• Espírito Benedita Maria – Psicografia de Raul Teixeira – Niterói/RJ
É fácil compreender o estado íntimo de revolta ou de desesperança de todo aquele que crê que o afastamento definitivo do corpo, vivido pelo espírito, determina o seu desaparecimento para sempre, na sua condição espiritual.
É como se Deus, após as experiências evolutivas que nos fez vivenciar, pelos milênios afora, resolvesse desmantelar a própria Criação sua, atirando-a nos torturantes turbilhões do “não-ser”. Nada mais sem nexo, sem lógica e sem nenhum sentido para o raciocínio humano com alguma lucidez.
Cada Espírito, criado pela Divina Paternidade, é destinado à perenidade, à imortalidade, cabendo-lhe dar o melhor uso do tempo que desfruta nos movimentos do corpo material, com o sentido de se aprimorar ao longo da eternidade.
Uma vez que é motivo para a imensa ventura do ser humano saber-se imortal, ter a consciência de sua perenidade, isso não deixa de ser um fator de grande responsabilidade.
Não é simples para o homem comum admitir a imortalidade, porque ele tanto será responsável por todas as bênçãos que seja capaz de semear por onde passe, como por todas as calamidades e desditas que espalhe em seus caminhos. A imortalidade da alma tanto é bênção quanto é compromisso que todo ser humano aprenderá a valorizar.
Se com essa prerrogativa de ser imortal, de não conhecer a morte em termos definitivos, você pode sonhar com o encontro venturoso de seus entes familiares, após a morte corporal, do mesmo modo guardará a certeza de se deparar com aqueles que se tornaram inimigos seus, ou cuja inimizade ou carrancismo você fez questão de manter. A mesma imortalidade espiritual que fala de libertação e de alegria nos campos do Além traz igualmente os conceitos de remorso, de culpa, de frustração e de tristeza.
Vale, portanto, aproveitar-se o ser humano do precioso tempo presente, a fim de plantar as melhores sementes de fraternidade, de companheirismo e de verdade, pensando na colheita que lhe caberá fazer em dias mais próximos ou mais distanciados da sua existência imortal.
Como é importante desenvolver a consciência dos nossos valores imorredouros, ao longo da vida corporal, certos de que o fato de sair do corpo físico pela desencarnação não faz ninguém deixar o grande estuário da vida, que é dádiva de Deus, para mergulhar no “nada”. O que se passa é que no corpo ou fora dele, todos continuamos a viver, considerando que a vida da alma tem o caráter da imortalidade.
Tanto você mesmo quanto os seus amores, os seus amigos e os seus inimigos usufruirão desse recurso oferecido pela Divindade para que jamais conheçam a inércia da morte, nem estando no corpo físico, reencarnado, nem em seus movimentos de Espírito liberto pelas dimensões do mundo dos Espíritos.
Coluna Espírita – Ser espírito imortal
dez 08, 2023RedaçãoColuna Espírita (Agê)Comentários desativados em Coluna Espírita – Ser espírito imortalLike
Previous PostColuna Esplanada - Ministério relegado
Next PostLiteratura em gotas - Viagens de Gulliver