• Ivan de Albuquerque – Psicografia Raul Teixeira – Niterói/RJ
Na vasta gama dos episódios da vida na Terra, temos que notar a não menos vasta quota de situações em que os indivíduos marcham por rotas de equívocos ou chafurdam-se em pântanos de ilusões inumeráveis, perdendo abençoadas ocasiões de semearem felicidade nas próprias sendas.
Dentre os exemplares que se podem contar, nessas faixas, destacam-se os imensos contingentes de moços inexperientes que, em razão disto, soem ser mais vitimados pela imprevidência ou pela impetuosidade, cavando fossos de angustiosos problemas que os maceram demoradamente.
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No momento em que se evocam os valores da maturidade dos indivíduos, para que bem apliquem os recursos do seu tempo no mundo, não se pode deixar de convocar a alma juvenil para a atenção com o seu próprio tempo, atenta à verdade de que a juventude, florescente e bela, é uma ocorrência a nível corporal, apenas, sem que represente, obrigatoriamente, as múltiplas experiências do ser imortal, ao longo das reencarnações. O espírito é jovem no mundo somente pelo instrumento novo de que dispõe, restando-lhe entender que a ancianidade acompanha-o, devendo valer-se do corpo atual para a sedimentação de conquistas formidáveis e gloriosas para a eternidade.
Urge, então, que a Juventude se utilize das bênçãos do mundo para engendrar o progresso próprio, sem perder-se no labirinto das aturdentes ilusões a lhe perturbarem a caminhada em busca das sublimidades íntimas, por agora adormecidas.
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Que o jovem lance mão dos aprendizados intelectuais para o crescimento das suas possibilidades gerais no campo do saber. Entretanto, sem que o saber do cérebro atenda à iluminação do sentimento, a fim de que seja aplicado, moralmente, no bem comum, os títulos da intelectualidade não passarão de ilusão a comprometer mais e mais o negligente sabedor.
Que o jovem atenda ao cultivo do equilíbrio físico, trabalhando as formas corporais, para a manutenção do bom aspecto, das boas condições de saúde, para os múltiplos embates do caminho. Mas, se o burilamento da forma física estiver dissociado da educação do espírito, ainda revel e deseducado para o bem, a beleza do instrumento em nada auxiliará ao viajante da evolução, tomando-se mais ilusão na marcha humana, a tragar o modelado incauto na sua voragem.
Que o jovem se dedique aos esportes, como lhe sugiram os gostos, as tendências, objetivando aplicar energias somáticas para a manutenção da saúde fisio-mental, no tempo que lhe seja disponível, após os compromissos e responsabilidades atendidos. Porém, se não identificar-se com o bem, na pauta da caridade, que se converte no melhor desporto para a alma à procura de Deus, as movimentações do corpo nada mais serão que mera quota de ilusão a esvaziar-lhe o tempo.
Que nos divertimentos, nos momentos de alegria, que são apanágios da alma em franca mocidade, a Juventude não se despenhe pela irresponsabilidade, na exaustão das energias da vida, para amargar os travos do remorso e da enfermidade, logo mais, a minar-lhe as bases do equilíbrio, demonstrando o carrossel de ilusões em que se ligou.
Que a Juventude, no anseio de união e amor que a caracteriza, permita a moços e moças encontrar o coração eleito para a vivência desse amor, na união da formação familiar.
Espera-se que a assunção das responsabilidades afetivas esteja na faixa das suas intenções, sem o vezo infeliz e mundano de lograr, ferir, embair corações, sem qualquer atenção ou cuidado com o outro ser, o que implicaria em prisão moral e algemas por delitos afetivos, para que o tempo promova o reajuste, inevitável, sem ilusões, na proporção da culpa.
Ser jovem é manter compromisso com o progresso, com a alegria, com a responsabilidade, construindo o futuro feliz para si, em plena rota de autossuperação.
Ser jovem é anelar pela grandeza da vida, participando, com discernimento, da emancipação da Humanidade, entendendo, com disciplina, as orientações da Divina Lei, mediante seus esforços.
Com o Espiritismo, a Juventude encontra ensejo para avançar, caminho em fora, verdadeira e consciente, sem manter a alma jungida aos devaneios, às fantasias que desgastam as oportunidades nobres do tempo que o Criador a todos oferece, para fazer brilhar a própria luz.
É tempo de te manteres acordado, vivendo com entusiasmo e disposição, conservando, entretanto, a consciência vigilante para a esperada vitória, desde os momentos do corpo jovem, no devido aproveitamento das horas, coerente com os preceitos de Jesus, sem qualquer ilusão.
Coluna Espírita – Juventude e ilusões
maio 14, 2024RedaçãoColuna Espírita (Agê)Comentários desativados em Coluna Espírita – Juventude e ilusõesLike
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