I – O filme “O CÓDIGO DA VINCI”
Estamos trabalhando com um filme produzido nos Estados Unidos em 2006. Nesse ano, os Estados Unidos estavam em guerra com o Iraque. As estatísticas publicadas pelo mundo do Tio San anunciavam que 7.768 soldados americanos morreram na frente ou atrás das batalhas. Não sabemos se os combatentes souberam que morreram, oraram antes do trágico fim, pensaram na família, ou lembraram-se da infância
II – Voltando ao filme “O Código da Vinci
A direção coube a Ron Howard; o roteiro foi escrito por Akiva Goldsman, baseado no romance best seller de Dan Brown. O elenco foi encabeçado por Ton Hanks e Audrey Tautou.
O autor Daniel Gihard Brow nasceu no ano de 1964, Esceter, New Hampshire. Sua mãe era pianista de uma igreja e seu pai era professor de matemática. A sua infância se passa em escolas e nas igrejas, em meio aos vitrais, quadros, santos, padres, freiras e, na sequência da vida, muitas histórias e conflitos religiosos.
Na manhã programada pela primavera, arrumou a sua mochila e foi estudar História da Arte na Universidade de Sevilha, na Espanha. À noite, em seu quarto, comia bolachas, chocolates e estudava Leonardo da Vinci.
Nas férias de julho escreveu seu primeiro livro, que nasceu com o rosto de literatura de massa, histórias com cheiro de produtos populares e comerciais. O grande problema de qualquer escritor é criar personagens, atribuir-lhes personalidade, coragem, medo, amor, ódio e marca-los, se possível com determinantes próprias. Nesse cipoal gerenciado pelas palavras, gestos e ações, Brow deu vida ao simbologista, Robert Langdon, um ser atuante em cinco de suas obras. Os seus livros foram gerando-se em galhos de árvores, como frutos da época: “Fortaleza Digital”, “Ponto de Impacto”, “Código da Vinci”; “Anjos e Demônios”; “O Símbolo Perdido”; “Inferno”.
III – O filme em estudo
As cenas penetram nas telas dos cinemas ou televisões. Um importante organizador da alta estrutura da Igreja é brutalmente assassinado no interior do Museu do Louvre. Ele deixa uma série de enigmas baseados ou observados nas obras de Leonardo da Vinci. É como se os pinceis de Leonardo penetrasse no mundo de mistérios, segredos, fatos ocultos, ações desconhecidas, desenhos incompreensíveis e inexplicáveis envolvendo a história da Igreja, de Jesus, de José, Maria e infinitas Marias e os poderes que jorram nas torneiras do Vaticano.
O policial responsável pelo caso convoca o simbologista Robert Langdon (Ton Hanks) para tentar decifrar algumas codificações. Há sinais e palavras deixadas ao lado e no corpo do assassinado. A polícia, por motivo imprecisos, suspeitava e pretendia prender o profissional simbologista. A Agente Sophie Neveu (Audrey Tautou) o alerta e, juntos conseguem escapar dos investigadores.
IV – Sophie Neveu
Ela é neta do homem assassinado, Jacques Sauniére. Ainda no Museu do Louvre, antes da fuga, os dois tentam desvendar algumas marcas, símbolos, deixados no corpo da vítima. Esses códigos, desenhos foram feitos pelo morto antes de seu fim. Eles buscam em uma obra do Museu uma mensagem, essa busca leva-os a outra obra, e de obra em obra, o mistério invade todos os cantos do prédio e da memória.
V – A chave
Nos detalhes dos gestos e da procura, encontram uma chave que ultrapassa as linhas do entendimento. Porém, nesse objeto, há um endereço que não leva à contextualização do imediato, mas de um banco. A referida chave abre um cofre que protege um criptex, um objeto cilíndrico, provavelmente desenvolvido por Leonardo da Vinci, que precisa ser decifrado de acordo com o tempo. Lagdon lembrou-se de um amigo, Sir Teabing, que trabalhara na decifração de vários códigos históricos. Ele manuseou o material, sentiu o cheiro do ar que circulava por algum lugar. Os seus lábios atuaram à frente de sua memória, as ondas que refletem as idas e as vindas do mundo focalizaram as mãos de da Vinci, pintando a sua “Santa Ceia”. As tintas escorregadias das cerdas dos pinceis procuraram esconder a mensagem de que Maria Madalena, retratada entre os apóstolos, era o Santo Graal. Os perseguidores se aproximam do local onde estão, eles fogem para Londres, num avião particular.
VI – O destino
O Sir Teabing era na verdade um vilão, em busca da mesma verdade e ao mesmo tempo procurando esconder, proteger as possibilidades históricas que envolvem a personagem Maria Madalena. A polícia invade a casa e prende Sir Teabing. Lagdon, despois desses acontecimentos descobre o segredo tão bem escondido por da Vinci. O personagem Sauniere, morto no começo da história não era avô de Sophie Neveu, ele a criou, amou e a protegeu, pois ela era a descendente viva de Jesus e Maria Madalena. O único fato embaraçoso era que o sarcófago de Madalena havia desaparecido, o que impossibilitava a realização de um teste de DNA. Com a descoberta de sua verdade Neveu conheceu sua avó e outros parentes, cenas que Sophie Neveu, num primeiro momento nos leva ao final do filme.
