• Astolfo O. de Oliveira Filho – Revista Virtual O Consolador – Londrina/PR
Há inconvenientes na realização de reuniões mediúnicas abertas ao público?
Primeiro é preciso lembrar que uma reunião mediúnica, especialmente quando seu objetivo é o esclarecimento das entidades desencarnadas, assemelha-se a uma enfermaria, com recursos trazidos da Espiritualidade para tratamento das criaturas conturbadas e infelizes que ali comparecem.
Basta tal fato para se entender que a sessão não deve ser aberta a curiosos, uma advertência que Cairbar Schutel, Carlos Imbassahy e Spártaco Banal fizeram em obras publicadas antes do surgimento das obras de André Luiz no cenário editorial brasileiro.
Allan Kardec já havia também tratado da questão quando respondeu aos que lhe propunham abrir ao público as sessões da Sociedade Parisiense de Estudos Espíritas. Não seria, pois, diferente a posição de Divaldo Franco acerca do tema. “Nunca é demais recomendar – afirma o ilustre médium e tribuno baiano – que as sessões mediúnicas sejam de caráter privado.”
Reiterando essa advertência, André Luiz escreveu: “Coloquemo-nos no lugar dos desencarnados em desequilíbrio e entenderemos, de pronto, a inoportunidade da presença de qualquer pessoa estranha a obra assistencial dessa natureza”.
E disse mais o conhecido autor espiritual, no cap. 21 de seu livro “Desobsessão”:
“O serviço de desobsessão não é um departamento de trabalho para cortesias sociais que, embora respeitáveis, não se compadecem com a enfermagem espiritual a ser desenvolvida, a benefício de irmãos desencarnados que amargas dificuldades atormentam.
Ainda assim, há casos em que companheiros da construção espírita-cristã, quando solicitem permissão para isso, podem ter acesso ao serviço, em caráter de observação construtiva; entretanto, é forçoso preservar o cuidado de não acolhê-los em grande número para que o clima vibratório da reunião não venha a sofrer mudanças inoportunas.
Essas visitas, no entanto, devem ser recebidas apenas de raro em raro, e em circunstâncias realmente aceitáveis no plano dos trabalhos de desobsessão, principalmente quando objetivem a fundação de atividades congêneres. E antes da admissão necessária é imperioso que os mentores espirituais do grupo sejam previamente consultados, por respeito justo às responsabilidades que abraçam, em favor da equipe, muito embora saibamos que a orientação das atividades espíritas vigora na própria Doutrina Espírita e não no arbítrio dos amigos desencarnados, mesmo aqueles que testemunhem elevada condição.”
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Que tipo de alimentação é recomendável para os médiuns no dia de realização da sessão mediúnica em que atuarão?
O assunto é tratado por André Luiz no cap. 2 de seu livro Desobsessão, no qual ele diz expressamente: “A alimentação, durante as horas que precedem o serviço de intercâmbio espiritual, será leve. Nada de empanturrar-se o companheiro com viandas desnecessárias. Estômago cheio, cérebro inábil. A digestão laboriosa consome grande parcela de energia, impedindo a função mais clara e mais ampla do pensamento, que exige segurança e leveza para exprimir-se nas atividades da desobsessão. Aconselháveis os pratos ligeiros e as quantidades mínimas, crendo-nos dispensados de qualquer anotação em torno da impropriedade do álcool, acrescendo observar que os amigos ainda necessitados do uso do fumo e da carne, do café e dos temperos excitantes, estão convidados a lhes reduzirem o uso, durante o dia determinado para a reunião, quando não lhes seja possível a abstenção total, compreendendo-se que a posição ideal será sempre a do participante dos trabalhos que transpõe a porta do templo sem quaisquer problemas alusivos à digestão”.
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O tratamento magnético pode ser ministrado à distância?
Sim. O tema é examinado em algumas obras espíritas conhecidas.
No livro Nos Domínios da Mediunidade, de André Luiz, há interessante informação sobre o assunto. O Instrutor Aulus, respondendo a semelhante pergunta, disse: “Sim, desde que haja sintonia entre aquele que o administra e aquele que o recebe”. “Nesse caso, diversos companheiros espirituais se ajustam no trabalho do auxílio, favorecendo a realização, e a prece silenciosa será o melhor veículo da força curadora.” (N.D.M., cap. 17, págs. 168 a 170.)
O assunto é tratado também no cap. 16, pp. 154 a 160, do mesmo livro e ainda em Mecanismos da Mediunidade, de André Luiz, cap. XX, p. 134 e 135. Sobre o tema vale a pena ler, ainda, o artigo Curas espirituais e a física moderna, de Lígia Almeida, do Porto, Portugal, disponível neste endereço na internet: http://hospitalespiritualdomundo.blogspot.com/2011/09/curas-espirituais-e-fisica-moderna-01.html
Coluna Espírita – Práticas espíritas
jun 17, 2020RedaçãoColuna Espírita (Agê)Comentários desativados em Coluna Espírita – Práticas espíritasLike
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