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quarta-feira 27 novembro 2024
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Coluna Espírita – Produzir para o bem

• Altamirando Carneiro – São Paulo/SP
O Evangelho de João (15: 4) registra as seguintes palavras de Jesus:
“Permanecei em mim e eu permanecerei em vós. Como não pode o ramo produzir fruto de si mesmo, se não permanecer na videira, assim nem vós o podeis dar, se não permanecerdes em mim”.
Tudo produz, até os elementos considerados desprezíveis. Como explica Emmanuel, na lição 103 (Produzimos), do livro Palavras de Vida Eterna (editado pela Comunhão Espírita Cristã, Uberaba – MG), “Pedras produzem aspereza. Espinhos produzem lacerações. Lama produz sujidade. Martelo produz golpe”.
Cada um produz de acordo com aquilo que os inspira. Por isso cabe a nós, aprendizes e praticantes das lições imorredouras do Evangelho de Jesus, produzirmos para o bem. Assim, os elementos que citamos são, em nossas mãos, transformados em instrumentos valiosos. “Pedras ajudam nas construções, espinhos de natureza técnica podem colaborar no serviço cirúrgico, lama devidamente tratada é terra de sementeira, e martelo controlado é auxiliar prestimoso”.
Se observarmos o nosso dia-a-dia, verificaremos que até os seres mais desprezíveis na sociedade produzem: “O delinquente produz o desequilíbrio. O viciado produz o desregramento. O preguiçoso produz a miséria. O pessimista produz o desânimo”.
Enfim, cada um produz de acordo com aquilo a que se apega. Assim sendo, os que seguem os bons caminhos produzem as benesses que levam ao bem comum e ao bem-estar da sociedade.
Homens de bem, sociedade justa. É possível, mesmo num planeta de provas e expiações como o nosso, construir canteiros de paz. A felicidade está onde a colocamos. “A felicidade é um fato desde que a procuremos onde realmente ela está, isto é, em nós mesmos”, diz Pedro de Camargo (Vinícius), no capítulo Felicidade, do livro Em Torno do Mestre (FEB).
“… Eu vim para que tenham vida, e a tenham com abundância”, disse Jesus, em palavras que estão registradas no Evangelho de João (10: 10). A verdadeira vida, diz Vinícius, é cheia de alegria. “A alegria de viver nasce do otimismo, o otimismo nasce da fé. Sem fé ninguém pode ser feliz. Sem fé e sem amor não há felicidade”.
O capítulo 17 (Sede Perfeitos), de O Evangelho segundo o Espiritismo, indica-nos o modelo do homem de bem, aquele que “cumpre a lei da justiça, de amor e de caridade, na sua maior pureza. Se ele interroga a consciência sobre seus próprios atos, a si mesmo perguntará se violou essa lei, se não praticou o mal, se fez todo o bem que podia, se desprezou voluntariamente alguma ocasião de ser útil, se ninguém tem qualquer queixa dele; enfim, se fez a outrem tudo o que desejara lhe fizessem”.
Só chegaremos a este estágio através da educação, do conhecimento, da instrução.
Recorramos a Vinícius, mais uma vez:
“Sendo a felicidade resultante de uma série de conquistas, é, por isso mesmo, obra de educação. Através da autoeducação de nosso Espírito, lograremos paulatinamente a felicidade verdadeira. O reino de Deus – que é o do amor, da justiça e da liberdade – está dentro de nós, disse Jesus com o peso de sua autoridade. Descobri-lo, torná-lo efetivo, firmar em nós o império desse reino, vencendo os obstáculos e os embaraços que se lhe opõem – tal é a felicidade”.