• Waldenir Cuin – Votuporanga/SP
– No momento da morte, qual é o sentimento que domina na maioria dos homens: a dúvida, o medo ou a esperança?
R.: A dúvida para os cépticos endurecidos, o medo para os culpados e a esperança para os homens de bem. (Questão 961, de O Livro dos Espíritos – Allan Kardec.)
Viver na Terra é cumprir apenas uma etapa da vida total, pois que somos Espíritos eternos. Assim como chegamos para esta encarnação, um dia haveremos de desencarnar, voltando sem o corpo para a vida espiritual, de onde saímos para a experiência que estamos registrando.
Portanto, com base na questão acima apresentada, será interessante que façamos séria e profunda reflexão, buscando conhecer, em nossa intimidade, qual o sentimento que poderemos abrigar quando formos convidados a deixar a vida terrena para adentrarmos a espiritual: a dúvida, o medo ou a esperança?
Obviamente, pelas nossas ações, atos, procedimentos e atitudes, lograremos perceber o tipo de vida que estamos levando, e, certamente, partindo dessa posição, não teremos dificuldades em identificar o sentimento que estará povoando nosso coração.
Se for o da dúvida e do medo, oportuno será mudar o rumo da nossa vida, pois provavelmente estaremos em desacordo com as sábias, justas e harmônicas leis de Deus. Toda vez que nos afastamos delas, com certeza, encontraremos a dor e o sofrimento como companhias bem próximas, enquanto se estivermos sintonizados com o código divino, como reflexo, a esperança, a alegria e paz povoarão nossos caminhos.
Divaldo Pereira Franco diz que quando o venerável “médico dos pobres”, Adolfo Bezerra de Menezes, desencarnou, ainda recém-chegado ao mundo espiritual, foi despertado pelo Espírito Celina, sendo informado sobre sua nova condição, agora fora da matéria.
Naquele momento, recebeu as boas vindas de familiares, amigos e antigos companheiros de trabalho assistencial. Mas, do lado de fora da dependência que o acolhia, ouvia um barulho que parecia uma manifestação popular. Indignado, perguntou o que estava acontecendo, sendo convidado pelo Espírito benfeitor a observar a movimentação.
Percebeu que uma multidão lhe acenava, identificando que muitas pessoas tinham lágrimas nos olhos. Dirigindo-se a Celina, afirmava não conhecer ninguém, quando a benfeitora espiritual lhe informa:
“- São aqueles que você consolou sem nunca perguntar-lhes o nome. São aqueles Espíritos que eram atormentados, que chegaram às sessões mediúnicas e sua palavra caiu sobre eles como um bálsamo numa ferida em chaga viva; são os esquecidos da Terra, os destroçados do mundo a quem você guiou. São eles que o vêm saudar no pórtico da eternidade”.
E pelo O Livro dos Espíritos, de Allan Kardec, somos informados que não basta evitarmos o mal para estar em paz com a nossa consciência, é preciso que façamos o bem, no limite das próprias forças, pois responderemos pelo mal que se originar do bem que deixarmos de fazer.
Como vemos, a advertência é séria e abrangente.
Somente o bem praticado de forma desinteressada poderá nos propiciar a colheita de bênçãos que ansiosamente aguardamos.
A recepção oferecida a Dr. Bezerra de Menezes, na chegada ao mundo espiritual, por aqueles que foram beneficiados pelo seu trabalho e intenso amor, bem evidencia o que temos a fazer para possuirmos o sentimento da esperança, no momento de deixarmos este mundo.
Refletindo ainda sobre tão profundo tema, ficamos a imaginar como foram as recepções oferecidas a Adolfo Hitler e a Saddam Hussein…
Temos liberdade de ação e podemos escolher nossos caminhos, mas, sem dúvida, estaremos sempre nos defrontando com o reflexo e a reação daquilo que fazemos, seja na Terra ou no mundo espiritual.
Coluna Espírita – O reflexo do bem praticado
fev 01, 2020RedaçãoColuna Espírita (Agê)Comentários desativados em Coluna Espírita – O reflexo do bem praticadoLike
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