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quinta-feira 21 novembro 2024
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Coluna Espírita – O supremo desígnio da reencarnação

• Francisco Rebouças – Niterói/RJ
Os Espíritos Superiores nos esclarecem que a destinação de todos nós é a felicidade e a pureza espiritual, e nos estimulam a ter fé em nosso futuro porque ele é de grande beleza e indescritível paz de espírito. Nascemos com faculdades inatas, possibilidades infinitas, e a eternidade para desenvolvê-las segundo nossa vontade e esforços para tais conquistas.
A cada oportunidade reencarnatória precisamos nos esclarecer pelo estudo sério, visando nosso crescimento intelectual e moral para entender uma ciência que a cada dia se apresenta mais vasta, que nos apresenta conhecimentos e recursos cada vez mais nobres e avançados. Deus infinitamente bom e justo a cada um de nós tem concedido os meios pelos quais se desejarmos, podemos também colaborar em com sua obra.
Encontramos em O Livro dos Espíritos as seguintes respostas dadas pelos Imortais a Alan Kardec sobre a reencarnação, conforme segue:
Qual o objetivo da encarnação dos Espíritos? (1)
“Deus lhes impõe a encarnação com o fim de fazê-los chegar à perfeição. Para uns, é expiação; para outros, missão. Mas, para alcançarem essa perfeição, têm que sofrer todas as vicissitudes da existência corporal: nisso é que está a expiação. Visa ainda outro fim a encarnação: o de pôr o Espírito em condições de suportar a parte que lhe toca na obra da criação. Para executá-la é que, em cada mundo, toma o Espírito um instrumento, de harmonia com a matéria essencial desse mundo, a fim de aí cumprir, daquele ponto de vista, as ordens de Deus. É assim que, concorrendo para a obra geral, ele próprio se adianta.”
Qual o fim objetivado com a reencarnação?
“Expiação, melhoramento progressivo da Humanidade. Sem isto, onde a justiça?” (1)
O progresso é uma Lei Divina e todos estamos sendo chamados a participar fazendo a parte que nos cabe ao limite de nossas forças e possibilidades, dos esplendores do verdadeiro e do belo através do bom combate que nos farão perceber desde agora, as preciosas e sublimes harmonias das Leis Naturais.
“Reformemos sentimentos, Ideias, observação, expressão e discernimento, descerrando portas e janelas sempre novas em nosso mundo íntimo, para que a vida nos acrescente os recursos de conhecimento, receptividade, visão e interpretação – mas sejamos fiéis aos nossos compromissos até ao fim.” (2)
É da lei que “a cada um será concedido segundo suas obras”, (3) dessa forma executar a obra de reforma íntima, participar da transformação de nossa sociedade, concorrer para um mundo melhor, trabalhar pelo bem e a justiça, não é preferível a um repouso improdutivo? Haveremos de reconhecer que não haverá nada de maior, melhor e mais digno ao nosso espírito imortal.
Iluminemos nosso olhar para enxergar e aproveitar as perspectivas imensas que o porvir nos reserva, empregando para tanto a energia necessária para encarar com coragem as tempestades e desafios do mundo. Não podemos parar de lutar para superar os desafios e percalços do caminho. É preciso subir de degrau a degrau a escada que nos há de conduzir ao desenvolvimento das virtudes das quais somos portadores pelo do sacrifício e devotamento ao dever retamente cumprido.
Lembremos dos séculos que desperdiçamos em busca das satisfações e prazeres ilusórios dos bens materiais fugidios e passageiros, que nos tornaram egoístas, orgulhosos, insensatos e materialistas ao extremo, escravos do homem velho que ainda domina nossas atitudes na maioria das vezes e pensemos em quantos séculos precisaremos para dissolver totalmente essa predominância doentia.
Urge não esmoreçamos pois temos diante de nós os horizontes infinitos da imortalidade. As dores, os males, as dificuldades, as provas e expiações sofridas, serão simples lembranças de um passado de equívocos que ficarão no passado dos equívocos esquecidos na poeira do tempo e vivenciaremos o fruto das conquistas nobres do Espírito em paz e equilíbrio interior. Doravante não mais desperdicemos a sagrada oportunidade que o Senhor da Vida nos oferta porque são imprescindíveis ao nosso progresso, rumo à tão sonhada perfeição.
Entendamos, por fim, que os objetivos da vida não são os gozos, nem a felicidade como hoje a entendemos. Mas sim, a paz da consciência tranquila perante as Leis Soberanas e imutáveis que regem o destino de todos os filhos de Deus!
Referências:
(1) Kardec, Allan. O Livro dos Espíritos, questões 132 e 167.
(2) Xavier, Francisco Cândido, pelo Espírito Emmanuel, livro Benção de Paz, cap. 5.
(3) Evangelho de Mateus: 16/27.