VII – O retorno
Lagdon se despede de todos e volta para o Louvre, onde percebe que os dados históricos contidos na peça cilíndrica o levam ao lado da grande pirâmide de vidro. O seu coração sente alguma presença que surge do nada, os seus joelhos parecem necessitar de encostar-se no chão, os seus olhos acompanham um foco de energia que tenta direcionar a sua visão. Sob a beleza do lugar, dos brilhos das estrelas ele encontra o sarcófago de Madalena, a resposta que deixou na continuidade história, ou seja, estava na linhagem de Jesus e no corpo e alma de Sophie Neveu.
VIII – A realidade e a arte
Nos cinemas do mundo, de uma ponta a outra, cristãos revoltaram-se com o livro e o filme. Autoridades religiosas tentaram boicotar a exibição desse longa metragem; fizeram campanhas, processões foram realizadas por todo o planeta. Nós, homens, mulheres, crianças que colocamos nossos pés no chão, sabemos que estamos dentro de uma obra de arte, de ficção, olhando a luz do sol e da lua; mesmo que tudo o que aconteceu fosse verdadeiro, científico, a figura de Jesus de Nazaré continuaria para todo o sempre, intocada.
Ele nos amou, amou a humanidade e se, como diz o filme, tivesse casado com Maria Madalena nada abalaria a sua presença espiritual, o seu respirar, o seu amor, o seu desejo de paz, pois, até os dias de hoje, ninguém marcou o mundo e o universo como ele. O que mudaria, vendo o seu corpo pregado em uma cruz, na solidão do calvário, se tivesse amado uma apóstola?
RECEITA
FLUDEN
Ingredientes:
Recheio: 650 g de damasco (4 xícaras de chá); 900 g de goiabada derretida (3 xícaras de chá) em 120 ml de água (½ xícara de chá); 300 g de uvas passas brancas (2 xícaras de chá); 400 g de ameixas picadas (2 1/3 xícaras de chá); 200 g de nozes picadas (2 xícaras de chá)
Massa: 800 g de farinha de trigo peneirada (5 ½ xícaras de chá); 1 copo (tipo requeijão) de açúcar; 3 colheres (chá cheia) de fermento em pó; 130 ml de óleo; 130 g de mel; 3 ovos; 3 colheres (sopa) de canela em pó; 1/2 xícara (chá) de suco de laranja; 400 g de nozes picadas; 2 gemas misturadas com ½ colher (chá) de café; 100 g de açúcar cristal misturado com 1 colher (sopa) de canela
Modo de Preparo
Recheio: Em uma panela coloque 650 g de damasco, cubra com água e deixe de molho por 30 minutos. Em seguida, leve a panela ao fogo médio e cozinhe os damascos até ficarem bem cozidos e macios. Retire do fogo, escorra e transfira para um liquidificador os damascos e ¼ xícara (chá) da água do cozimento e bata bem até formar um creme. Transfira o creme de damasco para uma panela, adicione 900 g de goiabada já derretida em 120 ml de água, misture bem e leve ao fogo baixo. Adicione 300 g de uvas passas brancas, 400 g de ameixas picadas, 200 g de nozes picadas e misture com uma colher de pau até levantar fervura. Retire do fogo e deixe esfriar.
Massa: Em uma tigela grande coloque 800 g de farinha de trigo peneirada, 1 copo (tipo requeijão) de açúcar e misture. Adicione 3 colheres (chá cheia) de fermento em pó e misture. Faça um buraco no centro, acrescente 130 ml de óleo, 130 g de mel, 3 ovos, 3 colheres (sopa) de canela em pó e misture com as mãos, adicionando aos poucos ½ xícara (chá) de suco de laranja até que a massa esteja lisa e soltando das mãos.
Montagem: Separe a massa em 8 pedaços. Pegue um pedaço de massa e coloque num pano de prato polvilhado com farinha de trigo e com ajuda de um rolo abra a massa formando um retângulo com 0,5 cm de espessura, 30 cm de comprimento e 20 cm de largura. Coloque uma porção do recheio e espalhe por toda a massa. Polvilhe nozes picadas e enrole a massa, no sentido da largura formando um rocambole. Repita o mesmo procedimento com o restante da massa. Coloque os rocamboles em 2 assadeiras untadas com óleo e polvilhadas com farinha de trigo, na superfície dos rocamboles pincele 1 gema misturada com café e polvilhe açúcar cristal misturado com canela. Leve para assar em forno médio preaquecido a 180°C por +/- 50 minutos. Retire do forno e deixe esfriar. Com uma faca corte os rocamboles em fatias de +/- 1 cm, embrulhe em papel celofane e sirva em seguida.
por Adriana Padoan