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sexta-feira 15 novembro 2024
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Coluna Espírita – Sobre os animais

• Astolfo O. de Oliveira Filho – Revista Virtual O Consolador – Londrina/PR
A propósito dos animais, eles possuem alma e qual a sua escala evolutiva?
No tocante aos animais, os estudiosos espíritas entendem que são eles seres em evolução, tanto orgânica quanto espiritual. Dotados de alma, são nossos companheiros de jornada, merecendo ser respeitados e, sobretudo, amados. Sobre o assunto vale a pena ler o artigo de Irvênia Prada disponível nesta revista em:
http://www.oconsolador.com.br/9/especial.html.
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Os animais também experimentam uma evolução do seu princípio espiritual e podem, em determinado momento, transformar-se em seres humanos?
Todo ser vivo, de qualquer reino da Natureza, é dotado de um princípio espiritual.
Nos animais vertebrados, ou seja, provido de espinha dorsal ou coluna vertebral, esse princípio espiritual é individualizado e podemos chamá-lo de “alma”. Assim, o chimpanzé é dotado de “alma” – claro que é alma de animal, diferente da alma humana. Segundo os estudiosos do Espiritismo, a diferença está em que a alma dos animais não é capaz de gerar pensamento contínuo; a alma humana, sim, é capaz disso.
Em seu livro Evolução em dois Mundos, 2a Parte, cap. XVIII, pp. 211 e 212, André Luiz refere-se ao assunto e diz que o cão, o macaco, o gato, o elefante, o muar e o cavalo seriam os animais superiores mais amplamente dotados de riqueza mental, como introdução ao pensamento contínuo. Ele ressalva, porém, que existem ideias-fragmentos de determinado sentido mais avançadas em certos animais que em outros, o que torna difícil afirmar qual, dentre eles, é o detentor de mais dilatadas ideias-fragmentos.
As almas dos animais evoluem por meio de encarnações inúmeras e experiências múltiplas e vão sendo utilizadas, gradativamente, nas espécies animais mais evoluídos. Quando chega o momento em que essa alma atingiu o ápice possível no reino animal, ela estará pronta para seu ingresso no chamado reino hominal, cuja característica, além da possibilidade de gerar pensamento contínuo, é ser dotada de livre-arbítrio, um atributo exclusivo do Espírito humano.
Podemos apresentar um exemplo bem singelo disso: o joão-de-barro constrói sua casinha da mesma forma que o fazia 80 anos atrás e tudo indica que continuará a fazê-la assim. A alma que anima determinado joão-de-barro poderá, contudo, no decurso desse tempo, passar a animar outras espécies mais evoluídas do reino animal e, assim, sucessivamente, até atingir um dia – milhões ou bilhões de anos depois – a condição de alma humana, fato que não se dá em planetas como o nosso, mas, sim, nos chamados mundos primitivos. A escala dos mundos é tratada por Kardec no cap. III do livro O Evangelho segundo o Espiritismo.
Referimo-nos aqui à evolução do princípio espiritual, que, não sendo diferenciado no início, torna-se individualizado nos animais vertebrados e, em determinado momento, chegará à condição de alma ou Espírito humano.
No tocante à forma material, Darwin mostrou que existe igualmente uma evolução. Espécies extintas deram lugar a outras espécies, como vemos demonstrado nas obras científicas, em decorrência de um processo evolutivo muito lento que corre paralelamente à evolução do princípio espiritual. É por isso que se diz – embora Darwin jamais o tenha dito – que o homem descende do macaco.