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sexta-feira 15 novembro 2024
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Coluna Espírita – Juventude e Palavra

• Ivan Albuquerque – Psicografia Raul Teixeira – Niterói/RJ
“Fala o que convém à sã doutrina.” Paulo (Tito, 2:1)
A voz é um dos mais formidáveis recursos para a comunicação entre os seres humanos, na busca dos valores evolutivos.
Atentos a esse galardão, vale a pena nos apercebermos da importância do seu uso edificante.
Falar por falar é obra de estultícia, que não condiz com as condições nobres em que o Senhor nos colocou, na dinâmica da vida terrena.
Deverá a criatura utilizar sempre com proveito a sua capacidade de expressar-se por meio da palavra.
Entre tanta tormenta que a palavra mal colocada tem gerado, alevanta-se a carência de pôr-se o indivíduo em regime de disciplina, a fim de que, mesmo sorrindo, brincando, conversando, ensinando, seja a sua palavra aquela que descontraia de maneira nobre, edifique, inter-relacione os seres, com profunda grandeza, capaz de promover a fala para as glórias da vida.
* * *
Naturalmente, os Espíritos que no mundo se encontram, se podem utilizar a voz com os mais diversos objetivos, poderão também falar de Deus.
Nesse particular, falar de Deus não significa apenas a prática da dicção em termos religiosos. Entretanto, poderá alguém falar do Criador expressando as esperanças que a vida requer, anunciando, com vigor, a necessidade do bem entre os homens, indicando os rumos da dignidade humana, codificando os ensinos que enaltecem as ciências, quanto as filosofias, as artes, a ética, a fé.
No capítulo em que a palavra deve ser aplicada para a construção do melhor, a pessoa pensará na sua oportunidade de falar ou de escrever ampliando as condições morais da Terra, tornando edificantes os conteúdos livrescos, numa época de desassisamento ético e de impostura nos diversos arraiais do conhecimento humano.
Aqui é que nos dirigimos aos Espíritos que, no mundo, se acham usufruindo da faixa juvenil.
Considerando o vigor dos ideais, quando bem orientados; reconhecendo o destemor com que se lança àquilo em que crê, sirva o jovem na esfera da palavra falada ou escrita, fazendo-se partícipe desse pugilo de almas abençoadas que se esfalfam na luta por edificar ou reedificar em muitos corações, os ensinos de vida eterna dos quais a Terra sofre carência.
* * *
Jovem, não te detenhas ante o ensejo de divulgares o bem e propalares a luz.
O Cristo, ontem como hoje, aguarda-te no cumprimento dos compromissos com os quais te envolveste, desde os tempos dos teus entendimentos no Além.
Daí, se sentes n’alma esse pendor para as letras, ou se percebes em ti condições para a escrita elucidativa, não te demores em cogitações. Sai das expectativas e segue para a execução dos teus anelos ou inclinações do bem, enquanto tantos estão se aplicando à difusão do equívoco, da insensatez e do deboche, pela ignorância nos seus variados matizes, o que não deixa de ser uma das piores enfermidades para o Espírito.
Levanta-te e segue a Jesus…
Nosso Divino Amigo foi o ser que melhor valorizou o dom de falar, pois, falando, edificou uma Mensagem verdadeiramente imbatível, revolucionando os conceitos sócio morais da humanidade, oferecendo ainda inspiração para que centenas de homens que ouvindo-Lhe as palavras e testemunhando em Seus feitos vivas lições para todos, escreveram e falaram e continuam a escrever e a falar os cânticos que, ante os olhos e os ouvidos das criaturas, engendram sua renovação espiritual.
Assim, Juventude, fala e escreve, então, para a tua própria ventura, impulsionando as sociedades com a força do idealismo cristão e espírita que te honra e no qual te nutres.