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quinta-feira 26 dezembro 2024
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Coluna Espírita – Sob o olhar de Deus

• Espírito José Lopes Neto – Psicografia Raul Teixeira – Niterói/RJ
Anelamos pela ventura dentro d’alma, a estender-se por entre os nossos amores, sejam os corações do lar ou aqueles que nos compõem o círculo dos demais afetos, embora sem muita noção de como isso possa dar-se.
Esperamos, com ansiedade, os movimentos da sorte a felicitar-nos com as oportunidades bem-aventuradas de progredir, de vencer no mundo, de superar os problemas em torno e usufruir bênçãos de paz, muito embora encontremos dificuldade em implementar ações que possam ativar essa espera.
Ocasiões existem em que nos contristamos perante a enfermidade que golpeia o corpo físico e lhe impõe dores e rudes transformações.
Sem sabermos como lograr a superação dessas provas, tombamos na frustração de nos sentir impotentes, incapacitados para deter a onda que faz periclitar a saúde.
Há quem se desespere ou mesmo enlouqueça à frente do fenômeno da morte biológica, que desestabiliza a crença numa fantasiosa imortalidade corpórea, alimentada pelas almas ainda ignorantes quanto às leis evolutivas que regulam a vida planetária.
À frente dessa fatalidade orgânica, o sentimento de dor profunda costuma toldar a razão, inibindo o discernimento, apanágio de quem alcançou alto nível de bom senso, para chafurdar nos mais variados níveis de depressão emocional, motivadora de alterações infelizes no psiquismo de muitos.
Sem entender o porquê da morte, seguimos pelo mundo amedrontados, e desenvolvemos na trajetória humana tipos de apegos plenamente injustificáveis para quem busca ajustar-se às orientações de Jesus.
Quaisquer que sejam os fenômenos da sociedade terrena, os movimentos demonstradores da grosseria em que ainda se encontram os humanos: a violência doméstica ou urbana, a
corrupção em todos os níveis, o abandono das pessoas por quem as deveria proteger, nada escapa ao conhecimento do Senhor da Vida, e, se nos está sendo permitido viver tais desencantos é por que há razões que os impõem a todos nós, sem que estejamos esquecidos por nosso Pai.
Na Terra, estamos todos sob o comando das divinas leis do nosso Criador, coordenados por elas, a elas devendo nos aclimatar nos exercícios da fidelidade.
Os trabalhos, os progressos, as pelejas, as dificuldades, as dores e a morte fazem parte das peripécias que caracterizam os orbes de provações e de expiações, como é presentemente a situação do nosso mundo.
A Inteligência Suprema age para que nos tornemos venturosas almas no seio dos astros que vibram nos espaços. Cabe-nos, assim, o dever de viver com o justo respeito à consciência, operando o melhor pelas estradas terrestres, até que adquiramos a consciência de que seja o que for que nos suceda, estamos e estaremos sempre sob o olhar de Deus e, por isto, é nosso direito o de ser felizes, cooperadores lúcidos das normas da Divindade, guardando a certeza de que rumamos, de modo indefectível, para a Grande Luz, para o Amor perene e para a indestrutível Paz, no seio do nosso Pai Criador.