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sábado 16 novembro 2024
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Coluna Espírita – Ser a ovelha do seu rebanho

• Espírito Benedita Maria – Psicografia de Raul Teixeira – Niterói/RJ
Não costumam fazer parte das inclinações da alma humana virtudes como a fidelidade, a humildade e a obediência.
O mais comum é encontrarmos as criaturas às voltas com suas fases de infidelidade, com seus surtos de orgulho, ao mesmo tempo que profundamente atreladas ao descumprimento dos deveres ou à desobediência.
Mesmo quando a razão chancela determinadas ações ou certos comportamentos, é muito comum que a pessoa prefira carregar o peso da consciência de culpa, só Deus sabe por quanto tempo, do que atender às sugestões do raciocínio e obedecer ao bem que foi mostrado.
Quando Jesus Cristo se utilizou da imagem do rebanho e das ovelhas, a fim de nos caracterizar junto ao seu coração de Bom Pastor, pretendeu equiparar-nos a ele mesmo, uma vez que o povo o transformara em “Cordeiro”, mais tarde em “Cordeiro de Deus”, que, à semelhança do famoso “bode”, que era sacrificado por Israel para libertar as pessoas dos seus “pecados”, dos seus tormentos conscienciais, ele também seria sacrificado, para que, supostamente, libertasse os crentes das mazelas que carregavam.
À época, enquanto as “ovelhas” eram consideradas passivas em sua atividade, o contraponto era feito com os “bodes”, que, historicamente, eram tidos e havidos como animais dominadores, agressivos e “feios”, representando em muitos casos a própria figura do “maligno”.
Uma vez que o Cristo passou a considerar a criatura terrestre como formadora do Seu rebanho, e a si mesmo se denominou Bom Pastor, é porque esperava de nós a obediência e a simplicidade das ovelhas.
Não se trata do conceito piegas de que considerar-se a pessoa com ovelha e as massas humanas como rebanho pode produzir indivíduos sem vontade e “dirigidos”, sem condições de se autoafirmarem ou de se posicionarem devidamente. O Cristo, que desejava que fizéssemos brilhar nossa própria luz, jamais nos encurralaria inertes ou incapazes de tomar lúcidas decisões.
Chegará o tempo no qual compreenderemos que aceitar o cajado simbólico do Pastor das Almas, o Cristo, será imensa honra para nós, não para o Divino Amigo Jesus. Seguir as orientações dele com humildade, fidelidade e obediência será a chave-mestra para abrirmos as pesadas portas da ventura interior e da paz definitiva.