Número de demissões no varejo da cidade, desde o início da quarentena, já passa dos 900
Um estudo realizado pelo Sincovat (Sindicato do Comércio Varejista de Taubaté e região), com 54 escritórios de contabilidade, mostrou que, desde o início da quarentena, até o dia 13 de maio, 930 funcionários foram demitidos na cidade de Taubaté e outros 4.054 tiveram seus contratos de trabalho suspensos ou uma redução de jornada e salário.
Segundo a assessoria econômica do Sincovat, isso representa uma retração de 6,6%, pior índice dos últimos 4 anos.
Entre 2015 e 2018, momento mais difícil da recente crise econômica brasileira, o mercado de trabalho formal do varejo de Taubaté recuou 10,7%. Só que essa queda ocorreu em 4 anos.
Segundo a última RAIS (Relação Anual de Informações Sociais) divulgada em 31 de dezembro de 2018, pelo Governo Federal, o varejo de Taubaté é formado por 3.900 estabelecimentos, que empregam cerca de 14,2 mil funcionários.
“As empresas estão buscando ajustar seus custos a uma nova realidade de queda brusca do seu faturamento. A maior parte dos empresários se esforçou para manter ativos os vínculos empregatícios do seu quadro funcional, mas chega uma hora que não tem mais como”, explica o presidente do Sincovat e vice-presidente da FecomercioSP, Dan Guinsburg.
Com as portas fechadas, o Sincovat estima que o varejo de Taubaté perde, por dia, R$ 2,3 milhões. Já os segmentos considerados essenciais, mesmo funcionando, possui uma perda estimada de R$, 1,53 milhão por dia, ou seja, um prejuízo total de quase R$ 4 milhões de receita bruta.
Todos esses dados foram apresentados nesta quinta-feira, 14, ao prefeito de Taubaté, Ortiz Junior, juntamente com uma comissão de lojistas. “Os comerciantes entendem o momento que estamos passando e a gravidade dessa pandemia, mas o governo precisa adotar critérios por cidade. Há possibilidades de flexibilizar mais setores do comércio de Taubaté, obedecendo os cuidados com a saúde”, comenta o presidente do Sincovat.