• Ivan Albuquerque – Psicografia Raul Teixeira – Niterói/RJ
Grandiosa fonte de energias que se inflamam no corpo somático, o jovem conduz a necessidade de dar-lhes salutar aplicação com objetivos da manutenção de sua própria saúde.
Trazendo as marcas do seu passado reencarnatório, das experiências que vivenciou, todo um acervo de conquistas nobres ou compromissos infelizes, avança o jovem na busca da harmonia. Nessas marchas e contramarchas, nem sempre o veículo físico foi utilizado convenientemente, tendo servido como alimária da perdição e da morte, sob o império da mente em descompasso com o equilíbrio.
Por essas razões, muitos se encontram, hoje, na fase juvenil, portando corpos deficientes, sob o peso de enfermidades ou deformações, carências múltiplas ou necessidades específicas, ajustando-os às correntezas das expiações variadas, impedindo que sejam sobrecarregados com exercícios que exijam esforços físicos, ainda que mínimos.
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Quando o corpo é perfeito, na oportunidade nova que se apresenta, o jovem pode e deve empregar suas energias biológicas na prática de labores, de atividades por meio das quais seja mantido em equilíbrio o somatório das substâncias das quais esse corpo precisa.
Os exercícios físicos cooperam, enormemente, para a manutenção da equilibração das forças.
Ao elemento em pleno contexto juvenil, é possível utilizar parte do seu tempo para estudar, trabalhar dignamente, realizar seu lazer, sua distração, bem como sua ginástica ou seu desporto.
Sem que se escravize a qualquer esporte, transformando-o em cadeia retentora e inibidor a do bom-senso, poderá dar-se aos exercícios do voleibol, do basquetebol, do futebol quanto do tênis, do squash, das regatas ou das corridas olímpicas e muitas outras modalidades desportivas, que melhor se ajustem ao temperamento, às condições gerais de cada um.
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Embora o pensamento latino afirme que se encontra “a mente sã em corpo são”, identificamos um grande número de falsos desportistas a se utilizarem de fármacos estranhos para participarem dos certames com mentirosas vantagens sobre os outros.
Vê-se, aí, o corpo é conduzido por uma mente enferma, candidatando-se, por isto, a adoecer, logo mais, sem qualquer dúvida.
Um grande número de desportistas, equivocado quanto aos significados de sua prática, envereda pela violência, durante as competições, demonstrando a fereza íntima que se exterioriza, brutal.
Ainda aí, temos o corpo vigoroso atuado por uma mentalidade pequena, limitada, perigosa, portanto.
A prática desportiva deve ser vista, também, como ensejo de viver-se a fraternidade, entre outros companheiros, igualmente voltados para a mesma atividade.
A fraternidade não pode aguardar que se esteja num ambiente religioso ou familiar, a fim de manifestar-se. Será importante e digno vivenciá-la onde quer que se esteja, seja com quem for, na profissão, no lar, na escola, na lide social ou na desportividade.
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Quando o jovem, empolgado pelas cores felizes da sua existência em franca primavera de saúde, envolver-se nas práticas de qualquer esporte, deverá trazer os alvitres do bem para a sua ação esportiva.
Assim, Juventude, não converta o esporte numa grotesca arma de tormento, respondendo pela explosão do egoísmo que se apresenta em toda parte com a permissão dos egoístas que o carregam no íntimo.
Foge, sem trepidação, dos excitados espetáculos desportivos que são a antecâmara de aberrantes suicídios, pelos perigos desnecessários aos quais te expões, apenas para lançares tua agressividade represada ou para desnudar tua vaidade exibicionista, sob aplausos que te custarão resgates aflitivos na área da saúde neurológica e mental.
Evita práticas esportivas violentas, bárbaras, demonstrando abastardamento das sensações, por fomentar agressões entre seres humanos ou entre animais, por serem cobardes e despropositadas servindo exclusivamente ao exacerbamento dos instintos sanguinários e insensíveis, tanto quanto aos interesses monetários dos seus promotores.
Atende aos impositivos do amor ao próximo e faze do teu esporte ensejo de te melhorares também a nível moral.
Não transformes a tua mocidade num cárcere de remorsos desnecessários. Vive-a construindo ventura para o teu hoje, quanto para o teu porvir.
Recorda-te sempre que, em última análise, para o jovem que se identifica com o pensamento do Evangelho de Jesus, pelos enfoques da Doutrina Espírita, será a prática do verdadeiro bem a mais eloquente atividade desportiva para a firmeza da alma e para a felicidade duradoura que todos anelamos.
Desporto, sim.
Caridade, também!
Coluna Espírita – Juventude e Desporto
ago 30, 2023RedaçãoColuna Espírita (Agê)Comentários desativados em Coluna Espírita – Juventude e DesportoLike
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