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segunda-feira 25 novembro 2024
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Coluna Espírita – Juventude e Educação

• Ivan de Albuquerque – Psicografia de Raul Teixeira/Niterói – RJ
Meu amigo da fase juvenil, é bem verdade que a faixa em que te encontras, nos turbulentos dias da adolescência, nos embates por te afirmares nos caminhos humanos, é daquelas capazes de tumultuar, de sacudir, muitas vezes, a mente em processo de organização, em face à nova existência que deverás assumir.
Compreensível, sob todos os aspectos, os altos-e-baixos em que tantas vezes te vês, desejando suplantar problemas e dificuldades, de imediato, como num toque de mágica, atormentando-te por não o lograres, do modo como imaginas.
Doutras vezes, insurges-te contra companheiros ou familiares que, de mais idade, parecem não te compreenderem os arrazoados, os intentos, tão normais para ti.
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Embora na Juventude tudo isto possa acontecer, trazendo-te mais instabilidade de acréscimo à costumeira, terás, se o desejares, possibilidades de modificar posturas, elaborando excelentes construções para tua jornada, sentindo que, em momentos de calma, logras perceber o absurdo de muitas das tuas exigências, que tantas vezes, não passam de caprichos impostos pela rebeldia, gêmea do orgulho que acumulas de outras existências.
Poderás incrementar teu processo educativo, racionalizando as situações que crias à tua volta.
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Vendo no conhecimento do Espiritismo a tua balsa salvadora, ante os abismos da ignorância, apoia-te na certeza de que és um Espírito reencarnado, portando, por isso mesmo, uma bagagem de conteúdos felizes e infelizes, que se chocam em teu íntimo, promovendo esses conflitos internos, ao se depararem teus valores trazidos do pretérito com aqueles outros que são-te apresentados na atualidade.
Em teus momentos de maior tranquilidade, reflete sobre isto, fazendo-te, depois, mais sóbrio, sabendo “administrar” as conflitivas ondas que se alteiam no teu âmago.
Assim, amigo, evita exigir que os outros te entendam. Entende-os, porém, amadurecendo aos poucos.
Procura não justificar teus equívocos com o fato da Juventude nutrir tuas horas.
Contudo, não te deixes neurotizar quando te equivoques ou quando tombes na estrada.
Ninguém, na rota terrestre, está indene a erros. Entretanto, no empenho por te educares, diminuirás a incidência desses tormentos.
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Educa-te para falar, a fim de que te expresses sem gritaria, sem pieguismo, sem encenação.
Educa-te para que a relação social seja-te ocasião de progressos e bênçãos interpessoais.
Busca não te vitimares, nem vitimar a ninguém; afasta a indiferença, como também o apego excessivo; promove a amizade sincera, convertendo em simpatias as antipatias que se te deparam.
Educa-te para o amor, de modo que não te tomes um apático perante os apelos dignos deste sentimento, tampouco fazendo-te uma máquina de sórdidos e intermináveis prazeres, que corrompem as fontes que fazem a vida brilhar.
Educa-te para manteres a tua alegria de viver, com saúde moral e jovialidade, reconhecendo a desnecessidade de te bandeares para os valhacoutos do tóxico, em suas múltiplas teias.
Educa-te para o labor da fé, a fim de que não suponhas que ela reside no compromisso atendido, hebdomadariamente, na instituição à qual pertenças. Amadurecerás para a compreensão de que o estabelecimento da fé exige-nos um gradual e perseverante trabalho de auto renovação, impelindo-nos para o Criador, mais pela vivendação do que pelo mero discurso.
Para que te salves, educa-te.
Para que te eduques, procura tomar conhecimento dos ensinamentos espíritas, com fidelidade, estabelecendo, desde então, teu encontro futuro com Deus, que luzirá em ti.