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terça-feira 24 dezembro 2024
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Coluna Espírita – O Natal e o Espiritismo

• Éder Andrade – Rio de Janeiro/RJ
Segundo nos contam os espíritos pelos romances psicografados, como os de André Luiz, em datas como a do Natal, as Colônias Espirituais procuram se enfeitar com luzes coloridas e sugestivas, lembrando a natureza terrestre nas comemorações natalinas em prece, onde todos são convidados a uma renovação de pensamento através de uma autoanalise das suas atitudes nas últimas encarnações, fato esse que ocorre de acordo com a evolução espiritual de cada indivíduo.
O Natal que é um momento de confraternização entre os homens, tem como base uma data convencionada em 25 de dezembro, porém nem os historiadores e arqueólogos podem precisar, pois os calendários naquela época eram lunares e não tinham meses de 30 ou 31 dias. Alguns dizem que o Cristo teria nascido em janeiro e não em dezembro, mas isso pouco importa realmente, pois o que nos interessa é a grande mensagem que esse encontro nos convida a refletir. Uma mensagem de paz entre os homens de boa vontade e de reavaliação da nossa caminhada de vida, fazendo um grande balanço do ano que termina e definindo objetivos para um novo ano que começa numa tentativa de alinhar a bússola do bom senso para continuar nossa caminhada evolutiva “a caminho da luz”.
André Luiz nos conta sobre a ornamentação dos “salões verdes” na Colônia de Nosso Lar, para serviço de educação, onde a Ministra Veneranda recriou ambientes “para lembrar as preleções do Mestre em plena praia, quando de suas divinas excursões junto ao Tiberíades”.1 Tudo feito com o objetivo de promover uma aproximação dos internos da colônia à realidade, vivida pelo Mestre Jesus favorecendo o processo reeducação moral dos espíritos, com relação ao verdadeiro sentido espiritual do Natal.
“Porque tive fome, e destes-me de comer; tive sede, e destes-me de beber; era estrangeiro, e hospedastes-me; Estava nu, e vestistes-me; adoeci, e visitastes-me; estive na prisão, e fostes ver-me”.
(Mt. 25 v.35-36)
Sem sombra de dúvida essa passagem de Mateus, representa o maior significado da palavra caridade, quando renunciamos ao nosso ponto de vista para dar acolhimento àqueles que precisam muito mais do que nós nesse dado momento de nossas vidas. Não basta conhecer a verdade, se faz necessário colocar em prática o conhecimento que já possuímos! Caso contrário, recairemos como muitos espíritos que nos relatam nas Obras Básicas em depoimentos, afirmando que sabiam que deveriam agir de forma diferente, porém nada fizeram para minimizar o sofrimento alheio.
Também podemos destacar mensagens como a do Espírito Maria Dolores na obra Antologia Mediúnica de Natal,2 quando nos diz que, independente da prece ou do lugar em que a realizamos, se desejarmos nos aproximarmos mais do Mestre, que seja através da caridade, procurando ajudar aqueles que sofrem materialmente e moralmente, “descendo ao vale das lágrimas da vida, a imensa retaguarda, onde o consolo tarda”,2 pois junto aos necessitados encontraremos a paz interior que nosso coração precisa, para nos reabilitarmos com nossa consciência e com nossa vida.
Referências:
1 Xavier, Francisco C. Nosso Lar. FEB. cap. 32 – Notícias de Veneranda.
2 ________. Antologia Mediúnica de Natal. FEB. cap. 70 – Divina Surpresa (Espírito Maria Dolores).