• Marcus De Mario – Instituto Brasileiro de Educação Moral-IBEM/RJ
“Vós sois o sal da terra; e, se o sal for insípido, com que se há de salgar? Para nada mais presta, senão para se lançar fora e ser pisado pelos homens.” – Jesus (Mateus, 5:13)
Sempre que uma aflição o visitar – e quem, de vez em quando, não enfrenta alguma situação mais difícil na vida? –, lembre-se que “a esperança é a última que morre”, como afirma adágio popular, a nos dizer que devemos sempre lutar a favor do viver, tentando encontrar uma saída, ou melhor, uma solução para a situação que nos aflige. E, tenha certeza, a solução existe.
Somos todos filhos de Deus, e não estamos aqui na Terra apenas para sofrer, para reparar possíveis erros cometidos no passado, ou seja, em outras encarnações, e sim para dar continuidade ao nosso progresso tanto no campo intelectual quanto no sentimental. Deus, como bom Pai, quer que aprendamos a nos amar, para que não necessitemos da dor para dar mais um passo à frente.
Se você está passando por alguma dificuldade, como um aperto financeiro, uma briga familiar, o desemprego, uma gravidez não esperada, enfim, seja qual for a situação que lhe traz aflição, lembre-se que de todas as coisas podemos tirar grandes lições se tivermos resignação, mantivermos a paciência e continuarmos trabalhando, fazendo o que for possível para superar com equilíbrio esse momento doloroso para a alma.
Não fique sozinho nessa luta, procure ajuda. Utilize, por exemplo, o apoio do CVV (Centro de Valorização da Vida), ligando para 141, de qualquer parte do país. Sempre haverá alguém do outro lado da linha pronto para lhe atender, ouvir e encorajar para continuar a viver. Ou procure o atendimento fraterno de um Centro Espírita, com pessoas preparadas para ouvir e orientar.
Nunca perca a esperança. Você já reparou como o Sol sempre volta, no outro dia, para lembrar que a vida continua e que, por isso mesmo, não devemos desistir de caminhar?
Superando desafios – Diante dos desafios da existência, como a prova na escola, a reunião com o chefe, a educação de um filho rebelde, o primeiro emprego, a calúnia dita por alguém que nos inveja, a ingratidão da pessoa que auxiliamos de coração, e tantos outros desafios, o pior que podemos fazer é nos entregar ao desânimo e à desesperança, ou, ainda pior, acreditar que a bebida e as drogas podem nos dar força ou servir de amparo à nossa covardia de enfrentar o que nos desafia.
Desânimo e desesperança nos levam à doença da depressão, podendo inclusive acarretar o suicídio; bebida alcoólica e drogas enfraquecem o organismo, acarretando doenças físicas e mentais, tendo apenas um fim: a morte antes do tempo.
Seja qual for o desafio, a verdadeira coragem moral está em, com resignação e perseverança, enfrentá-lo, sabendo que Deus, nosso pai, não nos desampara nunca, e que, com o tempo, tudo tem solução.
E mais: assim agindo é dar provas do nosso progresso espiritual no desenvolvimento das virtudes, entre elas a fé, mesmo porque Deus não coloca sobre os nossos ombros fardo mais pesado do que aquele que podemos carregar.
Quantas vezes aquilo que parecia insuportável, depois de um tempo, já nem mais lembramos, porque decidimos trabalhar com paciência e confiança nos desígnios superiores, que sempre querem o nosso bem, e agora aquele desafio faz apenas parte da nossa história de vida que, com satisfação, relatamos aos outros, para mostrar que não nos deixamos abater e conseguimos a superação das forças morais, para encontrar uma solução satisfatória sem apelar para o desânimo ou as drogas?
Boas leituras ajudam, e a literatura espírita está repleta de livros que auxiliam a manter a autoestima elevada, reforçando suas forças para superar desafios e aprender com eles a valorizar a vida.
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“Quando o tédio te procure, vai à escola da caridade… Ela te acordará para as alegrias puras do bem e te fará luz no coração, livrando-te das trevas que costumam descer sobre as horas vazias.” – Emmanuel (Coragem, cap. 1, psicografia de Chico Xavier.)