• Astolfo O. de Oliveira Filho – Revista Virtual O Consolador – Londrina/PR
Por que certas reuniões nos trazem grande satisfação, ao passo que outras nos causam mal-estar?
No cap. XIV do livro A Gênese, de Allan Kardec, encontramos a explicação desse fato, que muitas pessoas percebem e, muitas vezes, não conseguem compreender.
Uma reunião de pessoas é um foco de irradiação de pensamentos diversos, em que cada indivíduo emite eflúvios fluídicos próprios.
Resulta disso uma multiplicidade de correntes e de eflúvios fluídicos cuja impressão cada um recebe pelo sentido espiritual, como num coro musical cada um recebe a impressão dos sons pelo sentido da audição.
Ora, do mesmo modo que há radiações sonoras, harmoniosas ou dissonantes, também há pensamentos harmônicos ou discordantes. Se o conjunto é harmonioso, agradável será a impressão; se for discordante, a impressão poderá ser penosa.
Para isso, não é preciso que o pensamento se exteriorize por palavras. Quer ele se externe, quer não, a irradiação existe sempre.
Essa é, em síntese, a causa da satisfação que se experimenta numa reunião simpática, animada de pensamentos bons e benévolos. Envolve-a uma atmosfera moral muito agradável e salutar, onde se respira à vontade, e saímos dali reconfortados, porque impregnados de eflúvios fluídicos salutares.
Basta, contudo, que se lhe misturem alguns pensamentos maus, para produzir-se o efeito de uma corrente de ar gelado num meio tépido, ou o de uma nota desafinada na apresentação de uma orquestra. É isso que explica a ansiedade, o indefinível mal-estar que se experimenta numa reunião antipática, na qual pensamentos malévolos provocam correntes de fluido de igual natureza.