• Ricardo Orestes Forni – Tupã/SP
– Qual a causa que leva o homem à guerra? “Predominância da natureza animal sobre a natureza espiritual e satisfação das paixões.” (L.E., 742)
Será que a resposta dada a Allan Kardec no século XIX sobre os motivos da guerra destoa muito da atual situação do planeta? No século XX a Terra registrou, lamentavelmente, duas guerras mundiais, onde milhões de pessoas sucumbiram. Será que a situação moral dos homens desse século XXI sobrepõe a natureza espiritual às paixões da natureza animal? Ensina Joanna de Ângelis que o orgulho, filho dileto do egoísmo, é síndrome de fraqueza moral, que necessita ser combatida com a renovação emocional e o autodescobrimento, mediante os quais o enriquecimento de valores se dá naturalmente e se consegue a força para vencer o estágio inferior em que se estagia.
O orgulho é a antessala de uma guerra. Por isso, as cogitações de que o mundo pode enfrentar uma terceira guerra mundial não está fora do contexto. Eu escrevi “pode” e não “vai” enfrentar. O plano espiritual voltado para o progresso da Terra está envidando esforços grandiosos para que isso não ocorra, apenas não podem impedir o livre-arbítrio dos que decidem.
Da mesma forma, os componentes do mundo espiritual que a desejam, também trabalham contando com a invigilância dos encarnados, massageando-lhes o egoísmo e a vaidade, via intuição aberta pela sintonia mental entre esses e aqueles. A única dúvida que resta é quem sobreviverá para reivindicar o título de vencedor, caso essa guerra venha a acontecer.
Na segunda guerra mundial, quando se utilizou a bomba atômica sobre Hiroshima, primeiramente para dar uma amostra ao Imperador Hiroito do que esperava o povo japonês caso ele insistisse em não reconhecer a derrota, ceifou cerca de aproximadamente duzentas mil vítimas se somadas forem à explosão que se seguiu sobre Nagasaki. As duas cidades japonesas praticamente desapareceram, expostas a uma temperatura que chegou a 4.000 graus Celsius! Quem não morreu no impacto imediato, sucumbiu às enfermidades consequentes à radioatividade. Ainda em 2014, em hospitais voltados a tratar das vítimas dessas duas cidades, mais de dez mil pessoas recebiam tratamento para diversos tipos de câncer.
Alguns estudiosos estimam que se não fossem utilizadas as bombas atômicas nessas duas cidades japonesas, a mortalidade em uma invasão terrestre para a rendição do Japão daria cabo a uma população de aproximadamente um milhão de pessoas! Ou talvez, segundo outros, cerca de meio milhão de seres humanos pereceriam em uma conquista nos combates terrestres. Tudo porque a natureza animal ainda predomina sobre a espiritual. Tudo explicado pelo orgulho, filho dileto do egoísmo.
Já pensaram o que sobrará do planeta Terra se uma chuva de ogivas nucleares cruzarem os espaços aéreos numa tentativa vã de demonstrar quem é o mais poderoso? Nos tempos remotos, foram os dinossauros dizimados por um meteoro gigante de 16 quilômetros de diâmetro, ou por erupções vulcânicas violentas, como entendem outros. Nos tempos atuais temos o direito de raciocinar e perguntar se haveria condições para que o ser humano continuasse sobre a face do planeta, mesmo que retornássemos às condições de sobrevivência dos homens da caverna.
Particularmente, não creio nessa possibilidade pelo investimento que o plano espiritual tem feito em nosso orbe. Emmanuel está reencarnado. Joanna de Ângelis, segundo afirmativa do próprio Divaldo, também prepara o seu retorno próximo. Dona Maria João de Deus já retornou. Espíritos de outras galáxias estão reencarnando em nosso socorro. É muito investimento para que uma terceira guerra mundial dizimadora das condições de vida no planeta venha a acontecer. Contudo, o livre-arbítrio daqueles que detêm o poder de apertar os “botões” para acionar as incontáveis ogivas nucleares continua a vigorar.
Os antigos costumavam responsabilizar São Pedro pela falta de chuva. Não nos isentaremos perante as Leis que governam a Vida, pelo menor chuvisco nuclear que não deixar lugar para nem um vitorioso cantar vitória.