• Astolfo O. de Oliveira Filho – Revista O Consolador – Londrina/PR
É possível sabermos qual é nossa missão aqui?
Dissemos-lhe que sim, e não se trata de algo difícil. Podemos, por exemplo, à noite, antes de dormir, solicitar a Jesus que nosso protetor espiritual nos faça recordar, durante o período do sono, nossa programação reencarnatória. Trata-se de um pedido cujo atendimento não oferece dificuldade alguma aos benfeitores espirituais e nenhum inconveniente para nós que estamos reencarnados. No dia seguinte, mesmo que não nos lembremos de nada, teremos a intuição da conversa mantida com nosso protetor e esse fato poderá ajudar-nos de forma efetiva a que cumpramos na vida aquilo que Deus espera que façamos. É bom recordemos, quando tratamos desse assunto, que a missão de todos nós, sem exceção, está bem definida na questão 132 d´O Livro dos Espíritos, adiante reproduzida: 132. Qual o objetivo da encarnação dos Espíritos? “Deus lhes impõe a encarnação com o fim de fazê-los chegar à perfeição. Para uns, é expiação; para outros, missão. Mas, para alcançarem essa perfeição, têm que sofrer todas as vicissitudes da existência corporal: nisso é que está a expiação. Visa ainda outro fim a encarnação: o de pôr o Espírito em condições de suportar a parte que lhe toca na obra da criação. Para executá-la é que, em cada mundo, toma o Espírito um instrumento, de harmonia com a matéria essencial desse mundo, a fim de aí cumprir, daquele ponto de vista, as ordens de Deus. É assim que, concorrendo para a obra geral, ele próprio se adianta.” Como se vê, nossa passagem pela existência corpórea tem dupla finalidade:
1- aprimoramento individual com vistas à perfeição e
2- participação na obra da criação com vistas ao progresso do mundo em que vivemos.
Os pormenores relacionados com os dois objetivos variam, evidentemente, de pessoa a pessoa, mas a meta é uma só e, por isso, não podemos jamais perdê-la de vista, desviando-nos do caminho que a ela conduz.