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sexta-feira 8 novembro 2024
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Coluna Espírita – Juventude e mediunidade

• Espírito Ivan de Albuquerque – Psicografia de Raul Teixeira – Niterói/RJ
Supões que a possibilidade dos contatos entre o plano físico e o parafísico sejam apanágio dos indivíduos que adentraram a maioridade ou se amparam na experiência dos anos, sem que os mais moços tenham as mesmas condições.
Certamente haverá equívoco em semelhante modo de entender, tendo em vista que a faculdade mediúnica que avulta no mundo, desde pregressos tempos, não é e jamais foi privilégio de qualquer faixa etária, quanto de nenhuma estrutura social ou estalão intelectual.
Tanto criaturas em idade provecta quanto adolescentes incipientes têm sido instrumentos para que os desencarnados dos mais distintos níveis de evolução possam comunicar-se com os seres humanos.
O que mais importa no processamento mediúnico não é a idade de alguém, mas, sim, a maturidade apresentada nas atitudes pessoais.
Sendo a mediunidade excelente porta de acesso dos Espíritos situados no Mais Além com os humanos ainda no corpo fisiológico, o que se faz passível de atenção e cuidados será, exatamente, o traço moral da vida daqueles que atuam na mediunidade.
Sabedores, pela informação espírita, de que para o exercício mediúnico não devem ser levadas crianças, considerando-se a fase de desenvolvimento da sistematização neurológica, não será de bom alvitre conduzí-la a semelhante atividade, somado ao fato da criança não contar com a necessária maturação psicológica, a fim de atender com responsabilidade os compromissos inerentes aos labores do intercâmbio com os Espíritos.
Assim, quando lograres os registros paranormais, por meio dos teus próprios recursos psíquicos, concitando-te, ainda na faixa da Juventude, a assunção das responsabilidades pequenas ou amplas, não te recuses nem lamentes.
Abre-te, feliz e devotado, ao serviço do Bem com o qual possas cooperar.
Não te lances à prática estridulante e torva. Mas, põe-te a estudar, com afinco, na busca da maior compreensão dos fenômenos que se dão contigo, quanto à tua volta.
Enquanto estudas a teoria que envolve o processo, não te esqueças de estudar a ti
mesmo, teus hábitos mais íntimos, teus gostos mais imperceptíveis, teu espectro de humor, capazes de interferir, de modo feliz ou infeliz, de conformidade com o teor e o sentido que imprimes a esses hábitos, gostos e humores.
Quando chamado à prestação de serviços pelos caminhos da mediunidade, inicia a marcha pela vigilância que exercitarás em todos os momentos da tua existência.
Se, no estuário da Juventude, o apelo mediúnico te chega, não lamentes a perda da folgança, suposta da idade. Mantém-te alegre e prazenteiro, guardando-te, não obstante, no bojo da responsável conduta que não deixará que te percas pelos dédalos das loucuras que são próprias não da mocidade, porém de todos os indivíduos estúrdios e irrefletidos, em qualquer fase etária em que estejam.
Não te imagines impossibilitado de tecer os sonhos de ventura doméstica, no âmago do matrimônio, antecipado do noivado doce dos entendimentos. Entretanto, se abraças os tentames da mediunidade com Cristo, cuida-te para que não te deixes assediar pelos torpores das forças genésicas deseducadas que, ao invés dos sonhos harmoniosos, poderão conduzir-te a pesadelos de frustração e dissabores sem retorno.
Conviverás com os amigos e companheiros de tua época, vivendo a moda no que tenha de descontraído e digno.
Contudo, resguarda-te na cautela para que não mergulhes nos valões da depravação moral ou da impudicícia, em nome da idade jovem, nem cedas às invenções do vestuário torpe que, além de te fazer ridícula figura, ajustar-te-á às sintonias com Entidades burlescas que te explorarão a inexperiência para que te deprimas e não consigas servir nobremente à Seara da Luz.
Convocado ao ministério relevante das interações parapsíquicas, não te atormentes diante do impositivo de renunciares aos maus costumes, às banalidades e conversas vãs, aos vícios materiais e morais, aos folguedos perfeitamente dispensáveis, porque cansativos e inúteis, certo de que carecerás da mente o mais límpida possível; necessitarás dos pensamentos os mais educados possíveis; almejarás a paz íntima, a fim de comungares com os Numes abençoadores que te procurarão a antena mediúnica, afastando-te das frequências abastardadas dos maus e perturbadores.
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Mediunidade na Juventude, com correção e grandeza significará madureza e velhice plenas de saúde espiritual, com os créditos que tu usarás, a qualquer tempo, sob forma de bênçãos inumeráveis, pelo proveito inteligente e grandioso que tenha sido feito do convite recebido, na atuação mediúnica, glorificando a tua fase juvenil.
Espírito ancião, em busca do progresso, na senda superior, não te negues a semelhante honra, cooperando com Deus no resgate do gênero humano, a começar de ti mesmo, pelas informações do Invisível, filtradas por tua sensibilidade.
Atende, pois, e sê feliz!

*TEIXEIRA, Raul. Cântico da juventude. Pelo Espírito Ivan de Albuquerque. Editora Fráter.