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segunda-feira 25 novembro 2024
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Coluna Espírita – Família, o primeiro educador

• Altamirando Carneiro – São Paulo/SP
A educação escolar é importante, mas, no topo de tudo, está a educação familiar. Lembramos que na escola primária onde estudamos, quando um aluno cometia um ato reprovável, a diretora observava: “Que coisa feia, na sua casa você age assim?” O aluno, naturalmente, respondia que na sua casa ele não agia daquela maneira. A diretora, então, o advertia: “O que você não faz de errado na sua casa, procure, também, não fazer aqui”.
Um dito popular diz que “é de menino que se torce o pepino”. Uma boa educação e o cultivo de bons hábitos é a base para um futuro solidamente construído. Por isso, a atualidade da afirmação de Pitágoras, filósofo e matemático grego do século VI antes de Cristo: “Eduquem-se as crianças e não será preciso castigar os homens”.
Chama a nossa responsabilidade na educação e formação dos pequenos, a mensagem de André Luiz, psicografada por Francisco Cândido Xavier (lição 14 do livro Sinal Verde, edição da Comunhão Espírita Cristã):
“A criança é uma edificação espiritual dos responsáveis por ela.
Não existe criança – nem uma só – que não solicite amor e auxílio, educação e entendimento.
Cada pequenino, conquanto seja, via de regra, um Espírito adulto, traz o cérebro extremamente sensível pelo fato de estar reiniciando o trabalho da reencarnação, tornando-se, por isso mesmo, um observador rigorista de tudo o que você fala e faz.
A mente infantil dar-nos-á de volta, no futuro, tudo aquilo que lhe dermos agora.
Toda criança é um mundo espiritual em construção ou reconstrução, solicitando material digno, a fim de consolidar-se.
Ajude os meninos de hoje a pensar com acerto dialogando com eles, dentro das normas do respeito e sinceridade que você espera dos outros em relação a você.
A criança é um capítulo especial no livro do seu dia a dia.
Não tente transfigurar seus filhinhos em bibelôs, apaixonadamente guardados, porque são eles Espíritos eternos, como acontece a nós, e chegará o dia em que despedaçarão, perante você mesmo, quaisquer amarras de ilusão.
Se você encontra algum pirralho de maneiras desabridas ou de formação inconveniente, não estabeleça censura, reconhecendo que o serviço de reeducação dele, na essência, pertence aos pais ou aos responsáveis e não a você.
Se veio a sofrer algum prejuízo em casa, por depredações de pequeninos travessos, esqueça isso, refletindo no amor e na consideração que você deve aos adultos que respondem por eles”.
Quando a família vive em harmonia, todos se dão as mãos continuamente, independente de que haja um determinado dia para homenagear este ou aquele dependente. Todos os dias são da avó, do pai, da mãe etc.
Se tivermos consciência da Lei da Reencarnação, fica mais fácil contornarmos os problemas que surgem diariamente, na família. Afinal, cada Espírito tem uma evolução diferente, apesar de conviver num mesmo agrupamento familiar.
Por isso, espera-se sempre mais do familiar espírita, por se saber que ele recebe muito em matéria de ensinamentos. E Jesus nos disse que muito será pedido a quem muito for dado. Quanto mais recebemos, mais aumenta a nossa responsabilidade.
A família é, pois, o primeiro educador. Quanto mais nos afinamos dentro dela, mais nos capacitaremos à boa convivência com todos os nossos semelhantes. Eis a grande oficina para a formação da moral, do caráter e do desenvolvimento da reforma íntima.