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domingo 24 novembro 2024
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Coluna Espírita – O olhar de Jesus

• Yé Gonçalves – Governador Valadares/MG
A realidade deve ser olhada com carinho, ao estilo nobre do olhar de Jesus, o nosso guia e modelo de perfeição.
É o olhar tríplice da realidade: benevolente, indulgente e com o perdão das ofensas.
O olhar de Jesus é todo caridade, é o amor em ação, promovendo à felicidade todos aqueles que necessitam de amparo material e espiritual.
É o olhar da boa vontade para com todos, do querer bem o bem a todos;
É o olhar indulgente, doce por dentro, do qual emana doçura a todos indistintamente;
É o olhar que a tudo e a todos perdoa, releva; pois, reconhece as fraquezas e a falta de conhecimento que ainda pairam na caminhada.
É o olhar que acalma e doa a doçura de si mesmo e se doa a cada instante para o bem da humanidade.
E, assim, Jesus percorre em nossos caminhos, olhando e cuidando, atentamente, de cada um de nós; pois, Ele nunca nos abandonou e nunca nos condenou, nem nos abandona, nem nos abandonará, nem nos condena e nem nos condenará.
Que todos nós possamos nos inspirar em Jesus, que é o nosso guia e modelo de perfeição, procurando olhar as pessoas, os animais, a natureza, as situações e as circunstâncias, ao modo de Jesus.
Imaginemos cada um de nós, em particular, envolvidos numa situação difícil, a exemplo de uma crise financeira ou de relacionamento conjugal, ou mesmo uma enfermidade ou, simplesmente, diante das arrogâncias de um vizinho temperamental etc.
Agora, perguntemos a nós mesmos; mas, a cada um de nós, individualmente:
– Se Jesus estivesse no meu lugar, como Ele procederia?
– Quais seriam o olhar e as reações de Jesus?
* * *
Imaginemos cada um de nós, em particular, no lugar de Jesus diante da mulher que lhe foi encaminhada sob a alegação de adultério.
Qual seria o nosso comportamento diante daquela situação?
Mandaríamos atirar-lhe as pedras?
Ou nós mesmos, de próprio punho, lançaríamos pedras contra aquela mulher?
Imaginemos os acontecimentos da atualidade, assim como nos julgamentos que fazemos uns dos outros, em nosso cotidiano corriqueiro, dos nossos líderes políticos, religiosos e comunitários e assim por diante.
Quantas pedras abstratas são lançadas contra os acusados de toda ordem?
E quantas dessas pedras abstratas chegam a pesar mais do que as pedras concretas, deixando marcas profundamente agressivas nos corações muitas das vezes inocentes e ou inofensivos?
E quantas dessas pedras podem dificultar o progresso dos agressores e dos agredidos na marcha evolutiva?
Que possamos estudar as teorias acadêmicas ou não em relação a Jesus.
Que possamos saber de toda a história de Jesus e conhecer o Evangelho de cor e salteado.
Que possamos falar e palestrar com elegância, com vocabulário impecável, a respeito de Jesus e de seu Evangelho.
Mas, não nos esqueçamos da suma importância de entender e de compreender Jesus.
Porque entendendo e compreendendo Jesus, encontraremos o melhor caminho para colocarmos em prática os seus ensinamentos, a verdadeira vivência da caridade, isto é:
– no trato com os necessitados de toda ordem, prestemos a devida assistência, com boa vontade, ou seja, com benevolência;
– nos julgamentos que fizermos ao outro, que façamos com indulgência, com doçura, colocando-nos no lugar do outro;
– e ao receber uma ofensa, que a recebamos com o perdão, entendendo e compreendendo a fraqueza alheia.
* * *
E aqui, amigo leitor, fiquemos nós, imaginando e, ao mesmo tempo, contemplando o doce olhar de Jesus.
Grato pela atenção e muita paz!