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segunda-feira 23 dezembro 2024
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Coluna Espírita – Que despertas?

• Éder Andrade – Rio de Janeiro/RJ
No nosso dia a dia em contato com nossos semelhantes, vamos influenciando e sendo influenciados por atitudes, exemplos e ideias, que podem interferir na nossa vida, nos nossos pensamentos, em nossos caminhos e dos nossos semelhantes, sendo dessa forma necessário nesse momento da nossa caminhada de vida, rever valores e verdades, assim como crenças, para reconstrução de um novo formato, um novo modelo de vida.
Numa sociedade globalizada e informatizada, rapidamente as notícias se propagam de um lado para o outro do planeta em tempo real, porém nem todos os exemplos que recebemos ou replicamos são atitudes prudentes para construção de um mundo de regeneração.
“E vós, irmãos, não vos canseis de fazer o bem.” – Paulo (II Tessalonicenses, 3:13.)
Percebemos pelos meios de comunicação o forte impacto que a conduta e o exemplo podem ter em nossas vidas, pois como diz um antigo provérbio: “As palavras ensinam, mas os exemplos arrastam”, principalmente aqueles acertados, visando à prática do amor e da caridade, semeando a boa vontade entre os jovens e as crianças, auxiliando no progresso e na felicidade da humanidade como um todo. É responsabilidade dos pais e professores ensinarem dando bons exemplos para construção da personalidade das crianças e jovens e nesse momento lembrando as palavras de Emmanuel no livro Pão Nosso, quando diz “Que Despertas”.
O livre-arbítrio nos dá o direito de realizar as escolhas que assim desejarmos, porém, se tivermos orientação adequada e educação, teremos mais chances de sucesso e menos atitudes imprudentes ao longo do nosso caminho. Tornando-se mais fácil trilhar o caminho do amor, do que o da dor, embora lembrando sempre que a liberdade final de escolha será sempre nossa, de cada um!
“A semeadura é livre, mas a colheita é obrigatória.” (Gálatas 6-7-8 – Bíblia.)
Seremos eternamente responsáveis pelas escolhas que realizarmos ao longo da nossa vida, dessa forma poderíamos evitar a precipitação, buscando nos mais velhos a orientação adequada, pois fica difícil retornar ao ponto de origem e recomeçar, nem sempre teremos tempo nessa mesma existência para refazer nosso caminho de vida.
A inconstância dos jovens pode ser explicada pela falta de experiência na atual encarnação, assim como ansiedade em tomar determinadas escolhas antes do tempo acertado; não podemos colher um fruto antes do tempo correto, lembrando sempre que muitos desejam colher frutos de sementes que nunca plantaram.

O exercício da paciência é fundamental para realizar a escolha acertada, com base em exemplos edificantes.
“Mas, tendo sido semeado, cresce.” – Jesus. (Marcos, 4:32.)
Levando em conta que todos somos responsáveis pelas nossas atitudes, o que não dizer dos exemplos que damos aos mais jovens. Como os professores, que além de ensinar um conteúdo escolar, precisam complementar o processo de educação familiar, procurando orientar os jovens para a vida, na escolha de uma profissão ou na tomada de decisões, quando a família por diversos motivos existenciais, não consegue dar conta de gerir a subsistência e ao mesmo tempo promover a educação profissional. Hoje já possuímos conhecimento suficiente para ter a consciência de que somos formadores de opinião e que nossas atitudes de alguma forma irão influenciar as outras pessoas e seremos responsáveis diretos ou indiretos pelas escolhas que os outros venham a fazer em algum lugar, em algum momento; “Porque o que dúvida é semelhante à onda do mar, que é levada pelo vento e lançada de uma para outra parte.” (Tiago, 1:6.)
Chegou o momento de examinarmos nossa consciência e avaliarmos o desdobramento que nossos exemplos despertaram nas pessoas por ande passamos. Nem sempre damos um testemunho de boa vontade no anonimato de nossa vida, pois, com as facilidades desse século, muitas coisas se tornam públicas com muita facilidade e temos que ter a redobrada preocupação em policiar nossos pensamentos, nossas palavras e, acima de tudo, nossas atitudes. Podemos ser o modelo de exemplo para os mais jovens, que podem, por falta de orientação, utilizar nossa infeliz escolha, como exemplo a ser seguido.
O preço segundo os benfeitores espirituais, da reparação das faltas cometidas envolverá em muitos dos casos renúncia e doação, para conseguir reverter o dano causado em uma nova ou até mesmos em duas ou três encarnações, o equívoco que infelizmente recaímos. No livro Céu e Inferno de Allan Kardec, vamos encontrar muitas histórias de Espíritos que precisaram de mais de uma encarnação para corrigir os desvios de comportamento que despertaram nas pessoas por onde passaram!
O que despertamos nas pessoas que cruzam pelo nosso caminho?
– Já paramos para pensar nisso?
Não podemos esquecer que somos Espíritos imperfeitos em um mundo de provas e expiações e nos falta ainda “elevação do senso moral”, para nos acharmos melhores do que os outros que cruzam pelo nosso caminho. Como diz André Luiz; “vamos tentar corrigir atitudes, enquanto estamos a caminho da luz”.
1) Xavier, Francisco C. Pão Nosso. Pelo Espírito de Emmanuel. FEB
2) Kardec, Allan. Céu e Inferno. FEB