaço sagrado, onde os sacerdotes se reuniam para emitir profecias.
O Vaticano era uma figura transparente, uma luz caminhante, na mitologia romana. Era um ser divino que abria a boca dos recém-nascidos para que pudessem dar o primeiro grito. Quando a criança gritava, todos acreditavam que foi obra do deus Vaticano.
Uma noite, sem uma estrela no céu, Nero sonhou com sua mãe voando sobre a colina do Vaticano e, por acessos de irracionalidade e medo, construiu o seu circo sobre a colina do Vaticano. Ali ele cantava, declamava, e matava opositores. Foi nessa colina que, cercado por uma multidão alegre; outros tristes; outros revoltados, São Pedro foi assassinado e sepultado.
O tempo passou, numa contagem pequena, quando o imperador Constantino mandou erguer a primeira basílica no Vaticano.
O Vaticano, sede central do cristianismo, publicou uma relação de lugares onde Maria, mãe de Deus, esteve neste mundo para conversar com os simples, a população de pé no chão, fato que ficou conhecido como aparições de Maria, ou os relacionamentos da Mãe de Jesus com os que amam, sonham e tem fé. O Vaticano soltou uma lista dos aparecimentos de Maria que, por apresentar verdades inabaláveis, os Papas validam como contatos verdadeiros: Virgem de Guadalupe, no México, em 1531; Nossa Senhora da Siluva; na Lituânia, em 1608; Virgem da Medalha Milagrosa, na França, 1830; Nossa Senhora de Sion em Roma, Itália, 1842; Virgem Di La Sallette, 1846; Virgem de Lourdes, França, 1858; Nossa Senhora de Gietzwald, Polônia, 1877; Virgem de Fátima, Portugal, 1917; Mãe do Mundo de Kibero, Ruanda, África, Nossa Senhora Aparecida, em imagem, vencedora das águas e da lama, Aparecida, Vale do Paraíba, Brasil.
III – Portugal em tempos de guerra
O ano de 1917, por pressões políticas e regionais, Portugal anuncia sua participação na Primeira Guerra Mundial. A participação de Portugal, no conflito, causou enormes desequilíbrios na economia do país. Houve falta de alimentos à população portuguesa, consequência que gerou protestos, greves, comícios, motins, explosão da carestia de vida, inflação desenfreada, queda nos salários, racionamentos e, como não poderia faltar, o crescimento da especulação. Em Lisboa, sonho em forma de fado, o povo invadiu mercearias, padarias, armazéns, restaurantes. A batata, alimentação básica do português, subiu todas as escalas de preços. O povo, reunido, organizou a Revolta da Batata. Massa de populares, descontrolados pela fome, invadiram os armazéns do país saqueando o que viam pela frente, mas, principalmente, batatas. O resultado aproximou-se do trágico, do desencanto; quatrocentas pessoas presas e quarenta mortas.
IV – Nossa Senhora de Fátima – Filme: O Milagre de Fátima
Era um dia claro, nascido nos pés da serra, movimentando-se no azulado sem fim, tentando controlar a dança das nuvens. O mês era, uma homenagem a deusa grega Maya, mãe de Hermes, considerada como deusa da fertilidade. O dia seguindo o calendário, era 13, número meio suspeito, pois na última ceia; Judas foi o décimo terceiro a chegar.
O dia 13 de maio de 1917, marcou a existência de um domingo. As crianças, unidas por parentescos, Lucia, Jacinta e Francisco, pularam de suas camas quando o galo cantou a sua canção que atravessou milênios. Vestiram-se, tomaram o dejejum e, juntos com os pais, foram a missa do Padre Bento.
Ao término da missa, tomaram o caminho do pastoreio, tocando uma centena de carneiros. O pasto, as montanhas, o riacho, as flores, os pássaros, o trabalho do João-de-barro. No campo de batalha, entre o medo e os disparos, os corpos tombavam no chão endurecidos. Nas casas, sem referência de número, a fome, a falta de alimento nas vendas, a saudade do filho que partiu para lutar com o inimigo desconhecido.
As crianças, pastorinhos da cidade de Fátima, em Portugal, ao aproximar do meio dia, depois do lanche, a pedido de um anjo que lhes apareceram em sonho, rezaram um terço. Na linha que divide o horizonte, dele mesmo, Lucia viu um clarão, da forma de um relâmpago. Andaram alguns pés de arbustos, Jacinta viu o segundo relâmpago, vindo de um sol, de um céu azul, de nuvens que sorriam porque o momento era para ser feliz. Francisco, o menorzinho, viu o movimento agitar o pé do arbusto, um metro de altura, medido pela visão.
As nuvens desceram do céu, o vento calou-se, e uma senhora vestida de branco, brilhando pelo enfoque da luz do sol. O seu rosto exemplificava a beleza sem marcas do tempo. O seu olhar não era triste; não era alegre; parecia um sinal lembrando e traçando existências. O vestido fora feito no corpo do sol; mangas estreitas, fechando no pescoço, descendo pelo corpo até os pés. Os pés marcados por nuvens nascidas naquele instante. O manto cobria-lhe a cabeça, descendo pelas costas. As mãos juntas, unidas, sobre o peito. Na mão direita havia um rosário de contas. Uma cruz prateada. Uma esfera de metal na altura da cintura. A voz não fora ainda ouvida na experiência da terra; mas era voz de mãe. O tema foi a paz, a oração, a crença, a confiança, a fraternidade, a valorização da alma.
