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domingo 22 dezembro 2024
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Comilanças Históricas e Atuais – Barbie: O Filme

I – Barbie – na tela
Havia uma plantadora de arroz lá pelos lados do Tibét, ela estava com 64 ano. Aos 5 anos, depois de meses de súplicas ganhou uma Barbie, desejo de uma vida. Ela sempre carregou a boneca no bolso do avental de colher grãos de arroz. Essa boneca foi a única que envelheceu, como a dona, em todo o planeta.

Os cabelos embranqueceram.
O corpo encorcundou-se
A pele recebeu o desenho de 40 rugas
Ela não fala coisa com coisa
Nem em imaginação

II – Barbie: O filme
Imaginaram um filme lotado de bonecas Barbie e seu companheiro Ken. A mulher chamada Ruth, para criar a Barbie caminhou por estradas de plágios. A realização do filme nasce durante um sonho. Um pardal invadiu o seu quarto, sobrevoou a sua cabeça, fez cocô em seus cabelos, eram bolas de ouro – cocô – ouro.

Nos delírios de Ruth ela imaginou chamando Barbielandie, onde vivem as Barbies e os Kens. O filme foi dirigido por Grata Grewing; o roteiro foi escrito com a ajuda de Noah Bum Bach.

O filme criou uma Barbie estereotipada e milhares de Barbies que vivem em Barbilandia.
Na manhã sem amanhecer, uma crise quase que impossível, e mal escrita, brota em Barbilandia, um fenômeno desproporcional, impossível e de injustificada mudança de rota.

A boneca, projetada, entra em crise existencial. Nenhum cientista do mundo conseguiu determinar a danificação dos neurônios de uma boneca que levasse a uma crise existencial.
De qualquer forma, Barbie e Ken partem em direção ao mundo real.

III – O mundo ficcional
O mundo ficcional da Barbie: ela é presidente, escritora, física de modelagem, costuma mergulhar no mar como sereia, é advogada para casos drásticoa, doutora pela Pus, juíza, jornalista.
A sociedade, sem justificativa histórica, é matriarcal, todas as Barbies são geniais, sábias, nobeis em administração.
Os seus homens são atletas sexuais e passam seus dias na praia em atividades recreativas, são eróticos sem poder.

IV – O mundo real
Barbie inicia uma luta que não sabe realiza-la. Está tenta ser gente, ela e Ken, o mais próximo do mundo real.
Barbie, uma boneca, o cérebro não foi preenchido, tem dificuldades até para respirar, tentar atravessar uma rua, tomar um sorvete sem se melecar toda.

Leva dias, horas, filosofias de quadrinhos, até descobrir que a verdadeira beleza está no interior de cada um.
Como boneca, não tem alma.
Ela é uma fatia de
Imaginação oca.
Não tem desejos, vontades,
Sonhos.
Boneca é um brinquedo,
Apenas isso
Depois dessa fantástica descoberta, todas as barbies, retornaram a Barbilândia.

O filme rendeu muito pouco, uma receita de apenas 1.442 bilhões de dólares, e foi considerado a melhor receita de bilheteria de 2023.
Após o lançamento do filme, os balcões das lojas venderam um bilhão e meio de bonecas, uma a cada minuto.

V – Barbie – arroz
Voltando a plantação de arroz, lá pelos lados do Tibét, este ano, ela fez 65 anos. Fizeram bolo de essência de sêmola real. O bolo foi decorado com traços de todas as cores existentes no mundo. Cantaram parabéns, desejaram-lhe a eternidade na corrida do tempo, deram-lhe pitangas feitas de ouro.
Lá pelas tantas, tirou do seu bolso, a boneca Barbie, que lhe acompanhara por 65 anos.

VI – Velhice
A boneca envelhecera com sua dona, o seu rosto tinha cem rugas, o lindo pescocinho tinha 150 traços enrugados pelas estações. O seu guarda roupa, desenhado por grandes estilistas, as traças devoraram. Sobraram uns fiapos de panos que lembravam brincadeiras de infância, casinha, marido, mulher e outros filhos, outras bonecas. A Barbie da velhinha usava muletas, conseguia o caminho da frente, dando passo a passo. No mês de dezembro, perto do Natal, o vulcão da ilha chamada Garra, explodiu sem refletir sobre a destruição da ilha.

Os encarregados da Mattel, desenhistas, criadores, imaginadores, escultores, trabalharam um mês na ilha. As abelhas criaram o mel-cola; as borboletas e outros insetos coloridos recriaram mais de mil cores. De noite, uma escuridão de dar medo, os técnicos da Mattel, invadiram o Reino Encantado do Príncipe Escamado, sequestrando a aranha costureira e as assistentes para a recriação de novos modelos deslumbrantes. As aranhas, é necessário esclarecer, repetem as vogais das palavras quatro vezes, antes de costurar.

