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segunda-feira 18 novembro 2024
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Coluna Espírita – Necessidade de ser equilibrado

• Espírito Benedita Maria – Psicografia de Raul Teixeira – Niterói/RJ
Um dos grandíssimos desafios enfrentados pelo ser humano é, sem sombra de dúvida, a conquista do equilíbrio em tudo o que participe. É por demais complicado fazer o ajustamento do lado racional com o lado sentimental da vida, de modo a não se deixar levar por nenhuma forma de desajustamento.
Muito importante é que a pessoa aprenda a sorrir, quando o tempo for para riso; que aprenda a chorar, quando a quadra for de lágrima; que consiga trabalhar pensando no trabalho e que possa se dedicar ao lazer no momento próprio ao lazer. Caso venha a misturar as situações descompensadamente, perdendo-se naquilo que pretendia realizar, isso será forte indício de desequilíbrio.
Digna de aplauso é a posição de quem sabe ser ponderado nos compromissos domésticos, sem desenvolver hábitos de irrefletido consumismo; de quem eleva o braço somente até onde pode alcançar. Comprometa-se com endividamento que possa pagar no tempo certo, tudo realizando sem ser perdulário nem onzenário.
A busca do equilíbrio livra a pessoa de qualquer mesquinhez, mantendo o clima de bom senso em tudo o que faz, chovendo quando for para molhar ou fazendo sol quando a ordem for brilhar e aquecer.
É por meio do esforço que a alma realiza para ajustar-se às linhas da harmonia em suas ações, que tudo vai se amoldando para os dias felizes que ainda se acham recobertos pela névoa do porvir. Nunca desista, pois, de empreender as necessárias pelejas, a fim de que mais rápido se aproxime a chegada desses tão sonhados dias de equilíbrio, com o sol do bem que esfumará todo e qualquer nevoeiro ao redor de sua caminhada.
Embora a palavra equilíbrio possa nos impor um peso que suponhamos não estar aptos para suportar, a verdade é que não estamos renascidos na Terra senão para nos ajustarmos a todas as formas de equilíbrio que a existência nos exige.
Será necessário que nos apliquemos a aprender e praticar as lições de equilíbrio em tudo o que diga respeito aos relacionamentos com a vida, com o trabalho e com o repouso, para que não se transformem em autodestruição e preguiça; com a família e com os amigos, para que não nos sufoquem nem nos arrastem a comprometimentos imprestáveis.
O equilíbrio no lazer e na festividade, de modo a não convertermos a vida inteira numa estação de férias e num continuado passatempo, fará com que sigamos sob as luzes do respeito ao repouso e ao bem-estar como devem ser, de verdade.
Sempre que saímos da via do equilíbrio, a vida nos impõe correções duras, à base de frustrações, de doenças, de acidentes diversos e de morte.