Em menos de seis dias, a Polícia Federal deflagrou duas operações, com buscas nas residências e gabinetes da Câmara, contra deputados bolsonaristas – Carlos Jordy (PL-RJ) e Alexandre Ramagem, ex-diretor-geral da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) – pré-candidatos de centro-direita a prefeituras de Niterói e do Rio de Janeiro. A dez meses das eleições municipais, preocupa o PL, comandado por Valdemar Costa Neto, o possível impacto da exposição e a repercussão negativas nos votos. Por ora, a contraofensiva do partido tem se concentrado no mantra de que as operações são “perseguição do Judiciário” e que não haverá “prejuízo eleitoral”. A bancada bolsonarista segue inconformada com o presidente da Câmara, Arthur Lira (PL-AL), que assiste aos “passeios” da PF na Casa sem ser avisado e sem se posicionar.
A sete chaves
O ministro Alexandre de Moraes (STF) guarda a sete chaves as delações premiadas das investigações contra o ex-presidente Jair Bolsonaro. Aos órgãos que pedem acesso, ele justifica que “há pendência de finalização de diligências”. Foi essa a posição de Moraes à CGU que vai apurar a conduta de servidores públicos envolvidos nas investigações que vão dos atos golpistas de 8 de janeiro de 2023 à fraude nos cartões de vacina.
Prêmio de consolação?
O advogado Marco Aurélio Carvalho, que tentou ser ministro da Justiça, quer ganhar a presidência da Comissão de Ética Pública como “prêmio de consolação”. Não teria levado o tema diretamente ao presidente Lula da Silva, mas tem articulado para assumir o posto, que hoje é do advogado Manoel Caetano, que se aproximou do petista na prisão em Curitiba.
Rinha partidária
Os recursos milionários do Fundo Eleitoral são motivo de discórdia em todos os partidos do País em ano eleitoral. Como não houve alteração nas regras de distribuição, esse ano não será diferente. As reclamações mais comuns dos candidatos são que apadrinhados ligados aos caciques das siglas ou a deputados federais são privilegiados na transferência de recursos do TSE. Os partidos terão à sua disposição o valor recorde de R$ 4,96 bilhões.
Severas restrições
Embora tenha emitido comunicado no qual informa estarem suspensos, a partir de hoje, serviços como “emergência” e “pronto atendimento” – devido às severas restrições orçamentárias – no âmbito da Capitania Fluvial do Rio Paraná, a Marinha alega à Coluna que trata-se de orientação rotineira “visando o uso racional dos recursos, a fim de garantir o atendimento da demanda sem comprometer a qualidade e a abrangência dos serviços”.
Revés de Mantega
O forte lobby dentro e fora da Vale – até de conselhos de outras mineradoras – contra Guido Mantega fez o presidente Lula da Silva desistir ontem de sua indicação para a Vale. Lula soube que, apesar de o Governo ser sócio, não tem mais peso nem para indicá-lo a conselheiro, tampouco a presidente. Isso explica a grita forte de Lula contra a Vale sobre os cinco anos do crime da barragem de Brumadinho. Cientes da derrocada do nome, expoentes do PT já começaram a soltar desagravos nas redes sociais.
ESPLANADEIRA
# Eric Nagamine e Haroldo Bertoni, da FAS Advogados, debatem online dia 30 a Lei nº. 14.754/23. # Espetáculo “Re-Acordar” em cartaz de 17 de janeiro a 7 de fevereiro no CCJF no Rio. # Ecad lança campanha “Com música, a folia fica melhor” em prol de artistas. # Instituto Pró-Vida e Galeria VerArte inauguram projeto “São Paulo 470 Anos” na Alesp. # Mega Moda Park será ponto de entrega de abadás do Carnarock em Goiânia. # Conab doa 45 T de feijão em ação de combate à insegurança alimentar.