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terça-feira 26 novembro 2024
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Coluna Espírita – Juventude e profissões

• Espírito Ivan de Albuquerque – Psicografia de Raul Teixeira – Niterói/Rio de Janeiro
Quantos são os complexos dilemas que estabelecem na alma do jovem quando se lhe depara o momento da definição profissional?!
Quantas insônias são experimentadas pelo moço frenteado pela necessidade de ganho material e as capacidades que, muitas vezes ainda não constatou em si mesmo?!
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No panorama das reencarnações, comumente a questão profissional é daquelas que vêm ajustadas às necessidades do espírito, na esfera dos planejamentos que foram estabelecidos no Mundo Invisível, antes do retorno à carne.
Assinalando a profissão como a luz de eminente dever que precisará ser fielmente atendido, dirigimo-nos aos companheiros da faixa juvenil, a fim de que lhes deixemos alguns pontos para meditação, de modo a que não fiquem sem norte perante a escolha e ajuste profissionais.
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No mundo, a profissão deverá cumprir uma dupla finalidade, imediatamente: atender ao labor de ser peça útil na estrutura social onde se encontre; e atender às necessidades do ganho da moeda, permitindo o crescimento da vida material.
Basicamente, a profissão propõe que o indivíduo se coloque como operoso cooperador do Reino de Deus, implantando utilidades e avanços sobre a Terra, fazendo-a gloriosa estância de progresso e ascensão do ser imortal.
Ao considerares tal coisa, é válido que penses nos rendimentos que a ação profissional te proporcionará, sem, contudo, deteres-te nesta nuança. Estabelecerás, antes dos salários, a tua capacidade de ser útil, de atender à evolução da tua sociedade.
O profissional de qualquer área, do lavrador ao botânico, do oleiro ao engenheiro, do motorista ao médico, todos podem colocar-se como médiuns do progresso. Todos podem transformar-se em cooperadores de Deus na obra ingente da evolução planetária.
Quantos sonham com profissões rendosas, por instigações do seu meio social ou por indução ou mesmo determinação familiar, para se atormentarem nas psiconeuroses sem término ou nas desconcertantes frustrações, por sentirem que, não obstante o ganho mais fácil, não há compensação afetiva nem crescimento emocional propiciados pelo bem que poderiam fazer às criaturas, numa amadurecida participação, ainda que não lucrassem tanto.
Multiplicados companheiros nossos adotaram profissões que lhes ensejariam o destaque social, sem se haverem dado conta do preço dessa exibição que lhes impõe o ônus das úlceras nervosas, dos distúrbios circulatórios, dos infartamentos…
Tu que conheces o ensino do Cristo, que ora o Espiritismo exalça de maneira límpida e profunda, medita acerca de tudo isso e posiciona-te, disposto e nobre, perante a vida que te abre formidável estrada em cujo trajeto semearás bênçãos ou agonias para colher, assim, realização interior ou amargura íntima.
Quando ouvires essa ou aquela alusão a riquezas e prestígios, pensa em tantos doentes sem médico, analfabetos sem professor, explorados sem advogados que os ajudem, terras malcuidadas sem agricultor que as amanhe, e tantas necessidades mais que um pouco de observação atenciosa te fará ver… e, quem sabe, te animarás a enfrentar o desafio.
A missão do homem inteligente na Terra deverá ser a de utilizar os recursos de Mamon, pondo-os a serviço de Deus, de modo feliz, fazendo a vida crescer por onde sigam seus passos.
Então, amigo da fase jovem, não te aturdas ante as vozes do imediatismo. Vieste ao mundo para que te aches a ti próprio, e não te acharás, isolado na frieza do teu cofre ou no mausoléu da tua inutilidade.
Trabalhar feliz é razão para viver feliz.
Profissão que te leve a trabalhar feliz será a que te fará seguir feliz para o cumprimento dos teus formosos destinos.
Amadurece-te, hoje, a fim de não sofreres mais tarde o golpe frustrante por estar em “atividade errada”.
Aconselha-te com os mais experientes, ouve os amigos que te querem o bem, mas não ignores a voz interior das horas de prece e meditação para que não te equivoques no serviço que vieste desempenhar na Terra, atendendo com grandeza a profissão, requintada ou singela, dentro de cujos serviços deves fazer brilhar a tua reencarnação.
1 TEIXEIRA, Raul. Cântico da juventude. Pelo Espírito Ivan de Albuquerque. Editora Fráter.