No meio das aranhas, havia uma que era profética, calma, profunda. Na tarde do escurecer sem sentido, sentada numa pedra desgasta pelo tempo ela começou a contar uma história encantadora pela possível realidade. No tempo dos faraós existia uma fábrica Kata, onde os artesãos esculpiam bonecas para o povo do palácio, para que as crianças não perdessem a vida nas proximidades do nada. Nesse tempo, a boneca mais famosa foi Cléo, disputadíssima.

VII – Os tempos
Quando os escravos foram libertos do Egito, aos milhões, a Tiara, uma artista, criou uma fábrica itinerante chamada “vida”, produzindo a boneca mais famosa da época. Se não existisse a “Vida”, as crianças não teriam atravessado o mar em fúria, com as brincando e cantando.

Depois da travessia, que levou vários meses, a costureira Tília descobriu, na luz de um barranco, um material chamado porcelana e, junto com Moises, vagaram por quarenta anos, após dar vida a boneca “Moitoró”, que auxiliou com as cantigas de ninar, encontrar a terra prometida.
Assim, homens e bonecas atravessaram terras estranhas, mares bravos e mansos, campos e terra seca.

VIII – Bonecas
Para essa aventura criaram a boneca Amandina, um ser pequeno que venceu lonjuras e entrou nas casas.
A dona Ana do Céu, criou a boneca Rebon, que viveu por épocas, sempre no colo das crianças que acreditavam num mundo melhor.

Na hora que o homem pisou na lua, pulou, saltou, gesticulando como bobo, a boneca Rosita, moradora de todas as casas do Brasil disse: “Isso não vai levar a lugar nenhum”.
A boneca Galinha Pintadinha conquistou o Brasil, até o presidente Juscelino tinha uma. À noite. No Palácio, ele cantava:

“Como pode um peixe vivo
Viver fora da água fria?
Como pode um peixe vivo
Viver fora da água fria?
O dia não estava com a temperatura normal, como todos os dias.

IX – Morte
A boneca cabe em todos os assuntos. No mês de novembro de 1963, John Kennedy, resolve lançar sua campanha à reeleição para presidente dos Estados Unidos, na Cidade do Texas. Perto do aeroporto, comprou 22 bonecas de porcelana, que uma senhora vendia no chão, para a família toda, no natal que estava tão próximo.
Enquanto desfilava em carro abeto, levou dois tiros.

Antes de morrer
Não pensou na Casa Branca.
Sentiu as dores do Vietnan
Lembrou-se também de suas filhas:
Arabella e Caroline.
E as bonecas de porcelana…
Por… ce… la… na.

RECEITA DE PERU DE NATAL

Ingredientes: suco de limão; pimenta-do-reino moída; cravo da índia; canela em casca; quatro cebolas; uma xícara de azeite; seis dentes de alho; vinho branco seco; vinho moscatel; vinagre; quatro folhas de louro; salsa; cebolinha; manjerona.
Modo de fazer: limpe o peru e coloque-o em uma vasilha grande e funda, cobrindo-o completamente com água previamente temperada com limão, grãos de pimenta, cravo-da-índia e um pedaço de canela em casca. Deixar repousar por 8h na geladeira. Depois, escorra a água e, com um garfo, fure todo o peru, temperando-o novamente, esfregando a ave por dentro e por fora com uma pasta composta de: uma xícara de azeite, uma boa porção de pimenta-do-reino moída, duas cebolas raladas, seis dentes de alho socados e sal. Volte a colocar o peru numa vasilha grande para, nela, regar a peça com vinho branco seco, vinho moscatel e dois copos d’água, meia xícara de caldo de limão e um pouco de vinagre. Juntar mais duas cebolas grandes em rodelas, quatro folhas de louro e alguns ramos de salsa, cebolinha e manjerona e cobrir. Depois, deixe por 16h a 24h na geladeira. Para que fique mais temperado, indica-se molhar dois guardanapos no molho e colocar sobre a ave.
Para assar
Ingrediente: manteiga
Retire da geladeira e dos temperos, coloque sobre uma mesa, enxugue e besunte por dentro e por fora com bastante manteiga. Arrume a ave em uma assadeira funda, com o peito para cima, e depois envolva em papel alumínio. Leve ao forno médio para assar e regue de tempo em tempo com o molho que ficou na assadeira. Quando pernas e peitos estiverem bem macios, retire o papel e espere corar.
Fatie o Peru e despeje o caldo que sobrar na assadeira sobre ele (se preciso, coe o caldo; querendo, pode servi-lo como molho, separadamente). Além das marinadas prévias e o fato de regar o Peru frequentemente enquanto ele estiver no forno, esse é um dos segredos para que ele fique suculento.
Na receita de Peru de Natal do Charlô, ele é servido com farofa, fios de ovos e mini maçãs cozidas.

por Adriana Padoan