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segunda-feira 25 novembro 2024
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Comércio da região fecha primeiro semestre com queda de 6,5% nas vendas

Mês de junho mostra avanço de 16,8% com relação a maio, aponta levantamento do Sincovat

A receita bruta de vendas do varejo na Região Metropolitana do Vale do Paraíba e Litoral Norte fechou o mês de junho em R$ 2,781 bilhões, um avanço de 16,8% em relação a maio, mas 1,5% abaixo dos números de junho de 2019.

O estudo divulgado pelo Sincovat (Sindicato do Comércio Varejista de Taubaté e região) são da PCCV (Pesquisa Conjuntural do Comércio Varejista) da FecomercioSP, com dados da SEFAZ-SP (Secretaria da Fazenda do Estado de São Paulo).

Em junho, os destaques positivos foram para as lojas de materiais de construção (+24,3%), supermercados (+14,9%) e lojas de móveis e decoração (+14,3%). Por outro lado, desempenho ruim de concessionárias de veículos (-20,2%) e lojas de vestuário, tecido e calçados (-34,7%).

No semestre, a receita bruta do varejo da RM Vale ficou em R$ 16,2 bilhões, queda de 6,5% em relação ao acumulado dos seis primeiros meses de 2019. Pelos grupos de atividades, o setor de vestuário, tecido a calçados teve uma queda de 40,9% nas vendas. Lojas de eletrodomésticos e eletrônicos apresentaram um recuo de 34,8% e concessionárias de veículos -29%. Os melhores desempenhos foram em lojas de móveis e decoração (+42,2%), supermercados (+12,3%) e farmácias e perfumarias (+8,7%).

Para o presidente do Sincovat e vice-presidente da FecomercioSP, Dan Guinsburg, os dados mostram uma desaceleração consistente no primeiro semestre deste ano e o tamanho do impacto negativo trazido pelo novo coronavírus. “Já esperávamos essa queda, visto que a grande parte do comércio, pela primeira vez na sua história, fechou suas portas completamente por meses. Ficou claro que, mesmo com a reabertura, o consumidor direcionou sua renda aos segmentos essenciais, como gêneros alimentícios e medicamentos, o que é normal em crises”, explica Dan.

O Sincovat espera um maior equilibro das vendas neste segundo semestre. No entanto, o menor impacto do 13° salário deve colocar em xeque o ritmo da recuperação e as vendas de final de ano.

“O comércio reabriu e estamos entrando no melhor período de vendas do ano. Mas não será como os anos anteriores. O desemprego e a inadimplência estão altos e grande parte dos trabalhadores que fizeram acordos de suspensão de contrato e de redução de jornada e salário não terão o décimo terceiro integral, além dos aposentados e pensionistas que já receberam o benefício. Isso vai impactar nas vendas”, afirma o presidente do Sincovat.