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domingo 22 dezembro 2024
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Coluna Espírita – Preces

• Astolfo O. de Oliveira Filho – Revista Virtual O Consolador – Londrina/PR
Qual a importância da prece em nossa vida e em que situações devemos utilizá-la?
A prece faz parte dos chamados recursos espirituais que nós espíritas jamais poderíamos relegar a um plano secundário.
Em O Evangelho segundo o Espiritismo, um Espírito que fora na Terra pastor protestante – Monod – sugere que façamos nossas preces à noite, antes de dormir, e de manhã, antes de nos levantarmos. Comentando essa recomendação, Kardec explicou na Revista Espírita que a prece diária deveria ter como modelo a Oração Dominical, que todos os cristãos conhecem, pela sua profundidade, singeleza e objetividade.
Num dos livros de Yvonne A. Pereira, o Dr. Bezerra de Menezes sugere-nos também a prece na hora das principais refeições e explica o porquê da importância dessas orações. Entre outras coisas, a prece ajuda na harmonização do ambiente e torna mais substancial o efeito dos alimentos ingeridos.
Joanna de Ângelis, que é, segundo pensamos, quem melhor tratou do tema até hoje, afirma que o ato de orar com fervor, com confiança e fé é importante por si mesmo, independentemente da resposta que a oração terá. Ao orar, explica Joanna, a pessoa se põe em contato com as forças superiores que regem a vida e com isso se vitaliza.
Pesquisas recentes na área médica vêm comprovando o valor indiscutível da prece e da religião nos processos terapêuticos e imunológicos.
Concluindo, podemos então dizer que orar faz bem sempre, não importa o lugar, mas lembremos que a prece deve ser simples, clara, objetiva e, sobretudo, um ato de humildade da criatura perante o Criador, algo que a eleve espiritualmente e propicie, assim, os efeitos apontados por Joanna de Ângelis.
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Como se estrutura o processo da direção espiritual do nosso globo, que tem Jesus como governador, e como se dão a comunicação de nossas preces com Jesus e o retorno dessas preces até nós, em função de nossas necessidades?
A informação de que Jesus é o Governador espiritual da Terra foi-nos trazida por vários autores, a exemplo de Léon Denis e Emmanuel.
Diz-nos Emmanuel que na direção de todos os fenômenos de nosso sistema existe uma Comunidade de Espíritos Puros e Eleitos pelo Senhor Supremo do Universo. Essa Comunidade, da qual Jesus é membro, apenas se reuniu nas proximidades da Terra duas vezes: a 1a, quando o orbe terrestre se desprendia da nebulosa solar; a 2a, quando se decidiu a vinda de Jesus à Terra.
Em outra obra, referindo-se ao termo “Espírito Santo”, Emmanuel informou que esse título, quando usado corretamente nas Escrituras, refere-se à plêiade de Espíritos que auxiliam Jesus em sua tarefa de Governador do planeta e são, em face disso, os executores diretos das ordens emanadas do Senhor.
O tema prece é examinado à exaustão nas questões 649 a 666 d´ O Livro dos Espíritos.
Ensina o Espiritismo que a prece é um ato de adoração. “Orar a Deus é pensar nele; é aproximar-se dele; é pôr-se em comunicação com ele.”
A prece, afirmam os imortais, é sempre agradável a Deus, quando ditada pelo coração, pois, para Ele, a intenção é tudo. Dentre os seus inúmeros efeitos, aprendemos com o Espiritismo que a prece torna melhor o homem, porque aquele que ora com fervor e confiança faz-se mais forte contra as tentações do mal e Deus lhe envia bons Espíritos para assisti-lo, sendo esse um socorro que jamais se lhe recusa, quando pedido com sinceridade.
Podemos orar a Deus ou aos seus prepostos, como Jesus, por exemplo. O assunto é focalizado com clareza na questão 666 da obra mencionada, adiante transcrita:
666. Pode-se orar aos Espíritos?
“Pode-se orar aos bons Espíritos, como sendo os mensageiros de Deus e os executores de suas vontades. O poder deles, porém, está em relação com a superioridade que tenham alcançado e dimana sempre do Senhor de todas as coisas, sem cuja permissão nada se faz. Eis por que as preces que se lhes dirigem só são eficazes, se bem aceitas por Deus.”