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quinta-feira 14 novembro 2024
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Comilanças Históricas e Atuais – Ghost: do outro lado da vida

I – Filme e o interesse na bilheteria
O diretor Jerry Zucker entrou na sala onde os gêneros artísticos sempre dormiam. Levou consigo o roteirista Bruce Joel Robin. Juntos, abrindo novas portas e modelos consagrados, produziram um texto para um filme, batendo num liquidificador teórico, o humor, ação, tensão, emoção, suspense, romance e o sobrenatural. Considerando, no caso, coisas, ações, narrativas que, por estilo próprio, transcendem, ultrapassam os limites estabelecidos pela natureza. Tudo o que mostra, escapa ao natural, entrando no caminho do extraordinário, ou seja, os mortos retornam, amam, interferem no fazer proposto pela realidade.

Não podemos, em termos de cinema, afirmar que o produto final, no caso, o filme, enfocou a realidade do momento ou do futuro.

No ano de 1599, Shakespeare observou a continuidade do infinito, por alguns minutos, não encontrando o seu ponto inicial. Sentou-se numa mesa de jardim e escreveu uma história: “Um príncipe marcado pela tristeza. Um reino nadando sobre a dúvida e o medo. Seu pai, o rei, morrera a pouco tempo. Vem a noite, surge-lhe o fantasma do seu pai, que lhe diz: meu filho Hamlet, quem matou seu pai foi o seu tio, pensando em ficar com o reino e sua mãe”.

Nos anos seguintes usou a mesma possibilidade de criar a personagem-fantasma em “Macbeth”; “Cymbeline”, “Júlio Cesar” e “Ricardo III”. A partir dessa postura de Shakespeare, diante do texto e do palco, os fantasmas nunca mais deixaram de participar do mundo artístico.

O texto e o filme escrito por Bruce Joel Rubin, contando com a direção de Jerry Zucner, estrelado por Patrick Swayze, Demi Moore, Whoopi Goldberg, lançado nos Estados Unidos em 1990, chamava-se “Ghost – Do Outro Lado da Vida”.

O fantasma, o viver e a morte, a história que amarra um ponto ao outro, transformou-se na terceira bilheteria da américa, faturou milhões e milhões de dólares, foi indicado ao Oscar e arrastou o americano e o mundo às poltronas dos cinemas.

Ghost é um drama que tem por objetivo sacudir a alma e a comoção de um público carente. Entre os milhões de americanos, existe um jovem chamado Sam Wheat, um bancário que ocupa um cargo de destaque no espaço em que trabalha.

Ele ama elevadamente a jovem Molly Jensen, uma síntese dos seus sentimentos – amor, paixão, compreensão. O filme tem a preocupação de explorar a mudança que os noivos realizam; eles se deslocam para um novo sótão em Manhattam, marcando com a mobilidade da moradia, uma nova permanência na continuidade da vida.

A cena que identifica a personalidade de cada um é muito discreta. Molly está trabalhando na decoração da nova casa. Sam, respirando o seu viver, está sentado em uma velha poltrona preta, seu prazer de longo tempo. Molly se assusta com a poltrona e solicita-lhe que de um fim naquele móvel que não combina com nada que compõem a nova residência. Ele responde: -“amo essa poltrona, ela ficará aqui”. Ela responde imediatamente: “Tudo bem, eu a pintarei de outra cor”. A adequação entre o casal, psicologicamente falando, surge de forma lúcida e compreensiva.

II – O banco, o amor e o medo
Sam tem, entre os funcionários do estabelecimento bancário, um amigo especial e de confiança, chamado Carl Bruner. Não podemos esquecer que o significado da palavra amigo, vem de amicus em latim, porém tem em sua raiz, o verbo amar, confiar, transferir preocupações. No cantinho do café, Sam confessa a Bruner, que existe algum funcionário do banco desviando dinheiro das contas dos clientes e também que está investigando todas as possibilidades que rodeiam o fato.

III – O encontro do popular e do clássico
Era uma noite linda, a escuridão penteava seus cabelos nos luminosos das lojas de departamentos. Sam e Molly saem do teatro, onde foram assistir à peça “Hamlet”, de Shakespeare. As estrelas, o luar, a beleza da noite, corpos agarrados, caminhando passo a passo. A felicidade está estampada no rosto de Sam e penetrante no olhar de Molly.

Em um instante, pedacinho de tempo, surge um assaltante na frente do casal. Sam reage. Silêncio, solidão, e luta corporal, tudo contrastando com o desespero de Molly. Nesse ambiente cruzado entre movimentação e pasmaceira, um tiro assusta a lua, a estrela guia, as folhas das árvores. Sam, ferido, amparado nos braços de Molly. A sua morte aconteceu na miragem do tempo, como uma vela que se apaga. O sobrenatural, explorado no filme, detalha o momento que seu espírito abandona o corpo, levando-o a perseguir o assassino.

No retorno da perseguição, Sam se vê morto em um lado da vida, mas no outro, como um ser desvinculado do corpo permanece entre o presente e a incerteza do seu destino.

IV – Fantasma
Sam sente uma sensação sem a facilidade de entendimento, ao constatar que é apenas um ser deslocado da sua origem, ou seja, um fantasma. Percebe que luzes brancas veem buscá-lo para o transporte a outra dimensão. Sam age por instinto carnal, foge para a casa onde vive com Molly. Dias depois, o assassino de Sam, invade a casa de Molly à procura de algo, algum documento que fora ordenado por alguém, e esperava que o assassino o encontrasse. Sam assusta o gato de Molly. O bandido foge, mas o espírito de Sam o persegue até a sua casa no bairro de Broaklin. O nome do bandido era Willie Lopy. Sam descobre também que a sua morte fazia parte de um plano encabeçado pelo patrão daquele assassino.

