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sábado 28 dezembro 2024
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Coluna Espírita – Sobre a mediunidade

• Astolfo O. de Oliveira Filho – Revista Virtual O Consolador – Londrina/PR
Qual é o melhor dia para realização das sessões mediúnicas?
Allan Kardec tratou do assunto em O Livro dos Médiuns (itens 62, 63 e 282), no qual disse que a fixação prévia do dia e da hora para a realização das sessões favorece o comparecimento dos Espíritos, que têm suas ocupações e não podem ficar à disposição das preferências dos encarnados. Quanto ao momento mais propício à atividade mediúnica, entendia o Codificador que seria aquele em que os participantes da tarefa estivessem mais calmos e menos distraídos por suas obrigações habituais.
Com fundamento nessa ideia, concluímos que qualquer dia da semana pode ser adequado à tarefa, dependendo das pessoas que compõem a equipe. O importante, realmente, é que no momento da reunião seus participantes estejam em boas condições e mais focados na atividade a realizar, fato que pode dar-se em qualquer ocasião, não havendo, portanto, para isso, um dia determinado.
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É possível uma comunicação psicográfica de um Espírito encarnado?
Sim, é possível a comunicação de um Espírito encarnado, seja pela psicofonia, seja pela psicografia.
A prova disso temos em três passagens da Revista Espírita, periódico redigido por Allan Kardec de 1858 a 1869, adiante transcritas:
1. Revista Espírita de 1860, Edicel, pp. 181 a 183:
A Revista diz que Kardec evocou Charles de Saint-G…, um jovem idiota, de 13 anos, ainda encarnado, cujas faculdades intelectuais eram de uma tal nulidade que ele nem conhecia os pais. Charles tinha consciência do seu estado e sabia por que nascera assim. “Sou um pobre Espírito ligado à terra, como uma ave por um pé”, definiu ele. Comentando o caso, Kardec diz, então, que a imperfeição dos órgãos é apenas um obstáculo à livre manifestação das faculdades, mas não as aniquila.
2. Revista Espírita de 1865, Edicel, pp. 19 e 20:
A Revista transcreve um diálogo travado no ano de 1862 entre o Sr. Rul, membro da Sociedade Espírita de Paris, e o Espírito de um jovem surdo-mudo de 12 a 13 anos, ainda encarnado. Na conversa o jovem disse que nascera assim como expiação de seus crimes no passado, pois ele fora parricida.
3. Revista Espírita de 1867, Edicel, p. 88:
Relata a Revista que em determinada sessão discutia-se a seguinte questão: “Na lista dos Espíritos que se comunicaram havia encarnados? Se sim, como podiam comunicar-se?” Um Espírito, então, explicou: “Os Espíritos de um certo grau de adiantamento têm uma radiação que lhes permite comunicar-se simultaneamente em vários pontos. Nuns, o estado de encarnação não amortece essa radiação de maneira completa para os impedir de se manifestarem, mesmo em vigília. Quanto mais avançado o Espírito, mais fracos os laços que o unem à matéria do corpo; está num estado de quase constante desprendimento e pode dizer-se que está onde está seu pensamento”.
É bom, ainda, lembrar que Ernesto Bozzano, no livro Comunicações mediúnicas entre vivos, de 1927, trata do assunto ora exposto.
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O que a hipófise tem a ver com mediunidade? Uma pessoa diz ter um microadenoma localizado na hipófise e que depois que descobriu o que tinha sua sensibilidade ficou mais aflorada. Explicaram-lhe, então, que ela é médium.
Dada a complexidade e importância do assunto, ouvimos dois médicos e estudiosos do tema mediunidade e é com base nas explicações colhidas que respondemos aqui à leitora:
1. De acordo com as informações constantes das obras de André Luiz, a glândula envolvida na mediunidade é a glândula pineal, ou epífise, que exerce papel preponderante em todos os fenômenos medianímicos.
2. Não há em sua obra nenhuma referência à participação da hipófise ou de seus hormônios com relação à mediunidade. A associação entre sensibilidade mediúnica e hipófise, mencionada pela leitora, não tem, assim, nenhum fundamento.
3. Acrescente-se ainda que, segundo o Dr. Nubor Facure, os microadenomas são lesões extremamente benignas que podem ser curadas até sem qualquer terapia e, a seu ver, nada têm a ver com mediunidade.