• Espírito Ivan de Albuquerque – Psicografia de Raul Teixeira – Niterói/Rio de Janeiro
Das dimensões do Mundo Invisível, retorna o Espírito ao campo terrestre, disposto a encetar a marcha em prol da sua renovação e do seu crescimento geral.
Nas análises operadas junto a seus Mentores desencarnados, o indivíduo, prestes a voltar ao abafamento temporário do corpo carnal, observa o conjunto das suas necessidades, com vistas ao desapegamento próprio dos transtornos por ele mesmo criados ontem, quanto do aproveitamento das bênçãos que haja semeado em sua rota eterna.
Verifica a alma, assim, a quem deve e de quem deve receber, em termos morais, cuidados e assistência. E, alimentando os melhores propósitos de luta, mergulha no hálito planetário, disposto a vencer as negativas circunstâncias do caminho, como a si mesmo superar.
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Na esfera afetiva, um grande número de indivíduos programa os estágios de disciplina e aprendizado nas solidões do celibato, comprometendo-se em oferecer os seus dias aos trabalhos e canseiras em prol do bem geral, reeducando sentimentos e retificando a visão, relativamente ao sexo oposto, compreendendo-lhe o valor e a grandeza.
Deverão suplantar a solidão, a ansiedade de compor família, de ter filhos, buscando fazê-lo, muitas vezes, sem lograrem êxito; e, quando insistem, forçando estranhas uniões, apenas para alimentar a goela e os estereótipos sociais, chafurdam-se em frustrantes agonias que culminam com problemas maiores a enfrentar, às vezes complicando mais o próprio percurso.
Muitos outros, contudo, regressam ao mundo para as bênçãos do lar, constituído nas bases de bem-querer, de abnegação, de ajuda mútua, de amor, com as oportunidades de orientarem para o Criador os frutos queridos dessas uniões.
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Jovem, quando te percebas no contexto daqueles que deverão resgatar, aprendendo e crescendo, celibatários, não te percas na tormentosa ânsia que costuma nublar o bom-senso e arrojar a pessoa nos pântanos dos equívocos. Mantém-te, então, enobrecido e casto, jamais imaginando que o celibato te deva conferir a carta-branca da libertinagem sexual, mas, isto sim, o impositivo disciplinar das tuas energias genésicas e emocionais, para a verdadeira libertação.
Se te encontras no rol dos que deverão atender aos deveres conjugais, prepara-te, interiormente, para tal compromisso, não te tornando um caçador de aventuras, porém, permitindo que o tempo, as Leis Soberanas da Vida, apresentem-te a alma parceira da tua, para os devidos labores do lar.
Ao te deparares com o coração que fale ao teu, que te sensibilize, nas veredas emocionais, permite-te viver os encantos da fase, os sonhos de ternura, as estesias do coração, mantendo, não obstante, o pensamento em Deus, para que não tenhas nublados os sentimentos e as percepções, e não convertas a estruturação do amor em construção sombria.
Cuida-te para que o respeito ao outro, nessa fase de enamorados, não falte em tuas relações.
Apercebe-te do nível dos teus sentimentos reais para com o outro, e, se vires que te enganas, não enganes a ninguém e desfaze a tempo a vinculação.
Nada prometas ao outro que seja passível de criar expectativas que não possas cumprir. O sentimento alheio deve ser respeitado, sempre.
Procura não envolver o parceiro do namoro no visco do desejo meramente carnal, que não vê limites à sua ação. Vigia-te, certo de que o modismo do sexo prematuramente exercido tem trazido para as pessoas maior soma de neuroses, de terríveis comprometimentos, ao invés da tão propalada ventura. Se deverá o casal de namorados vivenciar o sexo carnal, antes ou após os esponsais, é uma questão totalmente pertinente à maturidade de ambos. A questão séria e oportuna é saber como ficarão depois das intimidades, perante as consequências fisiológicas e psicológicas que se apresentarão. Aí estão as fugas espetaculares, os abandonos covardes que não foram previstos nos instantes lúbricos e irrefletidos.
Pensa na liberação total destes tempos e medita sobre o que queres fazer da tua existência, pois já sabes que és jovem pelo que concerne ao corpo, portando a velhez dos milênios em tua bagagem espiritual.
Atendendo ao suave cântico do amor que te falará de responsabilidade, de carinho e de lucidez, a cada momento, entrega ao Cristo os teus mais nobres sentimentos afetivos, e, seja na rota celibatária ou na estrada do compromisso do casamento, leves de vencida a lide terrestre que projetaste junto aos Emissários Celestes, com o objetivo de autossuperação, de vitória, que te conferirá a palma da felicidade íntima que nenhuma sensação ou emoção humana, por agora, te poderá traduzir.
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Encetar: Principiar, começar; Desapegamento: Desapego; Suplantar: vencer, sobrepujar; Estereótipos: Clichê, chavão, lugar-comum; Celibatário: Indivíduo que não se casou; Celibato: Estado de uma pessoa que se mantém solteira; Libertinagem: Devassidão, desregramento de costumes; Vereda: Caminho; Estesia: Sentimento do belo; Visco: Isca, engodo, chamariz; Lúbrico: Sensual, lascivo; Concernir: Pertencer, referir-se; Velhez: Velhice.
Coluna Espírita – Juventude e namoramento
mar 05, 2020RedaçãoColuna Espírita (Agê)Comentários desativados em Coluna Espírita – Juventude e namoramentoLike
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