V – O encontro marcante
Sam deixa a casa do vilão. Encontra, numa rua estreita e antiga, o consultório da charlatã Oda Mae Brown que, ao lado das irmãs, assalta os inocentes, fingindo colocar pessoas mortas em contato com os parentes vivos. Com a ajuda de Oda, Sam descobre que seu amigo Carl, autor de desvio de milhões do banco ordenara a sua morte. A consequência da descoberta deu a certeza a Sam que Molly estava realmente correndo risco de vida.

Sam convence Oda Mae, que já consegue ouvir outros espíritos a se passar por Rita Milher e ir ao banco com ele sacar todo dinheiro desviado por Carl. Rita era o nome da pessoa a quem o irresponsável Carl deveria depositar o dinheiro roubado em sua conta. Em seguida, após sacar o dinheiro com o gerente do banco, em cheque administrativo, Oda é obrigada a doar o dinheiro para uma instituição de caridade.

O espírito de Sam começa a assombrar Carl, que desesperado ao saber que a conta do desfalque praticado por ele estava zerada. Ele perde o controle do seu raciocínio, dos seus atos, alucinando-se com um farol que mecanicamente nada ilumina.

Sam e Oda Mae seguem para o apartamento de Molly, e tenta convencê-la da presença de Sam. A moeda no ar, levantada lentamente até as suas mãos, pela energia do espírito de Sam, a convence.

VI – A violência e a economia
Carl invade o apartamento de Molly, ela e Oda fogem para o sótão. Usam as escadas de incêndio. Carl, como louco as perseguem – as duas ficam na mira de um revólver.
Sam consegue desarmar Carl, o bandido tenta fugir por uma janela. Em seu desespero quebra a vidraça, perdendo a vida com lanças e lascas de vidro que penetram em seu corpo. A luz celestial clareia o local onde tudo aconteceu e o espirito de Sam caminha em direção da energia que vem do céu.

VII – O filme em seu todo
Estamos diante de uma história de amor marcada pelo sentimento, pelos limites da vida e as restrições da morte. Como as outras histórias que o cinema apresentou ao mundo, o amor de Sam e Molly, partindo do coração, da interiorização, dos beijos que movimentaram a sensibilidade da alma, andaram pelas estradas do mundo onde, como ponto de ônibus, os habitantes da Terra sobem as escadas dos dramas humanos que, sobrevoam o universo da pureza divina para participar da construção de um planeta feito de dor, ganância, violência, ódio e destruição.

As cenas em Ghost deixam de ser apenas uma junção de fotogramas, para revelar a profundidade e a essência da alma humana. O banco, os clientes, os computadores. O olhar de Sam na tela de uma máquina e em fração de segundos, a revelação de que, em meio a tantos funcionários um está desfigurando o processo idealizado pelo fator econômico.

O amigo Carl retraído em seu sorriso convencionado, sua cabeça baixa, seu cumprimento vazio e automático, a sua inveja, a falsa obediência, e a coragem de matar, fingir, mentir e morrer. Os representantes das trevas, visitantes vindos da Divina Comédia, levando seu espírito para algum lugar, sem paz, beleza, perfume, amor, tem a predominância de uma paisagem que os olhos não querem ver.

A personagem Oda Mae, um ser que consegue condensar os outros personagens. Embora ela interpretasse um caminho falso, mas levava dentro de si um pedaço do tempo que não precisava existir. Ela era realmente uma médium que consegue justificar o título do filme: O outro lado da vida, que ela já sabia da existência.

RECEITA

TORTA DE MAÇÃ COM MASSA DE PASTEL

Ingredientes: 1 pacote de massa de pastel pronta; 3 unidades de maçã fuji; ½ xícara de açúcar (80 gramas); 4 colheres de sopa de amido de milho; 1 colher de chá de canela em pó; ½ unidade de limão (suco); canela e açúcar de confeiteiro para polvilhar; óleo para fritar

Modo de fazer: Comece por preparar o recheio: descasque as maçãs e corte em cubinhos.lColoque as maçãs numa panela junto com o açúcar, o suco de limão, a canela e 3 xícaras de água. Leve ao fogo médio e cozinhe por 30 minutos, ou até obter uma calda espessa. Quando estiver pronto, dissolva o amido em 1 xícara de água fria e adicione à calda de maçã. Misture tudo muito bem, cozinhe mais um pouco até engrossar, e desligue o fogo. Deixe esfriar.
Prepare a torta de maçã: abra e corte retângulos em número par de 14 cm x 10 cm. Em metade dos retângulos coloque um pouco do recheio já frio ou morno. Para fechar, umedeça as beiradas da massa com um pouco de água, cubra com outro retângulo de massa, e pressione as beiradas. momtastic.com
Repita até esgotar o recheio e frite estas tortas de maçã em óleo bem quente, até que fiquem douradas. Retire para uma grelha ou prato com papel absorvente.
Dica: Para que as tortas de maçã fiquem ainda mais crocantes, reserve-as na geladeira por 15-30 minutos antes de fritar.
Em seguida, enquanto quentes, polvilhadas com canela e açúcar de confeiteiro
Outras sugestões de recheio:
• Substitua as maçãs por 3 bananas nanicas e cozinhe da mesma forma;
• Queijo minas e goiabada (não necessita fazer a calda, basta colocar direto na massa);
• Doce de leite (não necessita fazer a calda, basta colocar direto na massa).

por Adriana Padoan