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quarta-feira 27 novembro 2024
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Coluna Espírita – Mediunidade

• Astolfo O. de Oliveira Filho – Revista Virtual O Consolador
O que é preciso para que um Espírito se comunique?
Para que um Espírito se comunique, é preciso, além da permissão de Deus ou de seus prepostos: 1.°, que lhe convenha fazê-lo; 2.°, que sua posição ou suas ocupações lho permitam; 3.°, que encontre no médium um instrumento apropriado à sua natureza.
Em princípio, podemos comunicar-nos com os Espíritos de todas as categorias, com os nossos parentes e amigos, com os mais elevados como com os mais vulgares; porém, independentemente das condições individuais de possibilidade, eles vêm mais ou menos de boa-vontade segundo as circunstâncias e, sobretudo, segundo a simpatia que tenham pelas pessoas que os chamam, e não pelo pedido do primeiro que tenha a fantasia de evocá-los por puro sentimento de curiosidade. É claro que se eles, quando na Terra, não se incomodariam com elas, depois da morte não o fazem também.
Os Espíritos sérios só comparecem às reuniões sérias, para onde os chamam com recolhimento e para assuntos também sérios. Não se prestam a responder a perguntas de curiosidade, de prova, ou com um fim fútil, nem também a experiência alguma.
Os Espíritos frívolos andam por toda a parte; contudo, nas reuniões sérias eles se calam e conservam-se afastados, para escutar, como fariam estudantes em uma assembleia de doutos.
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O que ocorre com o médium que desiste do trabalho mediúnico?
O médium que se afasta do centro espírita ou que deixa de exercer sua mediunidade não será, como se costuma dizer, punido por isso. Recurso valioso que nos possibilita o intercâmbio entre os dois mundos, se bem utilizada, a faculdade mediúnica proporciona ao indivíduo o sentimento do dever cumprido e a felicidade de ser útil segundo as ferramentas de que dispõe. Caso contrário, pode acarretar-lhe desequilíbrio e desconforto emocional, visto que possui uma sensibilidade aflorada que o afeta mais que aos outros. É preciso ter em mente, contudo, que o que causa essa desarmonia não é o fato de se afastar da prática mediúnica ou não exercê-la pelos métodos tradicionais, mas sim o motivo pelo qual está se afastando e principalmente as atitudes que estiver tomando em sua vida.
Se se afasta por motivos nobres – necessidade de trabalhar, dificuldades de horário, cursos importantes que é preciso fazer etc. –, mas, mesmo assim, procura manter o bom-humor, a afabilidade e o trato gentil para com as pessoas e para consigo mesmo, a pessoa manterá acesa sua força de comungar a vida e isso será de certo modo uma forma de manter seu equilíbrio. Se, porém, ele se afasta por outros motivos que lhe venham a acarretar distúrbios emocionais em face de atitudes desconexas e que o afastem de Deus e da prática do bem, então é natural que advenham consequências disso, não pelo fato de não estar exercendo suas faculdades medianímicas, mas sim pelas atitudes que esteja tomando. Como mantém a sensibilidade aflorada pela predisposição orgânica à mediunidade, a facilidade de se desequilibrar será ainda maior.
A explicação dada por Divaldo Franco no livro Diretrizes de Segurança (Editora Frater, 3a edição, questão 26) torna fácil a compreensão do que foi dito.
Segundo ele, a mediunidade apresenta-se nas pessoas como sendo uma aptidão. Se essa aptidão não for convenientemente educada e canalizada para a finalidade a que se destina, os resultados não serão os desejados e o médium que abandonou a tarefa enfrentará os efeitos consequentes do desprezo a que sua faculdade ficou relegada. Evidentemente, a faculdade mediúnica não desaparece e a pessoa continua médium, mas, não a dirigindo para a finalidade nobre, passa a ser conduzida por entidades invigilantes, no rumo do desequilíbrio. Enquanto se mantiver no exercício correto de suas funções, encontrar-se-á sob o amparo de entidades responsáveis. No momento em que inclinar a mente e o comportamento para outras atividades, transferir-se-á de sintonia, e aqueles com os quais vai manter o contato psíquico poderão, em face do seu teor vibratório inferior, produzir-lhe danos. A mediunidade, diz Divaldo, é um compromisso para toda a vida e não apenas para um determinado período de tempo.