Altamirando Carneiro – São Paulo/SP
É apenas aparente a contradição entre Ciência e Religião.
As descobertas da Ciência em todos os tempos têm proporcionado, em várias ocasiões, que se coloquem, frente a frente, religiosos e cientistas.
Pelas colocações dos representantes das religiões dogmáticas, a impressão que se tem é a de que há uma separação entre a Ciência e a Religião. Veremos que isto não é verdade.
Remetemos o leitor ao capítulo I de O Evangelho segundo o Espiritismo, intitulado: Não vim destruir a Lei – item 8, Aliança da Ciência com a Religião. Veremos que uma e outra são as duas alavancas da inteligência humana.
A Ciência revela as leis do mundo material e a Religião, as leis do mundo moral. Têm o mesmo princípio: Deus. Uma não pode estar necessariamente errada e a outra certa, “porque Deus não pode querer destruir a sua própria obra”.
Portanto, a aparente incompatibilidade entre as duas “provém de uma falha de observação e do excesso de exclusivismo de uma e de outra parte. Disso resulta um conflito, que originou a incredulidade e a insegurança”.
O avanço da Ciência é marcado pelas suas descobertas. Em O Livro dos Espíritos, de Allan Kardec – Lei do Progresso – capítulo 8 da Parte Terceira, Leis Morais, vemos que o homem não pode deter a marcha do progresso, embora possa impedi-lo, algumas vezes.
Na sua marcha evolutiva, o homem tem que progredir sempre, pois regredir, seria negar a lei do progresso. Na pergunta 779 deste capítulo, Allan Kardec pergunta aos Espíritos:
– O homem traz em si o impulso de progredir ou o progresso é apenas fruto de um ensinamento?
Os Espíritos respondem:
– O homem se desenvolve naturalmente, mas nem todos progridem do mesmo modo; é assim que os mais avançados ajudam pelo contato social o progresso dos outros.