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domingo 17 novembro 2024
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Coluna Espírita – Sobre os novos tempos

• Altamirando Carneiro – São Paulo/SP
Alguém já considerou que de Moisés a Jesus foram tempos de averiguação; de Jesus a Allan Kardec, tempos de ressurreição; de Allan Kardec até os nossos dias, tempos de reencarnação, tempos de luzes, tempos da razão.
Nestes novos tempos, vemos a constatação de que o Espiritismo, realmente, venceu e vencerá com os homens, sem os homens e apesar dos homens. Como diz Fénelon em O Evangelho segundo o Espiritismo, de Allan Kardec, capítulo I (Não vim destruir a lei), item 10, “O Espiritismo é de origem divina, pois repousa sobre as próprias Leis da Natureza. E crede que tudo o que é de origem divina tem um objetivo elevado e útil. Vosso mundo se perdia. A Ciência, desenvolvida com o sacrifício dos interesses morais, vos conduzia unicamente ao bem-estar material, revertendo-se em proveito do Espírito das trevas. Vós o sabeis, cristãos: o coração e o amor devem marchar unidos à Ciência”.
Hoje, não mais cabe acreditar naquilo que não nos apresenta uma base, uma lógica, um fundamento. Há que se crer porque se raciocinou e não porque alguém impôs que assim fosse.
O Espiritismo marcha com a ciência e a filosofia; é uma religião sem dogmas e sem rituais; é atualíssima. Se porventura estiver errado em algum ponto, terá a oportunidade de reformular esse ponto.
Esta proposta de reformulação feita pelos Espíritos nunca foi preciso lançar mão dela. Desde o dia 18 de abril de 1857, data de lançamento da primeira edição de O Livro dos Espíritos, de Allan Kardec, e consequentemente data do surgimento do Espiritismo na Terra, jamais foi preciso mudar nada.
Marchemos com a Doutrina Espírita neste século 21 e prossigamos com ela, nos tempos vindouros. Se estivermos conectados com os ensinamentos dos Espíritos, estaremos com a Verdade; se estivermos com a Verdade, a Verdade nos fará livres.
Este é um momento de transição histórica fundamental – sem qualquer conotação mística em face das mudanças de século e de milênio – em que se torna da maior importância para todos, mas particularmente para os espíritas, o desenvolvimento de uma consciência crítica no tocante a enfoques interdisciplinares pouco ou quase nada correlacionados à Doutrina Espírita.
Sabemos que as noções fundamentais da Codificação Espírita permitem vislumbrar horizontes inexplorados, paralelamente às investigações científicas, contribuindo também para que tais estruturas se desenvolvam sobre sólidos alicerces espirituais. Na medida em que for possível uma interatividade entre os dois campos, o enriquecimento será recíproco.