No final dessa primeira aparição, a Senhora pede aos três pastorinhos que compareçam, durante seis meses, todo dia 13, à mesma hora. Afirma ainda que, talvez, compareça uma sétima vez. Lúcia, descontente com o andar da história, pediu-lhe que a levasse para o céu. A Senhora, com voz de Cântico, respondeu-lhe: “À Jacinta e o Francisco levo-os em breve. Mas tu ficas cá mais algum tempo. Jesus quer servir-se de ti para Me fazer conhecer e amar”.
As visões foram acontecendo à Cova de Iria. A noticia correu as estradas de Portugal e Europa. Milhares de pessoas começaram a seguir os três pastorinhos. As mensagens foram sendo direcionadas ao momento em que a Terra vivia, carregando o mundo e o seu estado, o seu conflito. “O rosário, a paz no mundo e o fim da guerra”.
Os dias 13, dentro de suas semanas, foram recebendo os segredos da Senhora de Fátima: Visão do inferno, os castigos no interior dos gestos e como evita-los, pedaços, trechos foram guardados, sendo revelados pelo Papa João Paulo II”.
Na quinta aparição, mais de trinta mil pessoas estavam presentes à Cova de Iria. A Senhora insistiu que o povo continuasse a rezar o terço para se colocar um fim à guerra. Nas aparições combinadas desde a primeira; na sexta, o povo pediu uma prova visível e palpável dos acontecimentos na Cova de Iria. O fenômeno começou a desenhar no céu lentamente: um globo luminoso, descendo lentamente em direção ao poente e da linha do horizonte; de repente, retornou e subiu em direção ao sol tomando uma cor amarela. A luz solar adormeceu; a lua e as estrelas surgiram no espaço. Flocos de neve, pétalas de rosas rasparam as cabeças dos crentes, sem tocar em ninguém. A sétima aparição, seguindo a Irmã Lúcia, ficará em mistério por uns tempos, mas já foram revelados. O seu núcleo significativo é o triunfo da mãe de Jesus, gerando dias melhores, vidas destinadas ao amor, ao reconhecimento de que as palavras de Fátima garantirão a paz nos próximos milênios e a domestificação da tecnologia que possa, por algum motivo, endoidecer.
V – O cinema
O cinema é uma arte que rompe as linhas que separam o mundo real do imaginário. Há uma espécie de cumplicidade do cinema com os fatos ocorridos no trajeto temporal. A câmera, na maioria das vezes registra, pelas mãos dos cineastas, acontecimentos que construíram a realidade captada no fundo de um longo rio, que se debate no corpo de uma realidade que possui centenas de braços; braços científicos, religiosos, espirituais, cômicos, futuristas, históricos, etc…
Assim, quando entramos na verdade que envolve os aparecimentos da Mãe de Jesus em Fátima, Portugal, a arte cinematográfica não poderia deixar de caminhar pela mesma estrada, que leva o viajante na rota do fato, cantado e venerado, por tantas pessoas.
VI – O cinema e Fátima
“A História de um Milagre”, realizado nos Estados Unidos, Itália e Portugal. A realização, direção, roteirização de Marc Pontecorvo, contando com Sonia Braga e Harvey Keitil no elenco. “O Milagre de Fátima”, de John Brahm, de 1952, filme norte-americano. “O milagre Segundo Salomé”, filme de Mario Barroso, realizado em 2004, em Portugal. “Fátima Milagrosa”, filme mudo, realizado por Rino Lupo, Portugal, 1928. “Fátima, Terra de Fé” de Jorge Brum de Canto, de 1943, Portugal. “Adeus, Princesa, o Mistério da Estrada de Sintra” de 2017 dirigido por Jorge Paixão da Costa, Portugal. “Fátima”, de João Canijo, Portugal, 2017.
Para encerrar esse passeio pelas ruas de Portugal e sua fé, queremos comentar o filme “Fátima” de João Canijo, pela sua singularidade temática. O filme narra a história de 11 mulheres que partem de Vinhais, em Bragança, mais de trezentos quilómetros, realizando a mais longa caminhada em peregrinação à Fátima.
O que interessa em Canijo é o relacionamento entre as mulheres que formam o grupo da fé. Elas caminham juntas 24 horas por dia. Os dias vão passando e trazendo o cansaço físico, as dores, as feridas, os sofrimentos, os conflitos psicológicos, as tensões e as rupturas que envolvem o coletivo feminino.
Receita
BATATA RECHEADA DE LINGUIÇA E TRÊS QUEIJOS
Ingredientes:
Batata: 04 batatas holandesas grandes
Recheio de linguiça e três queijos: 200g de linguiça; 1 cebola picada; cheiro verde o quanto baste; sal e pimenta; 6 colheres (sopa) de Requeijão; 100g de muçarela; 200g de parmesão; 3 colheres (sopa) de manteiga
Modo de Preparo:
Batata: Lave bem as batatas e coloque dentro do saquinho de picote. Amarre o saquinho de picote e faça um furinho nele. Leve ao micro-ondas por três minutos. Vire o lado da batata e ligue o micro-ondas por mais três minutos. Caso seja necessário, ligue o micro-ondas por mais três minutos. Repita a operação até que a batata esteja assada• Tire a batata do micro-ondas, faça um corte no meio e reserve.
Recheio de linguiça e três queijos: Refogue a cebola no azeite e na sequência adicione a linguiça. Depois que a linguiça estiver refogada, adicione o cheiro verde, sal, pimenta e desligue o fogo.• Adicione ao refogado as 6 colheres de requeijão e misture. Pegue uma batata pronta, passe uma colherada de manteiga e recheie. Cubra as batatas com muçarela e requeijão. Finalize as batatas no forno até que o queijo derreta.
Por Adriana Padoan